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Finn

Assisti Millie pulando para longe de mim, abraçar os joelhos e começar a chorar desesperadamente. Fiquei alguns segundos sem saber o que fazer, mas assim que vi ela começar a arranhar as suas próprias pernas, e começar a tremer, corri para perto dela novamente.

Tentei tocar em seu joelho, mas assim que ela sentiu meu toque, se afastou depressa. Comecei a pensar que eu tinha feito algo de errado.

- Millie - a chamei - Eu fiz algo de errado? - ela apenas continuou encolhida no chão enquanto chorava.

Me levantei e corri para dentro da cabana afim de pegar uma toalha para ela se secar e uma blusa minha para ela vestir.

Me aproximei devagar, pois não queria a assustar.

Coloquei a toalha em volta de seus ombros e ela deu um pequeno pulo com o contato da toalha em sua pele.

- Calma - pedi enquanto terminava de enrola-la com a toalha - Sou eu, o Finn. Eu não vou te machucar, você não precisa ficar com medo de mim. Eu só quero te ajudar.

Ela ergue o rosto vermelho e molhado pelas lágrimas. Ela estava assustada e tremendo. Eu nunca tinha visto ela assim. Já tinha acontecido isso uma vez, talvez duas, mas não como está sendo agora.

É desesperador vê-la dessa maneira, sem poder fazer nada para mudar isso.

Com cuidado para não assusta-lá mais ainda, passei um de meus braços por baixo de seus joelhos e o outro segurava as suas costas enquanto eu a pegava no colo. Ela lentamente deitou a cabeça em meu peito enquanto eu a levava para dentro da cabana

Enquanto caminhava com ela em meus braços, senti a culpa começar a crescer dentro de mim.

O que eu tinha feito de errado? Será que eu tinha ido longe demais com ela? Nós nunca tínhamos tentado nada, pois eu já tinha percebido que com Millie as coisas tinham que ser com calma. Não sei se ela tinha medo ou algo do tipo, mas eu não iria forçar a barra com ela.

Hoje eu tentei ir um pouco mais longe que o habitual, pois pensei que ela estava segura de sí e confiava em mim. Mas eu fui um idiota. Talvez seja melhor que tenhamos uma conversa sobre isso. Quero que ela me diga exatamente o seu limite para que eu saiba até onde posso ir.

Passei pela porta dos fundos da cabana e entrei na mesma. Ela ainda estava com a cabeça deitada em meu peito enquanto chorava baixinho. Coloquei-a sentada no sofá e me abaixei em sua frente.

- Vai tomar um banho quente - sugeri a ela - Depois você veste essa blusa minha e essa calça - me estiquei um pouco e alcancei uma calça de moletom que eu tinha esquecido aqui.

Ela pegou as roupas da minha mão e assentiu. Sem dizer uma única palavra, ela se levantou ainda enrolada na toalha e entrou no banheiro.

Me joguei no sofá e suspirei. Eu espero que ela me diga o que eu fiz de errado, pois eu não vou aguentar ficar com essa culpa dentro de mim.

Levantei do sofá e fui até o banheiro do quarto para tomar um banho rápido. Depois, eu faria um chocolate quente para bebermos enquanto assistíamos Enrolados. Eu não tinha trazido nenhum filme e esse era o único que tinha ali. E bem, eu gosto desse filme.

Peguei uma toalha e roupas secas. Entrei no banheiro, pensando nessa situação pesada e estranha.

(...)

Depois que terminei meu banho, eu fui até a cozinha e comecei a preparar duas xícaras de chocolate quente com marshmallow. Enquanto tudo estava esquentando, coloquei o filme, mas o manti em pause, e peguei uma coberta para nós, pois tinha esfriado um pouco.

Stand Out - FillieOnde histórias criam vida. Descubra agora