Capítulo 22: Toda escolha a se fazer precisa de um adeus no meio do mar.

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Hey, plutãozinhos, bem-vindes a mudança de fase. Apertem os cintos e boa leitura!


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#TáComigoTáComODiabo 


“Estou andando a noite inteira em mistérios. Você está cantando o dia inteiro no labirinto, sem canção no meu coração, é uma mentira. Ainda estou me perguntando por que. Estou sentindo todas as minhas luzes saindo, tudo que eu posso ouvir é sua canção de ninar. De seu guia agora eu estou aqui sem saber… Essas melodias eu canto como eu sei.”

Satellite - Saltnpaper


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Anteriormente em a desgraça da minha vida:

Escolher lembranças, que sejam reais ou imaginárias, me traz certo pavor, pois muitas vezes me lembram que elas podem se resumir a apenas isso: pequenos momentos que nunca voltarão. Não quero me resumir ao nosso primeiro grito assustado quando nos encontramos, ao nosso toque desajeitado ou nossas brigas sem razão. Não quero que sejamos apenas dançarinos na chuva ou viajantes pela cidade da luz. Quero que sejamos eternos, mas não sei se poderei tornar isso a minha realidade. 

Agora em a desgraça da minha vida: 

O sol escondido entre as nuvens batia em meus cabelos, enquanto eu observava as folhas voarem solitárias. Eu balanço minhas pernas no ritmo da minha visão e suspiro fundo ao sentir meu coração bater com rapidez, como se eu tivesse corrido por vários quilômetros. Ah… olá ansiedade! Você ficou fora do meu corpo por exatamente… 2 minutos. Estamos trabalhando bem!

Acabo rindo sem humor algum e me estico. Fecho meus olhos com força e me recordo dos últimos dias. Hoseok passou mais 10 noites conosco antes de retornar a Coreia e eu não consegui esconder meu enjoo por toda a situação desde que ouvi a conversa. Novamente preso em minha xícara maluca, eu continuava a girar com mais vozes e agora me isolava com minha amiga ansiedade, para, assim, lidar com toda essa minha bagunça.

Porém, isso não durava para sempre, porque eu ainda tinha Jimin ao meu lado. Ele estava lá, esticando sua mão para mim, como forma de buscar algo que me mantenha firme e longe do penhasco de meus próprios pensamentos acelerados. Ele sabia que eu escondia um batalhão de sentimentos, mas que no final só gostaria de ficar abraçado para esperar que as coisas fossem embora com o tempo… e o Tempo parecia apreciar a minha dor enquanto não dava sinal da sua existência. 

— Hey, amor!— Ouço a voz de Jimin e eu viro minha cabeça para baixo— Estou começando a achar que você está querendo morar no telhado do restaurante.

— Não seria uma péssima ideia— Comentei enquanto me ajeitava para pular—, já que aqui dá para ver o céu com mais clareza. 

— Quer ver o céu com detalhes?— Eu respondo sua pergunta com um murmuro e pulo em sua direção, ouvindo o impacto do meu tênis no chão— Então é só ficar me olhando de perto!

E pela primeira vez no dia eu solto uma risada verdadeira. Acabei por negar aquilo com um sorriso e deixei um selar em sua testa. Continuo rindo daquela fala, pois, de uma forma ou outra, ele tinha razão em dizer aquilo com tanta naturalidade. Jimin era meu céu, seja no sentido literal ou na capacidade dele me fazer sentir-se infinito na finitude do meu ser.

— Que bom que você já tem consciência sobre isso!— Ele sorriu grande, antes de me soltar e segurar minhas mãos, me fazendo notar algo— Jimin.

Plutão •  jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora