Plutão • jjk + pjm

Capítulo 24: Toda chuva de lágrimas precisa de uma razão.

#TáComigoTáComODiabo 

hey, posso ganhar uma estrelinha de vocês?

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"Como você pode sentir falta de alguém que nunca conheceu? Porque eu preciso de você agora, mas ainda não te conheço. Mas você pode me encontrar logo porque estou na minha cabeça? Sim, eu preciso de você agora, mas ainda não te conheço. Porque ultimamente tem sido difícil, eles estão me vendendo por partes e eu não quero ser uma arte moderna. Mas eu só tenho metade de um coração… Para dar a você" 

 IDK You Yet — Alexander  23

🪐

PARK JIMIN

Poeira Cósmica. 

Ultimamente venho pensando muito sobre como elas surgem.

Os físicos e astrônomos vão dizer com palavras complicadas sobre o que ela simboliza, mas, honestamente, é apenas a matéria de uma explosão de estrelas. Pode parecer simples e sei que não foi a melhor explicação do mundo, mas é isso: o fim de um pontinho brilhante. E por que estou falando isso? Eu não sei responder, como também, não compreendo o motivo de saber algo tão pontual.

Na realidade, eu sei. Eu apenas me sinto como a poeira cósmica de alguma estrela. Vagando depois de uma explosão tão pontual no espaço. 

E eu gostaria de saber quando começou. Queria entender esse sentimento de vazio em mim. E isso nasceu de uma tarde em que eu estava sozinho na casa de meus pais, em meu quarto vazio e silencioso. Como fui parar lá? E o mais importante, desde quando eu não moro mais naquele casarão solitário? Perguntas como essas me cercam desde que meu tio me tirou de lá, no meu estado mais catastrófico. 

Ora, quando comecei a chorar com o nada?

É estranho imaginar que eu pareço ter adormecido por 3 anos. A vida que tenho agora é confusa, extremamente abstrata em meus olhos. Tudo se assemelha a um livro feito por outro de mim, por alguém que existe em um ambiente alheio e com meu rosto cansado. É confuso me olhar no espelho e ter refletido uma outra versão minha e apenas me reconhecer como alguém mais novo e mais imaturo. Um tanto mais pirralho.

Pirralho… Isso me trás uma sensação boa. 

— Ei, volta aqui!— Gritei assustado, sentindo o suor escorrer pela minha testa e uma respiração desacelerada surgir. Uma mão macia pousa sobre meu peito e noto Taehyung pela luz do abajur.

— Conseguiu fazer ele se virar dessa vez?— Sua voz rouca pelo sono me faz negar e abraçar meu próprio corpo. Ele faz um carinho leve em meu cabelo e sorri de lado. — Ele ainda está parado?

— E olhando para aquela janela. Sozinho. Naquela casa!— Suspiro fraco e puxo novamente o ar, jogando meu cabelo para trás e encarando meu melhor amigo. — Faz dias que sonho a mesma coisa, já deveria ter passado essa sensação de desespero. 

— Talvez quando você conseguir ver o rosto dele…

— Ele não existe. — Digo, recebendo um olhar tedioso de Taehyung, mas ele nada diz— Só devo estar pertubado com os últimos acontecimentos!

Meu melhor amigo se deita novamente, abrindo seus braços, me convidando para deitar sobre seu peito. Acabei por aceitar aquele afeto carinhoso e me alinho contra seu corpo, recebendo, mais uma vez, seus dedos passeando em meu cabelo. Fecho meus olhos por algum tempo, antes de abri-los e encarar o céu acima de mim.