Mais perto do que todos imaginam um mundo de seres peculiares é escondido por uma barreira feita de uma imensa e poderosa magia.
Esse pequeno pedaço de terra, rodeado pelo mar é Clidriam ,constituída por três reinos , cada um com as suas diferent...
Numa alta montanha coberta de neve, caimos, depois de alguns segundos de percurso dentro do portal. Estavamos a congelar pois, nossas vestes não eram as mais indicadas para o frio que se apresentava. Aquele enorme deserto gelado parecia como as ruas do terceiro reino só que muito mais amplo. —Onde estamos ?–perguntei. — Eu... eu não sei ...–Daemon tremia. —A tua ferida está a abrir cada vez mais, temos de encontrar algum lugar para cuidar disso.–pego no braço de Daemon e subreponho-o aos meus ombros. —Tens de ir sozinha Isa, não vou conseguir aguentar-me por muito tempo e se ficares aqui morrerás ao frio. —Não deixarei-te aqui. Agora faz um esforço, iremos chegar a qualquer lugar. Caminhamos pelo pavimento branco, descemos a montanha e depois de uma extensa caminhada chegamos numa pequena aldeia no meio do nada. Os tetos eram cobertos de neve e as casas eram minúsculas. Daemon escorria de sangue e eu mal aguentava-me de pé mas, com os resquícios de força que tinha, bati em todas as portas que vi. A sorte não estava do nosso caminho pois, ninguém estava disposto a dar-nos guarida. Bati numa porta de madeira clara e fina, da última casa que faltava do caminho percorrido. Uma criança que aparentava ter por volta de quatro ou cinco anos abriu-a —Pai, estão aqui pessoas !–ela gritou ainda dentro de casa. Um senhor de cabelos pretos e olhos castanho veio a correr até ao local do acorrido. Dirige-se para fechar a mesma mas quando vê o estado em que Daemon encontrava-se deixou-nos entrar. — Muito agradecida ,senhor.–falei. —O rapaz pode sentar-se ali.–já dentro da casa, o homem aponta para um pequeno sofá, coloco Daemon sentado nele. Uma mulher de cabelos negros e olhos cor de castanhas, com um vestido longo de um tecido fino vermelho escuro e um pouco rasgado, entra pela sala com um balde de metal carregado de água com um pano no ombro. —Agora preciso que fiques o mais quieto possível para não aleijar-te mais do que preciso.–falou a senhora enquanto molhava o pano na água limpando o sangue do peito de Daemon. Os olhos do príncipe enchiam-se de lágrimas e ficaram cada vez mais vermelhos quando a mulher começou enfeixar o peito do mesmo. —Porquê que ele está a chorar ?–diz a menina escondida atrás do sofá. —Vai para o teu quarto Ayla, iremos chamar-te daqui a pouco.–falou a provável mãe da criança. Com aquela ordem, ela andou cabisbaixa pelo pequeno corredor até que deixou-se de ver por onde ia . — Mas afinal que raio aconteceu para este rapaz estar nesta miserável situação?– perguntou o senhor bastante incrédulo com tudo aquilo. — Eu, eu...–por mais que odiasse Daemon, sentia pena por ele, então continuei a frase. —Ele foi atacado por paycos, uma espécie de fadas da floresta das almas da parte mais obscura. —Isso explica os ferimentos.–disse a mulher. —Não quero ser indelicado mas, não temos quartos suficientes para vocês os dois, quando o rapaz sentir-se melhor, deviam ir embora. —Yuri! Peço imensa desculpa pelo meu marido, ele não costuma ser assim.–falou a mulher. — A verdade é que nós estamos a mais, mal ele melhore iremos embora.–falo um pouco preocupada com tudo aquilo. —Nada disso ! O rapaz mal anda, não deixarei-vos desamparados, iram embora quando tiver a certeza que ele está melhor.
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O céu já tinha ficado escuro e nós que estávamos dentro de casa iríamos comer a última refeição do dia. —O jantar está pronto!–gritou a mulher. Ayla corria pela casa até chegar à pequena cozinha, a menina tinha o cabelo do pai e os olhos azuis da mãe. Enquanto isso, Yuri encaminhou-nos para a mesa. O corredor era estreito e só podia-se andar nele um de cada vez, o chão era todo de uma pedra extremamente fria tal como as paredes que nos cobriam. —Então, de onde é que são?–perguntou a criança. — Vivo quase ao lado do castelo do terceiro reino.– falou Daemon um pouco recuperado, ele decidiu não dizer quem realmente era para não assustar ninguém. —Isso não é longe daqui ? — É quase do outro lado do reino, já que estamos no ponto mais a norte do terceiro reino.–exprimiu a moça à filha que estava a saborear uma peça de carne mal passada. —E como vieram aqui parar ?–perguntou Ayla. —Bem ...– comecei a falar mas fui interrompida. —Não achas que estás a fazer demasiadas perguntas pequena? Acho melhor ires para a tua cama, amanhã temos muito trabalho pela frente.–disse Yuri. —Mas pai ! — Nada de pai, agora vai dormir Ayla, a mãe Camilla já vai ter contigo. A criança sai repentinamente da sala de jantar e Camilla traz em suas mãos um cobertor bem longo e peludo. —Só temos dois quartos, presumo que tenham de dormir na despensa, já a arrumei para poderem apoderar-se dela. —Muito obrigada, estamos muito agradecidos pela vossa generosidade.-disse. Camilla dirige-nos para a despensa. As únicas coisa que iluminavam o local eram duas velas que estavam pousadas no chão.O sítio era tão pequeno que até mesmo eu que não passo de um metro e meio, não deitava-me confortavelmente. A cobrir o chão estava um lençol castanho com uma espécie de almofada. —Anda, eu ajudo-te.–relatei a Daemon. Segurei-o em meus braços com a maior delicadeza que consegui ter e agachei-o até deitar-lo por completo. Dirigi-me para o lado dele. Deitei-me com as mãos no peito e com os meus olhos fixos no teto para não olhar para a parte desnuda do peito de Daemon, por algum motivo que desconheço a minha respiração acelarou e as minhas veias palpitavam em minha pele pálida. Cobro-nos rapidamente. —Isabella, ainda estás acordada ?–falou sussurrando e voltando-se para mim. —Sim ... —Obrigado por estares a fazer isto tudo. —Eu não podia ter deixado-te ali a escorrer de sangue. —Eu teria deixado-te.–ele riu-se. —Felizmente não sou nada parecida contigo mas, se fazes tanta questão disso, para a próxima eu deixo-te morrer. —Não vai haver próxima vez. —Pois eu acho que sim.–sorri em silêncio. —Achas que o Douglas vem atrás de nós ? —Ele deixou-nos escapar mas talvez fosse só pelo sentimento de culpa, conhecendo o Douglas como conheço ele não vai parar até ter o que quer .–respondi. —Não deixarei que isso aconteça. —No estado que estás pode passar qualquer coisa por ti e não vais poder fazer nada.–disse. —Sempre muito simpática, não é Isabella? —Agora, tenta descansar.–resmunguei e ignorei-o. —Porquê, não gostas de ouvir-me ? —Não ... —Não?–sussurrou perto do meu ouvido levantando-se lentamente– Acho que até gostas, baixinha ...– Daemon riu-se. — Baixinha não, Daemon ! —Adoro quando ficas assim , chateada ...–voltou a rir-se —Vai descansar !
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O tempo foi passando-se e todos dentro da casa já haviam adormecido. Naquele habitação o único barulho que conseguia ouvir era o de Daemon a ressonar. Entretanto, apercebi-me de passos de imensa gente a bater na neve. O som das portas da aldeia a serem arrombadas com pontapés, pairou nos ouvidos de Daemon . — Isa, acorda está alguém aqui.–sussurrou o príncipe. —Estou acordada Daemon. —Estão a invadir a aldeia ...–ele é interrompido pelo barulho da porta de casa a abrir e ser invadida por pelo menos dez homens armados.