Capítulo 13.

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Finalmente Douglas soltou-me daquela jaula depois do casamento, anunciou o nosso casamento aos três reinos apresentando-me também como sua esposa,acho que o meu pai ainda não sabia daquilo.
  Deixei de me preocupar com Daemon no mesmo instante que Yasmim veio visitar-me e contou tudo.
Daemon saiu antes de mim do castelo já que aceitou casar com Yasmim de livre vontade, então decidi fazer o mesmo.
Nunca gostei daquele traste e agora muito menos, senti-me "traída" de todas as mais diversas formas e tenho o direito de retaliar, ele deixou-me sozinha com o irmão, sozinha!
  A verdade é que não amo Douglas, nunca amei mas, sentia um enorme carinho por ele, esse carinho foi-se embora depois do ocorrido e começo a pensar que talvez não consiga, não mais , amar alguém.
Realmente, Douglas pode ser tudo isso mas, tem uma coisa importantíssima, ele tem o que eu pretendo ter, poder ...
Ele é compreensivo comigo e deixou-me ir visitar o meu pai junto dele.

Bati nos portões do primeiro reino, logo fui acolhida pelos empregados que preparavam provavelmente o lanche

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Bati nos portões do primeiro reino, logo fui acolhida pelos empregados que preparavam provavelmente o lanche.
—Onde está meu pai ?– perguntei.
—Ele está na biblioteca.
—Iremos visitá-lo, diga para não virem-nos incomodar.–disse, a apreciar o local onde um dia andava todos os dias.
—Desculpe menina mas, não poderei deixá-la subir para lá.–um guarda falou.
— Não pode ? É claro que pode, e vai ser agora ou...–empurrei Douglas de forma delicada para que ele se acalmasse.
—Deixe-me passar e a sua saída do castelo não será discutida .–relatei.
Depois de muita insistência, conseguimos passar,seguimos pelo salão.
Os grandes e robustos portões da biblioteca estavam semi-abertos, iria bater à porta até que espreitei por ela não consegui falar uma única palavra depois do que vi, a minha boca ficou seca e meus olhos estavam fixos naquilo, de seguida, depois da minha reação Douglas também espreitou.
—Mãe!?–gritou o meu marido ferozmente para Alana sua mãe que estava mesmo em cima de Harry com os trajes caídos no chão.
— Achava que estarias preocupado com a tua filha que estava desaparecida mas, não ...afinal de contas estás nestes preparos com a melhor amiga da tua falecida.– falei já dentro da sala.
Isa, não é nada do que estas a pensar é só que ...–o meu pai tentou desculpar-se, tapou a sua nudez.
—Cale-se seu imbecil! Estejam descansados pois, eu e a minha esposa não os vamos mais incomodar.–Douglas olhou para os dois.
As lágrimas escorriam por toda a minha face, Douglas apertou minha mão, levou-me para fora da porta.
Tentamos descer as escadas o mais rápido possível para chegar à entrada e daquele dia em diante nunca mais colocaríamos lá os pés mas, as escadas eram enormes e meu pai alcançou-nos rapidamente.
Esposa ? Como pudeste tu casar-te sem a minha autorização ?!– Harry dirigiu-se para mim.
—Pensava que pelo menos irias-me convidar, mas não, a tua mãe estivesse aqui perderia completamente o orgulho que com certeza tinha em ti.
—Pois, ainda bem que ela não está aqui, não é pai? Imagina o ultraje que seria ver o homem que casou e amou com a amiga que mais confiou a vida inteira.
Meu pai depois da nossa pequena discussão não conseguiu falar muito mais apenas deu-se ao trabalho de me apontar o dedo com indignação e espanto, gritava fortemente perante os meus ouvidos, fazendo com que eles quisessem soltar-se da minha cabeça e fugirem a sete pés.
—Nunca mais fales assim com o teu pai ouviste, nunca mais!–Harry,agarrou  violentamente em meu braço.
— E vai fazer o que se ela falar ?
Tente apenas tocar em minha esposa e prometo que não verá mais a luz do sol.
Por meus olhos passou a enorme rajada de vento que levou Douglas pelas escadas .
Vejo-o já no andar de baixo, ele deixou um rastro de sangue por onde havia passado.
Saiu a correr, vou  em direção a Douglas e quando consigo alcança-lo vejo que não foram ferimentos tão graves quanto eu imaginava mas, mesmo assim teria de repousar.
— Isto foi para proteger a tua amante ou para todos à tua volta temerem dos teus atos ? Parabéns meu pai, conseguiste, não procures-me mais pois, não estarei disponível para ti.–falo já com meus olhos cheios de água .
Tento pegar em Douglas mas, logo o mesmo consegue levantar-se, ajudando-me a conseguir suportar o seu peso.
Levo-o para fora do palácio do primeiro reino, transporto-o para a carroagem de onde viemos.
Chegamos ao terceiro reino, os guardas voluntariaram-se para levar Douglas até seus aposentos e logo depois fui eu atrás dele a acompanhá-lo.
Fechei a porta do quarto que agora era "o nosso quarto" e sento-me na beira da extensa cama bastante aconchegante.
As minhas mãos espontaneamente, acariciavam a cara pálida e macia de Douglas, tentava fazer com que ele não sentisse tanta dor, logo depois os olhos claros do príncipe estavam agora abertos e olhavam fixamente para os meus.
— Isa...–falou quase sem forças.
—Descança, estarei aqui se precisares de alguma coisa.–disse enquanto Douglas voltava a fechar os seu belíssimos olhos.

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