Capítulo 11

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 O ruído da porta a estalar suou por toda o que fez os proprietários acordarem.
—Vou ver o que está a acontecer, fica aqui.-–sussurrou Daemon.
— Não podes ! Estás ferido.–quando dei por mim, Daemon já tinha-se esgueirado para fora da despensa.
   Escutei o som do braço dele a bater nas paredes de pedra no meio da escuridão.
Não conseguia perceber como ele estava-se a aguentar em pé.
  Apesar de não querer assumir, confesso que fiquei preocupada com ele, então sai do lugar onde tentava dormitar e segui os passos fortes do príncipe.
 Parei atrás dele, escondida nas paredes da sala.
   Consigo ver a silhueta de Daemon a estremecer, no meio do obscuro avisto o pescoço dele a ser percorrido e estrangulado com uma abastada corda.
Os guardas do terceiro reino cobria toda a sala.
    Uma faísca de fogo entrou pela sala que iluminou a face de Douglas.
— Ó meu irmão, tanto trabalho que tu dás-me, não sei como vieste aqui parar mas, deves presumir quantas pessoas tive de subornar para chegar aqui.–Douglas começou a falar.
 —A minha noiva deve estar escondida contigo, eu sei que a culpa não é tua minha querida e sim de quem te mandou vir ter com ele, por isso não adianta esconderes-te Isabella !
—O que queres?!–perguntou Daemon, dava para perceber a imensa dor em sua voz.
—Poupa o pouco de ar que resta-te, não faltara nada e estarás deitado no chão.
  Um pequeno barulho de fundo paira no corredor onde estavam instalados os quartos .
Percebi que esse vinha do dormitório da pequena menina então,  vagarosamente  dirigi-me para o quarto de Ayla.
  Não queria deixar Daemon sozinho mas tinha medo que algo acontecesse à criança.
—Ayla, tem calma, estou aqui, não ficarás sozinha.–susurrei ao entrar nos aposentos da mesma.
— O meu...o meu pai, ele saiu do quarto e ainda não voltou, foi ter com os homens maus.–ela começou a chorar.
—Não preocupes-te ,vai correr tudo bem, vai passar.–coloquei a cabeça de Ayla no meu peito para a aconchegar–Agora fica aqui eu vou procurar o teu pai está bem?
— Está bem- surrou.
   Quando volto para a sala avisto Yuri, ele ergue uma faca de cozinha para o guarda que esgana Daemon.
—Solta-o agora! Solta-o !–Yuri gritou.
—Então o meu irmão agora tem novos amigos, que lindo, se eu fosse a si não intrometia-me em assuntos de família porém, parece-me uma pessoa que olha para a morte com olhos de alegria, se assim é concedo-lhe esse prazer.– Douglas fala com um olhar diabólico.
O guarda que estava por trás de Yuri apunhala uma espada em suas costas, ele   foi perfurado até à barriga .
  O sangue escorreu por todos os lugares, fazendo Yuri ajoelharam-se perante Douglas.
— Diz-lhe, Ayla tem de saber ...ela tem de saber que a amo ...sempre.– Yuri olha para o meu rosto na escuridão.
— Não!–berrei ao vê-lo partir.
Naqueles segundos, tudo passou a ser um apenas e imenso nada, o brilho naqueles olhos inundou-se de sombras e simplesmente ...acabou.
  Não conseguia mais reconhecer Douglas daquele menino encantador que passava comigo os dias no castelo do segundo reino.
Do pescoço encurralado de Daemon, escorria por todo o fio, sofrimento.
A respiração passava a ser  segundo plana, ele deixou cair por seu rosto pálido lágrimas silenciosas.
  Ouço os passos trementes de Ayla no corredor e corro para que não possa ver aquela cena sangrenta.
—Ele morreu, não foi, eu sinto que morreu.–falou soluçando .
—Eu estou aqui, não vou-te deixar sozinha, nunca !–disse.
—Ele foi-se não foi ?–perguntou.
— Sim...
Voltei a levá-la para o quarto sem pensar muito em Daemon, apenas para acalmar-la.

 Voltei a levá-la para o quarto sem pensar muito em Daemon, apenas para acalmar-la

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