✨ All Night

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✴️ Transcendental ✴️
#AmorUniversal

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Boa leitura.

— Eu não posso me tornar a merda de um viciado.

Jungkook repetia a frase insistentemente, com a cabeça encostada no volante e os batimentos cardíacos acelerados. O carro permanecia estacionado em frente ao local em que ocorreu, há minutos, a partida de pôquer que lhe rendeu um importante prejuízo.

Basicamente mais da metade do salário do mês, que já não era muito.

No último mês, sua frequência nas mesas de pôquer aumentou substancialmente e ele tampouco se preocupou com esse fato. As crises de ansiedade haviam se intensificado após sua briga com Yeji e ali, naquele momento dentro do carro, a realidade despertou-lhe como um soco no estômago.

A bateria do telefone marcava apenas 10% de carga restante e nada em que ele pudesse pensar seria suficiente para livrá-lo daquela crise.

Nada além de Yeji.

Deu a partida e arrancou para a única direção possível.

E torcia para ser recebido por ela.

Entrou facilmente pelo condomínio, afinal era um velho conhecido do porteiro. Saiu do carro sentindo o ar lhe faltar e correu até as escadas do bloco de apartamentos em que a garota morava.

Encostou a testa na porta depois de tocar a campainha insistentemente.

— Jungkook?

Hyunjin atendeu bastante assustado pela presença inesperada.

— Oi, Hyu, por favor, me deixe entrar. — pediu, com a voz embargada pela leve asfixia.

Era visível que Jungkook precisava de ajuda. Seu rosto estava banhado por gotículas de suor e as mãos trêmulas confirmaram para Hyunjin que algo precisava ser feito e por mais que Yeji estivesse magoada, ele jamais negaria ajuda ao ex-cunhado.

— Jungkook? — Yeji ouviu a conversa e quis saber do que se tratava, mesmo reconhecendo aquela voz tão familiar, que pelos acontecimentos passados, a faria retornar para o quarto e não recebê-lo.

— Oi, eu posso entrar? — ele suplicou.

— Eu vou buscar água. — Hyunjin achou prudente tomar alguma atitude e deixar os dois a sós.

Evidentemente, para ela, aquilo se tratava de uma crise de ansiedade. Já estava acostumada a consolá-lo nessas ocasiões e a única reação que teve naquele momento foi acolhê-lo com um abraço.

Pareceu estranho pelo seu ponto de vista, não ter sentido nada além de pena, quando os braços fortes de Jungkook rodearam sua cintura, coberta apenas pelo tecido fino do pijama curto que usava.

— Você nunca mais me atendeu, desculpe por ter vindo assim, eu só não sabia o que fazer. — Jungkook disse em meio à respiração ainda ofegante.

— Eu ainda estou com raiva, mas não vamos falar sobre isso agora. — ela se desfez com calma do abraço e o segurou pela mão. — Vem.

Seguiram para o quarto e encontraram Hyunjin no corredor com o copo que continha um líquido turvo, que nada se assemelhava a água, o que provocou dúvida e um olhar interrogativo em Jungkook.

— Beba sem reclamar. — Hyunjin foi enfático e Jungkook, com um único gole, tomou todo o conteúdo do copo, agradecendo o garoto através de uma careta.

Chegaram até o quarto de Yeji que condizia perfeitamente com sua aura jovem que mostrava uma decoração minimalista, reforçando o quanto ela não era apegada a modismos.

Transcendental 🏳️‍⚧️ | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora