✨ DNA

1.6K 289 113
                                    

✴️ Transcendental ✴️
#AmorUniversal

O domingo havia chegado tão depressa que Haru sentiu que estava correndo contra o tempo. O fato de ter conversado com a vizinha no sábado serviu para quebrar o gelo em relação à personalidade da mulher. Jihye era uma pessoa simples e sem luxo, apesar de ser esposa de um juíz renomado. Fora modelo em Seul na juventude, fotografando para várias revistas na Ásia e Europa. Fina e elegante, usava roupas caras de marcas famosas, mas tinha uma humildade genuína nas atitudes e na criação do filho. Haru apreciava muito essa qualidade nas pessoas.

Preparou uma carne assada, salada, arroz e o indispensável kimchi para servir aos convidados. Pediu a Dongwoo que organizasse a mesa no quintal embaixo da tenda para que eles pudessem confraternizar ao ar livre.

Decorou a mesa com vasinhos de flores e suculentas, deixando os pratos e os talheres a postos junto ao jogo de sousplat de crochê que era mais um item de sua criação. Preparou um cantinho com tapetes de e.v.a para que Jimin e Tae pudessem brincar enquanto os mais velhos conversassem. Trouxe também a caixa enorme de brinquedos. Queria deixar os pequenos entretidos de qualquer forma.

A campainha tocou e Dongwoo foi até a porta, sabendo que os vizinhos haviam chegado. Recepciona a família e os levou até a área externa da casa onde a mesa já estava a postos.

Jimin estava sentadinha no tapete, mordendo sua inseparável estrelinha amarela de borracha e assim que viu a família chegando ao ambiente, engatinhou o mais rápido que pode até se aproximar dos adultos. Chunghee que segurava Taehyung no colo percebeu que a garotinha estava eufórica por rever o amigo. Logo desceu o filho, colocando-o sentado no tapete do lado da menina que retirou a estrelinha da boca e deu para seu pequeno vizinho brincar.

Os adultos foram despertados do momento de ternura entre os bebês quando a campainha soou novamente.

— Não estamos esperando mais ninguém, quem será Dongwoo? — Haru pergunta ao marido com um semblante de dúvida.

— Ah sim, é a babá. Me desculpem, mas sempre gostamos de trazê-la em reuniões assim. Crianças não são fáceis e Taehyung é muito elétrico. Poderemos ficar mais relaxados com Mina cuidando dele por nós.

Chunghee avisou ao casal e logo Haru foi até a porta para receber a babá.

— Olá sou Mina, a babá de Taehyung, me desculpe pelo atraso. — disse formalmente para a dona da casa.

— Não precisa se desculpar querida. Seja bem vinda. Venha, entre. Estamos reunidos na área externa.

Mina era uma jovem por volta de seus vinte anos, vinda do Japão. Não se sabia muito sobre a garota, apenas que morava com a avó e veio para a Coréia em busca de melhores condições. Foi contratada pela família Kim através de um site de babás assim que Taehyung nasceu.

Entrando novamente na área externa da casa onde o almoço acontecia, Haru se juntou aos três adultos que conversavam entretidos à mesa. Mina cumprimentou os patrões e Dongwoo, seguindo logo para o canto do ambiente onde estavam as crianças.

Jimin estava sentada bem do ladinho de Tae. Já tinha colocado quase todos os brinquedos da caixa no colo do garotinho. Engatinhava com rapidez quando achava algum outro brinquedo interessante e logo trazia de volta para dar ao seu amiguinho. A menina mordia a estrelinha de borracha e oferecia para Tae morder um pouco também. Quando ela não recebia a atenção suficiente, puxava a camisetinha dele resmungando como a pequena possessiva que era. Estavam tão ligados na estorinha indecifrável que Jimin contava balbuciando sons que pareciam música para os ouvidos de Taehyung. Num determinado momento daquela conversa, Jimin se inclinou, deixando um beijinho babado na bochecha do garoto, mas sentindo a falta de equilíbrio normal para um bebê de um ano, se debruçou em cima do amigo caindo os dois deitados no tapete.

Transcendental 🏳️‍⚧️ | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora