Celina é uma garota de 20 anos que vive na terra fantástica de Lumis. Quando ainda era uma criança, acabou cometendo crimes que custaram 10 anos de sua vida.
Para conseguir a tão sonhada liberdade, ela deve realizar diversas missões tão perigosas...
Os Hellos não são conhecidos por sua simpatia. Muito pelo contrário.
O reino de Glácias é isolado de toda Lumis, e seus habitantes não costumam a se relacionar com outros reinos. São frios e introspectivos, basicamente.
Que trocadilho horrível.
O ser que causou tudo isso continua avançando sobre nós. Consigo perceber de relance que é um garoto, jovem até, deve ter a minha idade. Ele usa os ventos para flutuar sobre nossas cabeças, mas logo pousa no chão, se colocando a nossa frente.
-Ali! - Emily aponta para um ponto brilhante no peito do garoto. É o cristal.
-Ok, só precisamos chegar até ele.
Na maioria das batalhas, podemos ver ambos os lados atacando de forma igual até que um deles vença. No nosso caso, a batalha consiste em duas garotas desgovernadas desviando de golpes mortais enquanto tentamos alcançar um ser forte e maluco o suficiente para nos congelar até a morte.
Começo a correr até a direção dele, mas a neve enterra meus passos, dificultando o processo.
O menino apenas acena com as mãos, fazendo com que grandes pedaços de gelo brotem do chão. Um deles acerta meu ombro, rasgando o tecido do meu casaco e fazendo um corte superficial na minha pele.
A única vantagem que possuímos nessa batalha é: Somos duas, o que facilita na construção de qualquer ataque.
Uso a minha agilidade para manter o garoto ocupado, enquanto Emily chega por trás.
Ela coloca o braço esquerdo em volta do pescoço do garoto, e o direito tenta alcançar o cristal pendurado nele.
Ambos se debatem um com o outro. Vou em direção a eles, disposta a ajudar, mas ela já fez a maior parte do trabalho, e já tem o colar em mãos, O Hello consegue se soltar e arremessa em pelo morro abaixo. Ela bate a cabeça em um dos pedaços de gelo evocados por ele anteriormente.
Em seguida, ele se vira para mim e começa a avançar em minha direção.
Quando chega mais perto, me preparo para seu golpe final.
Seus polegares pressionam minha têmpora, gelados.
Sinto meu cérebro começar a congelar aos poucos.
Quanto mais tento afastá-lo, mais ele pressiona as mãos na minha cabeça.
Eu grito, ele grita, o vento assopra, agitado, numa enorme confusão.
Começo a ver manchas se formando em minha visão, e meus ouvidos vão falhando aos poucos.
Perco o equilíbrio e caio no chão. Poucos segundos andes de perder a consciência, vejo Emily, um pequeno ponto embaçado, se mover entre a neve.
E tudo para.
Os gritos, o vento, a sensação gélida que ocupava minha cabeça. Tudo isso, acaba.
Olho para o lado e dou um grito com a visão do mesmo deitado, imóvel. Os olhos estão turvos e a pele pálida.
Está morto.
Foco minha visão em Emily. O colar está quebrado debaixo de seu punho, machucado por conta dos cacos
“Então esse era o tal efeito colateral” Penso, me levantando com certa dificuldade, o corpo ainda dormente.
Emi vem ao meu encontro, disposta a ajudar
-Você está bem?!
-Sim, obrigada. Se você não tivesse quebrado o colar, eu provavelmente viraria um picolé em tamanho humano.
Ela ri. Tiro meu cachecol e enrolo em sua mão ensanguentada, e ela me lança um breve olhar de agradecimento.
Depois olha para o jovem.
-Ele está mesmo...
-Imagino que sim...
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Enquanto desço montanha abaixo, consigo sentir os raios de sol aparecendo pelas terras. Acabou, de fato.
-Eu acho que peguei um resfriado- falo para Emily
-Eu tenho certeza- Responde
-Então, acha que o inverno vai voltar tão cedo?
-Depois disso, acho que vai demorar um pouco mais para ficar frio novamente.
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Notas da Autora:
Oi meus amores! Desculpa a demora para postar ಥ‿ಥ
Espero que tenham gostado do capítulo, e até a próxima!