Capítulo 11: A floresta

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Narrado por Celina

    Ok, tenho três horas e um único destino: Floresta das fadas.

   São criaturas simpáticas, um pouco animadas demais. Por enquanto, basta cruzar os dedos e torcer para não ser atacada por uma bomba de glitter quando chegar lá.

  "3 folhas rosas da árvore mãe". Que droga é "árvore mãe"?

   Chego na floresta. TUDO lá é enjoativo.

   As cores das casas, tão vibrantes que machucam os olhos, os sons ambientes, até respirar lá me causa náuseas, pois o ar tem um cheiro doce demais.

   Não demora muito e sinto alguém cutucar minha perna.

   -Quem é você?

   É uma criança. Uma pequena fadinha com pele rosa e asas pequenas. Meu primeiro impulso é tentar despistá-la, não sou boa com crianças. Mas percebo que ela pode ser útil.

   -Ah, olá, qual o seu nome? - Pergunto com a voz mais lúdica que posso imitar. Ela me olha com um misto de curiosidade e estranheza.

   -Elana, e o seu?

    -Isso não tem importância! Olha Elana, eu vim aqui para resolver uns probleminhas e preciso de uma ajudinha...

   -Que problemas?

   -Sabe me dizer o que é uma árvore mãe?

   Ela arregala um pouco os olhos, desconfiada

   -Sei....

   -Ótimo, pode me dizer onde fica?

   -Não.

   Ah, que ótimo!

   -Por que não?

  -Nenhuma fada tem permissão para contar sobre a localização da árvore mãe.

   Merda. Eu sabia que não seria tão fácil.

   -Mas não há nada que não possa ser negociável não? - Pergunto, com um fio de esperança.

  - Não posso ser subornada, se é isso que você pensa.

   Ok, a criança é esperta. O que faremos agora?

   -Olha, eu realmente preciso saber onde está essa árvore e o meu tempo é curto. Então, se você puder deixar todo esse protocolo de sigilo de lado, eu iria adorar...

   -Já disse que não conto!

   Fico em pé e tento respirar fundo para não partir para a agressão. O sol já está no seu ápice. É meio dia. Devo chegar no palácio às 13:00

   E quando isso acontecer, o tempo vai ter acabado.

   -Ok, faça como quiser- Respondo- Eu posso procurar essa maldita árvore sozinha!

   Começo a andar quando escuto uma vibração do meu bolso.

   -Celina, você está aí?

   Tiro o Walkie Talkie do bolso.

   -Estou.

   -Só falta uma hora! Ainda precisamos preparar tudo, estamos ficando sem tempo!

   -Eu sei, tá legal?! Eu penso nisso desde que saí do palácio hoje de manhã...

   Ele fica em silencio uns instantes.

   -Eu sei que você vai conseguir.... Só não desista, ok?

   -Não é uma opção- Respondo- Começe a preparar tudo, voltarei para o palácio em breve e curaremos a Emily!

   Desligo o Walkie Talkie. Uma única lágrima cai da minha bochecha. Outras começam a aparecer, mas me recuso a derrubá-las. Estou muito perto, e não vou jogar a toalha agora.

   -Então é para isso?

   Viro para trás e vejo a mesma criança de antes andando devagar em minha direção.

   -É para isso que você quer ver a árvore? Para salvar a sua amiga?

   Concordo com a cabeça.

   - Faz anos que não nos pedem ajuda com algo assim....Ela deve ser muito importante para você, não?

   Sorrio. Em foi a primeira pessoa que me acolheu durante toda a minha vida. Ela não ligou para o fato de eu ser uma ladra esquisitona nem se afastou quando contei sobre a minha família. Em todas as minhas missões, ela estava lá, mesmo que não conseguisse lutar tão bem ou não fosse a mais ágil das criaturas. A primeira amiga que tive.

   -Sim, ela é.

   A menina parece refletir por um instante.

   -O caminho é por aqui!

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Notas da Autora:

A Lin e a Emily são mto lindinhas, pqp

A imagem acima foi encontrada no Pintrest, para representar a floresta das fadas. Não achei o autor, mas se vocês acharem, coloquem nós comentários, por favor.

Até o próximo capítulo!

A Ladra de Lumis: Liberdade para todosOnde histórias criam vida. Descubra agora