𝙹𝚞𝚕𝚒𝚎
Acordei com meu pai me chamando, já que o celular tinha descarregado de madrugada e fiquei com preguiça de pegar o carregador no escuro, optando por ficar sem o despertador. Estava na hora de colocar o plano da Flynn em ação, me sentei lentamente na cama e segurei a cabeça reclamando um pouco. Meu pai veio correndo em minha direção e expliquei que sentia um pouco de enxaqueca e enjoo, mas era capaz de melhorar. Ele ficou nervoso sem saber o que fazer e me senti um pouco mal pela mentira.
Pedi para descer e encontrar as meninas, eu iria logo depois, só precisava de um tempo para respirar e fechar os olhos na tentativa de me sentir melhor. Preocupado, não queria me deixar sozinha, mas prometi que ligaria se precisasse de algo. Quando meu pai saiu do quarto, aguardei alguns minutos e me levantei para colocar o celular para carregar. Enquanto esperava Flynn bater na porta com minha comida, li as mensagens que Luke mandou depois que peguei no sono. Não pude deixar de revirar os olhos e sorrir com o apelido que me deu.
Escutei batidas e minha amiga chamando meu nome, corri para abrir a porta e ela me entregou a bandeja com um sanduíche, algumas frutas e limonada, indo direto para o telefone do quarto. Quando o funcionário atendeu, Flynn perguntou se era possível entregar um termômetro e um copo com água quente no quarto 268. O homem ficou em dúvida se tinha escutado certo e a garota repetiu, reforçando que precisava disso o mais rápido possível.
Tomei toda a limonada e mordi um pedaço do sanduíche para fingir que não estava conseguindo me alimentar, coloquei o termômetro fervendo embaixo do meu braço e Flynn tirou as fotos para enviar para a Carolynn. Não precisamos esperar muito para escutar meu pai abrindo a porta às pressas e minha prima atrás dele.
- Filha, o que você está sentindo? Meninas me desculpem, mas não vamos sair hoje. Vou ficar aqui com a Julie - falou nervoso mexendo as mãos sem parar.
- Pai, se acalma. Não sou criança, tenho 18 anos, sei me cuidar. Já falei tudo que estou sentindo, mas a Flynn queria descobrir se eu estava com febre, não está muito alta - disse me escondendo embaixo da coberta - ela já pegou um remédio e tomei, daqui a pouco vou estar me sentindo outra pessoa, não precisa se preocupar. Pode sair com as meninas, não quero acabar com o dia delas, se divirtam por mim - coloquei a mão para fora e fiz um sinal de joinha.
- Jules, não faz sentido sair e te deixar aqui - Carolynn disse sentando no canto da cama - não quero chegar perto porque pode ser contagioso, né?
- Tão engraçadinha, mais um motivo para me deixarem sozinha nesse quarto. Olha, vocês não podem fazer nada por mim, só vão ficar parados me encarando e não tenho paciência para isso. Podem passear pela cidade, eu ligo se piorar ou precisar de alguma coisa, ok? - minhas amigas concordaram, mas meu pai continuou insistindo em ficar no hotel, o que me fez revirar os olhos debaixo da coberta - homem, que agonia. Me deixa aqui, quietinha, cochilando para ver se a enxaqueca e o enjoo passam, depois vou tentar comer o que a Flynn trouxe - disse respirando fundo para não me estressar.
Depois de muita conversa e da ajuda das meninas, Ray aceitou me deixar repousando no quarto. Mas antes de sair, me passou várias informações, uma lista sem fim. Ele acha que tenho cinco anos? Já sei de tudo que está falando, mas ele parece não perceber. Fiquei resmungando para informar que prestava atenção até que a salvadora Carolynn pediu para ele sair porque estava atrapalhando meu descanso.
Chat Julie e Luke
Luke: Quase ia me esquecendo! Já viu nossos vídeos cantando na Disney? (dois links do YouTube). Jules? Você pegou no sono? Julie? Boa noite, hater, dorme bem
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Um Sonho Popstar (Juke - JATP)
FanfictionPara conhecer mais sobre o lugar que seus pais se conheceram, Julie viaja com o pai para Paris após 2 anos da morte da mãe. Quem também está na cidade é Luke, que esbarra em uma garota ao sair de uma boate e decide encontrá-la.