Para conhecer mais sobre o lugar que seus pais se conheceram, Julie viaja com o pai para Paris após 2 anos da morte da mãe. Quem também está na cidade é Luke, que esbarra em uma garota ao sair de uma boate e decide encontrá-la.
Após uma semana, fui para a Hi or Hey Records assinar meu contrato. Luke e todos os nossos amigos insistiram em marcar presença. Chegando no local, descobri que haviam preparado uma festinha com bolo, salgados e doces, a forma como fui recebida pela gravadora aqueceu meu coração, me senti acolhida.
Meus colegas gritaram em comemoração assim que assinei meu nome no contrato e lágrimas começaram a se formar, acho que nunca estive tão feliz. Era incrível ter o apoio deles depois de tudo que passei com meu pai e parte da minha antiga equipe. Aquela era minha nova família, criada de forma aleatória em Paris e com a ajuda da minha mãe. Sim, continuo acreditando que foi ela quem colocou Patterson na minha vida e nada vai mudar esse pensamento. Cada pessoa daquele grupo é especial para mim por diferentes motivos e não consigo mais lembrar como era minha vida antes deles. Gostaria dos meus pais ao meu lado nesse momento, mas nem sempre podemos ter tudo que desejamos. Então, comecei a imaginar como a vida teria sido se a mamãe estivesse ainda por aqui.
- No que está pensando, cacheada? Conheço essa carinha - Luke me abraçou de lado e beijou minha cabeça, respirando fundo para sentir o cheiro de baunilha, ele criou essa mania fofa depois de um tempo.
- Em como as coisas seriam diferentes se a mamãe estivesse viva, mas tenho a sensação que você ia me encontrar de qualquer jeito - levantei meu rosto para lhe observar e as lágrimas começaram a cair - eu estaria estudando na Julliard enquanto você beijava várias mulheres em Paris, mas algo me diz que eu ia acabar assinando um contrato nessa gravadora. Talvez alguém com contatos me escutasse cantando, não sei explicar direito, na minha cabeça faz sentido. Eu olho ao redor e me sinto em casa.
- Gosto do jeito que você pensa e acredito que está certa. Nós íamos nos encontrar no final, não importa como, quando ou onde - ele falou de forma carinhosa enxugando meu rosto - quais são as chances de Luke Patterson esbarrar em você em Paris e se apaixonar pela primeira vez na vida?
- Isso parece uma sinopse de filme clichê. E eu assistiria.
- Eu também - ele respondeu rindo e percebi que estava quase chorando - o destino ia nos colocar na vida do outro de qualquer jeito, Julie. Essa é uma relação formada por apoio, respeito, brigas e amor. Somos a metade do outro, nos completamos. Tenho certeza que nunca teria com outra pessoa o que tenho com você ao meu lado - ele tentou segurar, mas algumas lágrimas escaparam.
- Obrigada por tudo, Patterson.
- Ei, só estou fazendo meu papel de amigo e namorado. Você que construiu sua carreira, o mérito é todo seu. Eu só fiz dar um empurrãozinho em Paris e te ajudar a sair da gravadora. Mas o sucesso que conquistou? Foi graças ao seu trabalho, cacheada. Suas letras, as melodias que você criou.
- Eu sei, mas obrigada por ser meu apoio durante essa loucura e por ter acreditado em mim desde o início. E o mais importante, por ter me amado intensamente, seu cadelinha rendido - rimos e ele uniu nossos lábios em um beijo calmo e carinhoso.
- Amo ver os dois juntos, mas podem deixar para se pegar depois? A gente quer comer o bolo e você que precisa cortar - Flynn se aproximou cutucando meu braço - e também querem tirar algumas fotos.
- Vocês têm o prazer de atrapalhar meus momentos com minha garota, né? - Luke disse com a cara fofa de emburrado. Entrelacei nossas mãos, conseguindo o sorriso que eu tanto amava, e o guiei até a mesa das comidas.
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