金 ≀ théâtre et art " woosan

Esse Chiquinho é uma figura.

Estou muito cheio, cheio de besteira, a qualquer momento eu irei explodir ou vomitar tudo isso. Não sei como aquelas besteiras foram divididas igualmente para quatro pessoas, nenhum estava muito diferente de mim, principalmente Choi San que reclama da sua barriga acumulada de besteiras e que está doendo muito. Yeosang está jogado no chão de barriga para cima e amostra, reclamando da dor.

Me levanto do sofá que eu estava sentado e pego três copos d'água para três tigres tristes, dou para Seonghwa que bebe tudo de uma vez em um único gole; me dirijo até o tapete perto do televisor, coloco Yeosang sentado para encostar na estante e dou água para ele, este que bebe tudo bem devagar para não passar mal e digerir tudo; vou até San e o ajudo a se sentar no sofá resmungando de dor.

— Ai, Woo. 'Tá doendo muito. — San resmunga acariciando a barriga.

— Eu sei, eu sei, bebe essa água que irá ajudar. — estendo o copo d'água para ele.

San pega o copo e coloca na boca, vejo suas bochechas incharem pela água dentro da boca, depois de 10 segundos ele ainda não engole.

— Woo. Me ajuda.

— Caramba, San. Nem para beber água bota maior dificuldade. — o repreendo.

Escuto outro resmungo inaudível do mesmo.

Seguro seu queixo com leveza e ajudo a despejar a água na boca com muito cuidado.

— Beba devagar, Sannie. — o alerto.

O mesmo engole à água devagar e com muito cuidado para não se engasgar.

— Pronto, passou. — dou leves toques no topo da cabeça do maior ao meu lado.

— Queria ser tratado assim. — Yeosang diz todo embolado pelo cansaço.

— Fica quieto, Yeosang.

— Enfim, está muito tarde, não quero mais incomodar vocês. — diz Seonghwa se levantando da poltrona puff com dificuldade.

— Por favor, né. Já são duas da manhã. Que tal vocês passarem uma noite aqui? — Yeosang palpita.

— Yeosang, aqui nessa casa só tem dois quartos, não vai dar para todo mundo aqui. — digo.

— Eu e Seonghwa dormiremos no mesmo quarto então, só não sei vocês aí mas se virem. — ele diz risonho. — Vamos, Seong. Me leve para o quarto. — ele estende os braços para o maior.

Seonghwa pega Yeosang no colo e o leva até a escada que dá acesso aos quartos e banheiros.

— O Chiquinho, não posso esquecer o nosso filho!! Woo, pega ele para mim por favor? — Yeosang pede.

Suspiro cansado e pego o amaciante de qualquer jeito, acho incrível que o Seonghwa deu comida para o amaciante pois o mesmo está sujo de katchup perto do rótulo recém tirado. Dou para Yeosang e o mesmo abraçou o amaciante.

— Woogie. Eu irei dormir aonde? — San indaga.

— Você irá dormir no "meu quarto". — respondo e faço as aspas com os dedos.

— Não quero incomodar, eu posso dormir aqui no sofá. — San se deita.

— Que isso, San. Você pode dormir lá. — insisto.

— Tudo bem. Tudo bem. Onde é o quarto? — ele indaga.

— Quando você subir a escada, dobra à direita e vai até a porta branca ao lado da marrom. — o localizo.

— Obrigado, Woogie. Boa noite. — San vai até mim e me abraça apertado, me deixando um pouco vermelho pela timidez.

Ele vai até o andar acima como eu disse.

Vou até o armário e retiro lençóis e um travesseiro grande, os coloco no sofá e me deito nela, me cubro com o lençol e fecho os olhos para relaxar e começar o sono em dia.

Me sinto incomodado com a luz presente na sala, abro os olhos e saio do sofá pronto para apagar as luzes e voltar para o meu pré sono. Vou até o interruptor e desligo as luzes, caminho até a cama e fecho os olhos novamente.

Sou puxado para os pensamentos dos últimos dias, é como se eu voltasse no tempo desses dias. Alguns curtos momentos depois, sou puxado para o lado das imaginações, são bem serenas e bem satisfatórias.

O sonho se passa com uma criança brincando no balanço, ela está com um semblante feliz; o vento batia em seus cabelos curtos e seus tênis sempre batiam no chão para ganhar impulso para se balançar ainda mais alto.

As aves presentes no local sobrevoavam nas árvores presentes no ambiente natural a céu aberto e ensolarado.

O garotinho se balançava tanto mas tanto que algo que estava atrás do garoto se colidiu com o mesmo, fazendo a imagem se escurecer e terminar o sonho. O engraçado é que eu também estou sentindo alguém se colidir atrás de mim.

— Woogie, eu posso dormir com você? Eu estou com medo. — San sussurra em meu ouvido.

— Mas, San. Você estava no quarto agora a pouco e estava se dando bem, por que você está com medo? — indago surpreso.

— Eu... Eu nunca dormi em outro quarto sem dividir com Seonghwa, ou com alguém que eu conheço. — San responde.

— Vamos para o quarto então, San. O sofá não irá caber nós dois juntos. — aconselho.

— É claro que cabe. É só dar uma mexidinha que d- — San se mexe e acaba me derrubando do sofá, graças ao tapete a queda não foi forte.

— É, eu acho que não cabe mesmo. Desculpa, Woo. — San se levanta e me ajuda a levantar do tapete.

— Tudo bem, San. Não foi nada. — tranquilizo.— Vem, vamos para cima. — puxo San para o segundo andar da casa.

— Woo, eu esqueci de te contar mas eu não consigo dormir sem ter a luz no ambiente. — diz tímido.

— É um trauma?

— Não, sou tão acostumado com a luz que eu não gosto de dormir no escuro.

— Tudo bem, San. Isso é normal. — dou um sorriso fechado.

Nos dirigimos para o "meu quarto" até que vejo a porta do quarto de Yeosang semiaberta, abro um pouco para ver o que está havendo. Olho para dentro do quarto e vejo Yeosang na ponta da cama, o Chiquinho no meio e Seonghwa na outra ponta bem encolhidinhos no edredom e protegendo o Chiquinho.

— Esse Chiquinho é uma figura. — San sussurra acompanhado com uma pequena risada sua.

— Eu acho tão estranho.

— Não mentiu. Vem, vamos dormir. — San pega na minha mão e me leva para o quarto ao lado.

O abajur que fica ao lado da cama estava acesa, as cortinas estavam fechadas e um dos bichinhos de pelúcia que acompanharam a minha infância e a de Yeosang na cama.

Me deito em um lado da cama e San no outro lado. Pego uma parte do edredom e me cubro até o pescoço.

— Boa noite de novo, Woo. — San sussurra cansado.

Não consegui responder, pois já tinha pegado no sono de novo. Mas lhe desejo uma boa noite de sono, San.