A manhã está quente, nem o ventilador está refrescando o cômodo, mesmo lá fora estando com 19° graus, aqui dentro parece está com 29° graus de tão quente. Adivinhem o porquê.Sim, é isso mesmo que você está pensando. Estamos fazendo isso de novo em plena manhã às 10:35.
Nossos olhos estão pregados na televisão com mil e um salgadinhos na mão, junto com doces e refrigerantes. Oque era para ser uma manhã produtiva, com alimentos saudáveis e até uma caminhada pelo bairro no máximo umas 6:30 da manhã, estamos nesse caso deplorável, acho que estou sendo influenciado pelo mais velho ao meu lado.
Tenho que mudar isso já.
— Sannie, essa já é a segunda vez que estamos nisso, e já sabemos a consequência que vai dar — digo me levantando do sofá, indo em direção para geladeiras e comer uma laranja.
— Juro que essa vai ser a última vez que faremos isso — ele se levanta e lança um sorriso amarelo em minha direção.
Coloco algumas bandas da fruta em um prato sem fundo, arrasto para perto do mais velho para comer logo.
— Isso vai ajudar a não ter nenhum enjôo — jogo uma banda sem nada no lixo que estava perto do balcão.
— Muito obrigado, meu amor, vem, me dá um beijinho.
O mais velho deposita suas grandes mãos envolta de minha cintura e me puxa para mais perto na intenção de me dar um selinho no máximo, me afasto do mais velho fazendo uma careta.
— Não San, escova os dentes primeiro.
Vou até o banheiro escutando seus resmungados abafados por causa da laranja.
— Come essa laranja e não reclama — começo a rir baixinho.
Há alguns momentos em que San encorpora uma criancinha de cinco anos, vive resmungando ou fazendo mil e uma perguntas difíceis como: "quando que vamos ter um filho?"
Mano, a gente ainda está namorando e ele já quer um filho....
[...]
San estava dormindo, ou melhor, desmaiado na minha cama após inventar uma bela vitamina de maracujá com algumas frutas, formando um mix, ele tinha bebido tudo, até porque, eu não iria beber pois eu já sabia do resultado e avisei ao mais velho para tomar cuidado. Mas como eu disse anteriormente, ele as vezes é igual uma criança, então a teimosia veio junto e está ai.
Saio para comprar algumas tintas que haviam acabado nesta manhã, por aqui no bairro não é muito fácil achar uma loja qualificada para achar tintas profissionais e pincéis, então eu tive que ir em outro bairro próximo perto do centro para comprar.
Abro a porta do estabelecimento, fazendo ecoar o som do sininho que tem em cima, algumas pessoas me olham por causa do som emitido mas logo olham para o que lhe interessavam. Pego uma cestinha e disparo alegremente para a cessado das tintas, são de muitas marcas naquela grande estante, mas a minha favorita estava logo embaixo. Aproximo minha mão pronto para pegar aquela caixinha cheia de tintas que tanto amo, logo quando pego, sinto uma mão intrusa e bem macia encima da minha.
Olho assustado para o dono e fico surpreso, era Suho. Retiro minha mão dali e rimos envergonhados.
— O que faz aqui, Suho? Nunca pensei que você gostasse de artes — indago para o mais alto.
O mesmo coça a nuca e dá um sorriso fechado.
— Eu vim comprar algumas tintas e pincéis para....a minha sobrinha, ela está naquela fase de pintar papéis e até mesmo a própria cara — ele dá um riso nasal.
Então ele tem uma sobrinha? Não sabia que ele tinha uma irmã, na verdade ele nunca tinha falado sobre sua família, de onde veio. Acho que ele não gosta muito de falar sobre, então é melhor deixar quieto por enquanto.
— Não sabia que você tinha uma sobrinha.
— Ela tem 4 aninhos, o nome dela é Aurora — Suho tira seu celular do bolso e mostra uma foto de sua sobrinha.
Ela era uma cópia de Suho, tinha olhinhos castanhos claros e bem grandes, bochechas fofas, sua boca era carnuda, seus cabelos bem lisos estão presos em xuxinhas formando maria chiquinhas.
— Ela é tão lindinha, ela é a sua cara.
— Minha irmã e eu somos irmãos gêmeos, por isso tem toda essas semelhanças — ele guarda o celular no bolso novamente, pega a caixinha e deposita na minha mão — Toma, você tinha pegado primeiro.
— Obrigado. Recomendo você pegar tinta guache, esses tipos de tinta pode fazer mal para Aurora, já que provavelmente ela pode pintar a carinha e desenvolver alguma alergia — pego uma caixinha com tintas primárias e entrego a ele.
— Sério? Não sabia, achei que qualquer uma dava certo, mas muito obrigado pelo alerta.
Ele me dá um abraço apertado, retribuo sem saber o porquê desse abraço repentino. Ele pode estar mal emocionalmente, gostaria de ajudar, mas não sei se ele está estranho comigo por causa daquele dia.
[...]
Vou até o caixa pagar as coisas, decidi levar um caderno para San, ele gosta muito de escrever ou anotar sobre algumas coisas do teatro. Ele sempre prega algum papelzinho colorido em algum lugar com uma frase refletiva, ou uma pequena declaração de amor e até mesmo uma listinha de comidas que ele deseja comprar para repor na casa dele.
O caderno é azul marinho e as páginas são amarelas dando um ar de antiguidade, ele vem acompanhado com uma caneta personalizada de ponta fina.
Suho estava na frente de algumas pessoas na fila, ele estava pagando pelas tintas e alguns pincéis finos e grossinhos com borrachinha para não furar. O mesmo me localiza quando pega a sacola e por algum motivo ele espera até a minha vez chegar para pagar.
Assim que pego a sacola com as coisas vou até Suho que estava com um sorriso radiante no rosto.
— Bom, eu estou com um pouco de fome, quer ir numa cafeteria comigo? É aqui perto.
— Pode ser, mas eu não tenho como pagar, meu dinheiro todinho foi para essas coisinhas. — mostro a sacola enquanto andamos em direção a cafeteria.
— Eu pago, pode deixar!
Chegamos na cafeteria e aquele cheiro doce de café, sucos e vitaminas, acompanhado com alguns doces vêm a tona, há algumas mesas e cadeiras simples e bem sofisticadas com algumas pessoas se deliciando com suas bebidas e doces. Sentamos nos bancos perto do balcão, Suho faz seu pedido e eu apenas espero.
— Você pode pedir o seu Woogie, pede uma para levar para o San.
Peço um café com leite e algumas amêndoas para acompanhar para San, e para mim, um chocolate quente com cobertura.
[...]
Estamos na nossa rua novamente, como somos vizinhos, pegamos o mesmo caminho, deixo o mesmo na porta de casa, pego seu café para ajudar ele a destrancar a porta de casa e ele agradece pegando de volta.
— Muito obrigado Woogie, qualquer coisa que precisar estarei aqui para
— WOO
Suho foi interrompido por um grito, e eu sei muito bem de onde vem, olhamos em direção a minha casa e lá estava a Rapunzel com a maior carranca do mundo na janela do meu quarto, suas bochechas estavam vermelhas, os olhinhos estavam irritados pelo sono.
Essa Rapunzel vai me enforcar pelos seus cabelos.
— Tenho que ir, a Rapunzel está irritada.
O mais velho ri e nos despedimos. Atravesso a rua sentindo o olhar de San em mim e entro em casa. Por incrível que pareça assim que fecho a porta, vejo San correndo até mim e me imprensa na porta.
— Por que estava com ele? — ele estava com fogo nos olhos.
— Calma, eu posso explicar, tome, beba enquanto eu explico — dou o café para o mesmo e o guio para se sentar no sofá, coloco a sacola em seu colo.
Agora o ciumento é ele.
lorealfull.
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金 ≀ théâtre et art " woosan
FanficᏪ 𖥻ꨶ Wooyoung encontra uma grande inspiração que talvez seja melhor do que flores e belas paisagens. Ꮺ 𖥻ꨶ ⚠ Esta estória é de minha autoria. Portanto, não cometa plágio. ⚠ #10 | San (03/11/2021) #17 | Yunho (05/12/2021) #01 | Woo (17/12/2021) #04...