Pelo menos a planta comeu.

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Por mais que eu queira evitar, estava na hora de ir para casa. San estava cozinhando mais uma macarronada, acho que comemos 5 macarronadas só hoje, não sei como eu ainda não me enjoei desse prato, até porquê macarronada é o meu prato favorito, e o de San também, temos algo em comum.

Eu estava deitado com o gatinho que estou prestes a roubar de San acariciado seus pelos macios, ele estava dormindo tranquilamente em meu peitoral. A música que pairava o ambiente era calling all my lovelies do Bruno Mars. Colocamos várias músicas sem nem mesmo saber da tradução.

- Woo, está pronto, vem encher essa barriga sequinha. - me chamou.

- Já estou indo, me ajuda a tirar esse bebezinho.

- Você é muito pesado, não dá. - arqueio as sobrancelhas indignado.

- Estou falando do Stully, San.

- Ahh, calma aí. - San enxuga as mãos e se aproxima do sofá, pegando o grande gatinho e colocando encima do arranhador.

nos sentamos em uma pequena mesa na cozinha para começamos a nos servir, tinha dois pratos cinzas, talheres de coloração prata, copos com refrigerante, um vasinho entre os dois pratos com pequenas margaridas e a famosa macarronada feita pelo chefe Sannie.

- Espero que goste, caprichei mais que o normal aí. - diz San pegando seus talheres e começando a pegar uma boa quantia no garfo.

- Bon appétit. - digo em francês erguendo o garfo com um pouco de macarronada.

Ele também estende e juntamos nossos garfos como brinde, assim que se chocaram, um pouco de macarronada acabou caindo no pobre vasinho, manchando as pétalas das margaridas.

- Ops. - dissemos em uníssono.

- Pelo menos a planta comeu, né? - San indaga sorrindo.

- Sim, eu acho. - retribuo o sorriso já colocando o garfo com o resto da macarronada sobrevivente em minha boca.

Comemos tudo. Literalmente tudo. Nem sobrou o molho para a contar a história para a esponja quando San lavar a louça. Estávamos com tanta fome.

- Quer sobremesa? - indaga.

- Não, se eu comer, eu acabo explodindo. - respondo já desabotoando a calça para liberar minha barriguinha cheia.

San ri e se deita no sofá.

- San, já está tarde, eu já vou, ok? - me levanto abotoando a calça novamente e pego minha bolsa com os materiais guardados.

- Fica mais um pouco, Woo. - pediu, o mesmo se levanta do sofá e faz um biquinho choroso cruzando os braços.

- Não posso, tenho que ir. - cutuco de leve em uma de suas bochechas.

- Tá bom, vou buscar as chaves do carro. - ele sobe para o andar de cima novamente.

Olho para o Stully, o mesmo se espreguiça e se acorda olhando em meus olhos, seus pelos estão bagunçados e seus olhos estão quase se fechando. Ele é tão fofo, o San não iria se importar se eu o levar para casa uns dias, certo? Ele se deu tão bem comigo que já o considero como o meu neném.

Pego o gatinho ainda sonolento e o coloco dentro da bolsa, fecho o zíper deixando uma parte aberta para o gatinho respirar ou se quiser colocar a cabecinha para olhar a rua.

- Meu precioso. - elogio o meu novo gatinho e me faço de sonso olhando para o nada enquanto San desce.

- Vamos?

- Vamos.

Pego minha bolsa já um pouco pesada, fomos até o carro de San e adentramos.

San liga o carro e deu a partida, sinto a bolsa remexer, será que ele nunca andou de carro? Um miado medroso ecoa no ambiente e San olha para mim desconfiado.

- Escutou isso? - perguntou.

- Não...por que? - me faço de sonso novamente.

- Escutei um miado, parecia do Stully. - ele olha para frente, prestando atenção no trânsito.

- Também, né San. Você não desgruda do gato, daí fica ouvindo ele em tudo que é canto. - digo abraçando a bolsa que está em meu colo um pouco nervoso.

- É, deve ser por isso mesmo. - ele sorri fechado e vira a esquina.

- Ali à direita, Sannie. - aponto a esquina próxima ao parque.

Ele dobra a esquina e segue reto, logo após ele chega na rua onde moro.

- Pare naquela casa branca. - digo já animado para mostrar o meu lar para o gatinho que está em meu colo.

San para o carro e saímos do mesmo, parando em frente a minha porta.

- Obrigado por hoje, Woo. - ele agradece sorrindo abertamente.

- Obrigado você, me diverti muito. - cutuco novamente de leve uma de suas bochechas onde se localiza a sua preciosa covinha.

- Tchau, Sannie. - aceno já abrindo a porta.

- Tchau, Woo. - retribuiu o aceno e adentra no carro, logo após dando a partida para ir até sua casa.

Fecho a porta e fico de costas, me encostando na grande porta marrom.

- Bobinho. Eita, acho que deixei a bolsa fora de casa. - penso alto e vou até a parte de fora da casa.

Ué, cadê a bolsa?

Me desespero e até arrodeio a casa e não acho a bolsa com o Stully, nem dentro de casa estava. Acho que esqueci no carro.

Lascou.

金  ≀  théâtre et art  " woosanOnde histórias criam vida. Descubra agora