"2 dias depois..."
— É melhor levar essas duas mantas caso sinta frio, e meias, não pode se esquecer das meias, será que 4 casacos são suficientes?
— Mãe, não se preocupe se eu precisar de alguma coisa eu aviso!
— Mas você vai ficar confinada lá e sem celular, como eu irei saber se está bem, se eles estão te tratando bem?
— Tenho a certeza de que o Arthur vai se certificar de que eu estarei bem... confie nele como eu estou fazendo.
— Eu estou muito orgulhosa de você minha filha, eu sei que vai correr tudo bem e você vai voltar como nova, você merece sorrir! — Ela diz acariciando o meu rosto.
— Eu sei mãe e tenho a certeza de que isso me fará bem, farei os possíveis para voltar curada... porque é tudo o que eu mais quero agora!
— Já podemos ir? — Arthur pergunta entrando no quarto.
— Claro.... — Tem alguém lá embaixo que gostaria de se despedir de você!
— Quem?
— Vem comigo ver.... — Ele diz indo pegar as minhas malas e descemos até ao quintal para levar as coisas pro carro, tentava procurar mas não via a misteriosa pessoa:
— Sam? — Uma voz vinda atrás de mim me chama e eu viro para ver ele... James e Natanny.
— Eu não queria que fosse sem me despedir, eu sei que se passaram dias não muito bons mas só quero que saiba que terá sempre o meu apoio e eu ficarei aqui lhe esperando até ficar boa, e a gente vai poder ser aquele casal adorável que sempre fomos.... — Ele diz pegando na minha mão.
— Muito obrigada James!
— Eu também queria me despedir de você, a gente não tem se falado muito né mas eu estou aqui torcendo para que tudo corra bem, eu estou voltando pra casa amanhã mas sei que quando você voltar pra casa estará em boas mãos! — Ela comenta olhando para o James e o Arthur.
— Muito obrigada Natanny, boa sorte com o seu noivado e com a nova fase da sua vida que irá iniciar...
— Obrigada! — Ela diz sorrindo e do nada a gente se abraça, nunca tinha sentido antes tanta leveza e paz desde que me aproximei dela mas esse abraço me trouxe tudo isso e uma sensação de despedida...
— Meu amor, como você sabe a mamãe vai ficar um tempinho ausente mas não se preocupe que logo eu volto, a vovó, o papai Arthur e o seu pai irão cuidar muito bem de você e eu prometo que quando voltar tudo será diferente, okay?
— Okay mamãe, só não demore... amo você!
— Eu também amo você, filha! — Dou um abraço longo nela e vou até o carro...
A viagem foi longa, era como se o centro fosse longe de tudo, haviam poucas casas a volta, era um espaço um tanto isolado, parecia meio aborrecido, assim que chegamos vários enfermeiros vieram ter com a gente nos ajudando com as malas, uma das responsáveis se apresentou e nos fez uma visita guiada, haviam vários pacientes lá, muitos deles pareciam estar entre os 25-30 anos de idade, o espaço era sossegado, cada um fazia a sua vida e haviam vários enfermeiros espalhados pelo centro vestidos de branco, estava me sentindo num campus da universidade... no final da visita me despeço do Arthur e da minha mãe e vou com umas das enfermeiras conhecer o meu quarto, era espaçoso, havia uma estante com vários livros sobre o poder da mente, autoajuda e psicologia moderna, nunca gostei de ler mas estava sem o meu celular então não teria como me conectar com o mundo e teria de fazer algo para me ocupar então não tinha outra escolha se não ler os livros...
Dou uma olhada no meu cronograma semanal que eles me deram e era como se eu estivesse mesmo numa escola interna, consulta com a psicóloga, aulas de yoga e meditação, aulas de arte, atividades extra curriculares, exercício físico, momento de contacto com a natureza, aulas de orientação para a vida, era como se estivesse num acampamento hippie.
Arrumo as minhas coisas e depois vou dar uma volta pelo jardim para tentar me habituar com o lugar, o espaço era enorme mas não conseguia achar um lugar para ficar sozinha e organizar as minhas ideias, por onde quer que fosse eu via os enfermeiros estranhos com bata branca, por um lado é algo bom, não sei se já estava pronta para organizar as confusões da minha mente...
Sentei na relva perto de um lago enquanto atirava pedras que encontrava no chão à água, li em um papel espalhado pelo centro que ajudava a controlar a ansiedade, eu nem sequer sabia que tinha me tornado numa pessoa ansiosa, horas depois uma enfermeira me avisa que estava na hora do jantar, sigo as suas direções, sento em um banco qualquer do refeitório e como o que eles me deram para comer, no final do jantar a mesma enfermeira me leva até o meu quarto, me dá uns comprimidos e se despede:
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O melhor amigo do meu pai 2. EM REVISÃO!!!
RomanceOBS.: eu aconselho antes de ler este livro, ler o primeiro livro para melhor compreensão da história! Sam constrói uma nova vida junto do amor da sua vida e sua filha, longe de tudo e de todos ela só quer aproveitar e acredita que agora as coisas vã...