Família

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― Obrigada Arthur...
  
— Por nada, eu só quero a sua felicidade....     — Ele me dá um abraço.     — Agora vá falar com ele!     ― Largo ele e saio de casa correndo indo a procura do James...
Vou até ao serviço dele e o vejo no estacionamento entrando no carro.

― James!      ― Grito, ele olha para mim sem entender nada.

― Eu já me decidi... e sei que posso me arrepender depois por tudo isso mas... eu amo você e quero ficar com você mas tem que me prometer uma coisa!

― O quê?      

― Que não vai deixar que nem a Natanny nem a Natália façam mal os nossos filhos e se intrometam na nossa família novamente porque se isso acontecer eu juro que desapareço da sua vida com a Jasmim e o Stev e você nunca mais verá eles.

― Pode ficar tranquila que eu vou cuidar de vocês, e dessa vez é para valer...     ― Ele diz me abraçando.    ― Agora volta pra casa Sam, por favor!       

― Primeiro eu tenho que ir buscar as minhas coisas à casa do Arthur.

― Arthur? Quem é esse?      

― É um grande e extraordinário amigo, ele me ajudou quando eu mais precisei... nos mais difíceis momentos da minha vida!

― Então tenho que me preocupar?        

― Se preocupe em não pisar na bola novamente porque o Arthur é muito gato e eu já estive afim dele!    ― Disse lhe puxando para irmos...

"Em casa do Arthur..."

― Chegamos!     ― Anuncio assim que o carro para.

― É esta a casa? Esta mansão? Esse tal de Arthur é um mafioso ou algo assim?

― É claro que não, é só um cara com visão e dedicação!       ― Digo entrando quando a Jasmim vem correndo com uma pistola de água e o Arthur atrás dela com outra pistola.

― Céus filha, você está toda molhada!   

― Chegaste mais cedo, eu pensei que a conversa fosse se extender para um jantar romântico ou algo parecido...     ― Diz o Arthur parando para respirar.

― Sim, eu... quero apresentar-te uma pessoa... Arthur, este é o James!     

― Então você é que é o famoso James?     ― Arthur faz um semblante sério, extremamente sexy dando a mão pro James.

― E você é o famoso Arthur...    ― Responde James também com um semblante sério o cumprimentando com um aperto de mãos.

― É ele o padrinho da Jasmim que eu tanto falo, James... Arthur foi e é como um pai para a nossa filha!    

― É este o misterioso padrinho? Porque não me disse a mais tempo?

― É uma longa história...    ― Respondo.

― Papai a brincadeira ainda não acabou não!    ― Jasmim grita apontando a pistola pro Arthur.

― Estou indo!     ― Respondeu ele animado.    ― Eu queria muito continuar esta apresentação mas tenho coisas mais importantes para fazer com a minha afilhada, com licença!    ― Disse indo atrás da Jasmim.

― Papai? Minha filha chamou ele de papai? E viu só o jeito como ele falou comigo? Como se atirar água por aí fosse mais importante do que conhecer o marido da mulher que ele tanto ajudou... não gostei dele!

― Ah James me poupe, você está fazendo caso!

― Como assim fazendo caso? Minha filha está chamando outro cara de papai, ela nem ligou a minha presença aqui!

― Quem mandou não estar presente na vida da sua filha então? É muito bem feito por quase nunca se importar com os seus filhos, por achar que simples e poucos momentos pagam os 3 primeiros anos que perdeu da sua filha....     ― E ele estava? Estava quando ela falou pela primeira vez? Estava quando ela andou pela primeira vez?

― Estava, ele estava sim e foi a ele quem ela chamou de papai pela primeira vez, quem deu ela de comer, quem a levou pra creche no primeiro dia, quem estava no primeiro aniversário.

― Eu não sabia que tinha uma filha Sam, quantas vezes terei de mencionar isso pra você entender?       

― Claro que não sabia, no seu mundo só sabe que tem a Natanny como filha!    ― Resmungo baixinho.

― Eu ouvi isso...      

— Ótimo então!     ― Digo indo arrumar as minhas coisas e da Jasmim.

"Minutos depois..."

― Mãe, você já está pronta?     ― Pergunto entrando no quarto da Emília.

― Filha eu não vou com você!     

― Como assim não vai? Porquê?

― Você já é adulta, não pode continuar vivendo com a sua mãe mesmo estando casada, você precisa do seu espaço... até porque esta casa é enorme e eu não posso deixar o Arthur sozinho aqui, neste momento ele precisa mais de mim...

― Mas quando ele for trabalhar? Você vai ficar sozinha também, mãe não me abandone por favor!

― Eu nunca irei abandonar você mas está na hora de você e o James terem a vossa privacidade, entende? Está na hora de aprender a lidar com os próprios problemas sozinha e tentar resolvê-los do seu jeito, não do jeito da sua mãe... mas isso não quer dizer que eu não estarei do seu lado para lhe instruir, eu só quero fazer de você uma mulher madura e sábia!

― Okay eu percebo... mas por favor não deixe de me nos visitar, não se esqueça da sua filhinha... eu irei passar aqui sempre que puder okay?

― Okay minha filha...    ― Te amo mãe!     ― Eu também te amo filha!     ― Lhe dou um abraço bem apertado e logo as lágrimas começaram a rolar...

— Hey, vai ficar tudo bem, você é mais forte do que imagina e eu sei que vai conseguir lidar com as situações que pode vir a estar sujeita daqui para frente, eu confio em você...

— Muito obrigada por tudo mãe!

— Não tem que me agradecer, agora vá ter com o seu marido, ele deve estar horas esperando você....    — Me dá um beijo na testa, limpa as minhas lágrimas e depois eu vou até o jardim a busca da Jasmim e me despedir do Arthur.

― Chegou a hora?      ― Arthur pergunta me .

― Parece que sim!      ― Digo triste.   

― Me promete uma coisa Sam... que vai nos visitar sempre que puder, que nunca vai se esquecer de mim nem da Emília... esta é a sua casa e você pode contar comigo para o que der e vier....     

― Mesmo que eu tentasse eu nunca iria conseguir me esqeucer de você, tu foste uma das melhores pessoas que eu já conheci em toda a minha vida... as vezes me faz lembrar do Stev.

— Tenho a certeza que ele lá no céu está pulando de alegria porque eu sou um cara bastante legal....    — Ele diz rindo e consegue arrancar um sorriso do meu rosto também.     ― Tchau Sam!    ― Diz numa voz baixa com uma lagrimazinha caindo.

― Tchau tutuzinho!    ― Disse lhe abraçando já chorando, ficamos minutos abraçados, eu não queria largar ele, memórias e mais memórias invadiam a minha mente sem permissão me fazendo reviver os momentos mais marcantes das minha vida, ouvia a voz da Jasmim gritando papai, mamãe com apenas 8 meses, a gente se divertindo as sextas de noite como uma família, as nossas idas ao parque nos domingos de manhã com a Jasmim enquanto bebê, tenho a certeza que essas memórias vão me acompanhar para sempre...

― Okay Sam, a gente tem de ir... vamos Jasmim?    — James anuncia nos interrompendo.

― Eu não quero voltar pra casa!      ― Jasmim grita irritada.

O melhor amigo do meu pai 2. EM REVISÃO!!!Onde histórias criam vida. Descubra agora