Capítulo 5

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O tempo estava contra nós.

Estávamos reunidos na casa dos Cullens novamente e enquanto uma fervorosa discussão acontecia sobre a melhor forma de agir – Os Cullens totalmente contra a ideia de me usar como isca e os Winchesters a favor, receosamente, já que eu mesma havia sugerido.

Não havia sinal de Laurent ou Victoria em Forks, o que nos levou a concluir que o trio estava reunido em Phoenix, para o meu desespero. James fora bem claro em dizer para eu ir sozinha, e Charlie já havia sido levado como retaliação ao fato de eu não fazer o que foi mandado.

Eu nem queria pensar no que aconteceria se eles percebessem que estávamos todos lá.

Liguei várias vezes para Renée, esperando qualquer sinal de vida, que fosse apenas um blefe de James, mas foi o próprio que acabou atendendo, reforçando sua ameaça. Eu pedi, mais de uma vez, para falar com eles, mas ele não permitiu. Repetiu a ameaça e disse que era melhor eu me apressar.

E por algum motivo, que ninguém se importou de me explicar, fomos todos de carro até Phoenix. Horas e horas do norte ao sul, e todos conversavam como se eu nem estivesse ali, como se eu...

Nem devesse estar lá.

Eu estava no carro dos Winchesters, Alice sentada no banco de trás ao meu lado. Ela conversava com eles sobre James, mas eu me sentia muito área para prestar atenção. Meu estômago estava pesado e eu me sentia enjoada pelo nervosismo.

Um péssimo pressentimento era tudo o que eu tinha. Eles achavam que não precisavam chegar na surdina, que, estando em maior número, tudo o que precisavam fazer era um cerco e atacar de uma vez, mas algo me dizia que James era mais esperto que aquilo.

Ele não queria um confronto, não necessariamente. Ele só queria brincar conosco. Queria brincar comigo, obviamente. Ele sabia que eu não apareceria sozinha no estúdio de ballet e eu não podia arriscar as vidas dos meus pais. Talvez ele estivesse contando com isso.

Porque eu me oferecer como isca e entrar no estúdio seria burrice demais.

O primeiro lugar onde eu pensaria em procurar seria a casa de Renée. Se ele me queria, que fosse, mas eu precisava manter meus pais a salvo, e naquele grupo, só havia duas pessoas que poderiam entender o meu desespero de humana.

Precisava ser discreta, precisava de uma forma de burlar as visões de Alice.

Quando chegamos em Phoenix, nos hospedamos todos no mesmo hotel, em andares diferentes, a pedido meu.

Para a surpresa dos Cullens, eu não quis ficar com eles. Queria ficar o mais distante possível de Edward, então pedi, sem jeito, para ficar no mesmo quarto dos Winchesters. Era a forma perfeita de colocar meu plano de fuga em ação.

– Por que não quis ficar com a sua amiguinha do cabelo espetado? – Dean perguntou confuso assim que fechou a porta.

– Preciso de um tempo – respondi automaticamente enquanto procurava por papel e caneta.

– O que você...?

Ergui o dedo, sinalizando para que ele ficasse em silêncio. Sobre a mesinha de centro do quarto, um bloco de notas e uma caneta. Me sentei no sofá e comecei a escrever.

James não vai para o estúdio, é muito óbvio. Talvez ele esteja na casa da minha mãe. Preciso que me levem até lá.

Dean franziu o cenho, parecendo indignado.

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