– Que horas são? – Bobby perguntou à Dean, bocejando.
– Meia noite e sete – ele respondeu olhando o relógio.
Estávamos dentro do carro do Bobby, encarando as portas do bar onde eu avistei uma série de demônios entrar. Estávamos cansados de esperar, mas nossos planos não eram exatamente os melhores.
Sam bateu na porta, nos assustando, empurrando o banco de Dean para a frente para se sentar no banco de trás ao meu lado.
– Descobriu alguma coisa? – Dean perguntou mal humorado pelo sono.
– Sim, olha, o nome desse João Ninguém é Walter Rosen, é de Oak Park, à oeste de Chicago e sumiu há quase uma semana.
– Na noite que o portão se abriu?
– É. E se ele só se tocar nas pessoas transforma elas em psicopatas ou algo do tipo?
– Os demônios que passaram pelo portão são capazes de fazer coisas que nunca vimos – Bobby atestou preocupado.
– Gente, olha lá – Dean chamou a nossa atenção.
– A coisa feia chegou – comentei.
– É isso, hora do show.
– Espere um pouco – disse Bobby.
– Por que?
– O que foi que eu disse? Nós não sabemos o que esperar desse cara. Vamos ficar de olho até sabermos.
– Ah, ele mata alguém e a gente fica aqui sentados, esperando?
– Não servimos de nada mortos – Bobby o encarou. – Não vamos fazer nada até saber qual é o lance.
– Olha, Bobby, eu acho que a gente não tem muita escolha – Sam chamou a nossa atenção, e eu praguejei internamente quando os vi.
– Por que?
– Seus amigos estão prestes a entrar – me referi a Isaac e Tamara.
E quando ele os viu entrar, logo ficou puto.
– Mas que droga! Odeio isso! Se estivéssemos nisso juntos, não teríamos esse problema todo!
– É, mas agora é tarde – tirei minha Glock do bolso, verificando o pente, e a deixando a postos em minha cintura. Verifiquei minha garrafa de água benta, que estava cheia e respirei fundo. – Vamos, meninos.
Saímos todos juntos, adrenalina agora bombeando e nos mantendo mais despertos que qualquer outro café que pudéssemos tomar. Tentamos abrir a porta e não conseguimos, o que nos levou a crer que estava trancada por dentro e precisava ser arrombada com muito mais força que tínhamos.
Bobby correu de volta para o carro e nos afastamos das portas para que ele pudesse arrombá-la dando a ré. Quando entramos, a desgraça já tinha acontecido. Isaac estava morto no chão, em uma poça do próprio sangue e eu não pensei duas vezes antes de puxar Tamara para dentro do carro, afogando aqueles horrorosos em água benta no caminho. Bobby e Sam foram rápidos e logo entraram no carro conosco, mas Dean não.
– O que tá fazendo?! – gritei para ele. – Dean!
Ouvimos um grande baque no porta-malas, que se fechou e ele entrou às pressas.
– Vai, vai, vai!
Bobby pisou fundo no acelerador para sairmos todos de lá, em direção à casa abandonada onde eles tinham se instalado. Tamara estava inconsolável enquanto nos contava o que um dos demônios fizera Isaac fazer, mas Dean prometeu que ela teria sua vingança, já que um deles estava no porta-malas do Bobby.
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Wayward
Fanfiction[primeira parte da trilogia Wayward] Após se mudar em seu último ano do colegial, Bella Swan faz novas amizades na fria cidadezinha de Forks e acaba se apaixonando por Edward Cullen, um rapaz que esconde muitos segredos. Com o aflorar do romance, Be...