Capítulo 20

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Eu não sabia o que deveria fazer quando cheguei à cidade. Alice havia mandado via mensagem de texto o endereço do estacionamento onde Dean havia deixado o Impala e me dito para estacionar ao lado e esperá-los. Suas últimas instruções foram bem específicas: não tentar entrar no banco, não tentar me aproximar. O lugar estaria cercado por policiais locais e pelo FBI e uma equipe da SWAT entraria lá para tentar capturar Dean.

Bobby também não havia me explicado muita coisa, apenas que eles ainda não tinham matado o metamorfo e que ainda podia ser qualquer um dos reféns dentro do banco. Enquanto eu esperava por um sinal, imaginava o que o FBI tinha contra Dean. O que sabiam sobre Sam, também? E eu? Eu estava sob investigação? Se estava, seria por conta do rapaz que tinha matado em Rivergrove?

É, eles não estavam brincando quando disseram que eu poderia ir em cana por ser uma caçadora, mas eu não imaginava que aquele risco altíssimo bateria à minha porta tão cedo. As coisas mal haviam se estabilizado entre nós... E agora aquilo.

Bem... Não era como se ninguém tivesse me avisado que aquilo aconteceria.

– Você quis, agora aguenta – bufei, reclamando comigo mesma. – Ninguém disse que seria fácil bancar a durona, boba.

Meu celular logo tocou, me assustando.

– Oi, Bobby – atendi. – Novidades?

– Ainda não. Ouça, quando saírem daí, evitem estradas principais. Não voltem pra cá ainda e fiquem longe de cidades grandes. Dean é um dos mais procurados pelo FBI no momento, então vocês precisam se esconder por um tempo. Motéis baratos e só pague em dinheiro e diga ao idiota pra não sair de jeito nenhum até a poeira baixar.

– Pode deixar – e então notei movimentação por perto. – Espera um minuto, Bobby, tem alguém vindo, mas...

– Mas o que?

– Estão com roupas da SWAT. Devo ir embora?

– Ah, não, devem ser os dois idiotas. Tomem cuidado, vocês três. Qualquer coisa, me ligue.

– Tá bem, se cuida você também.

– Sempre me cuido – e desligou.

Baixei o vidro da minha janela, que era um fumê bem escuro, e chamei a atenção deles com um psiu.

– Bella? – Dean me encarou surpreso. – Tá fazendo o que aqui? Que carro é esse?

– Shh! Entra logo aqui! – o censurei.

Ambos se apressaram para dar a volta e entrar. Dean se espremeu no banco de trás e Sam ficou no banco da frente. Morri de dó das pernas dele sendo comprimidas ali.

– Dean, vai pro lado – pediu, e logo empurrou o banco para trás.

– E aí, a senhorita quer explicar o que tá fazendo aqui? – Dean me encarou pelo retrovisor, tirando do rosto a balaclava que estava usando.

– Alice me ligou avisando que vocês se meteriam em encrenca – me virei para vê-lo. – Vim o mais rápido que pude. Que foi que aconteceu lá no banco? Por que você tá sendo procurado?

– Longa história – suspirou. – A gente pode falar disso depois?

– Tá, claro. Bobby disse pra não voltarmos pra casa ainda. Disse pra evitarmos as estradas principais e cidades grandes.

– É, imaginei que ele diria isso – Sam tombou a cabeça para trás. – A gente vai ter que ficar quieto por um tempo.

– Pra onde vamos agora?

WaywardOnde histórias criam vida. Descubra agora