Capítulo 49

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Morrendo de tédio, estávamos brincando de jokempô, já que não havia nada que pudéssemos fazer enquanto esperávamos a cavalaria chegar pra nos ferrar mais ainda com as acusações que tinham, fossem quais fossem.

Estávamos os três empatados em dois pontos para cada quando ouvimos uma porta se fechar. Eu me levantei na hora, meu estômago embrulhando com o cheiro forte de enxofre concentrado.

– Demônio – sussurrei, no que eles ficaram a postos, se levantando e se aproximando das grades comigo.

A coisa se aproximou de nós, fingindo cordialidade.

– Sam, Dean e Bella Winchester – pôs as mãos na cintura. – Sou o superintendente Steven Groves e é um grande prazer conhecê-los.

– É uma pena, mas eu não posso dizer o mesmo – disse Dean.

– Já faz tempo que eu estava esperando vocês três saírem da toca.

No mesmo instante, puxou uma arma, no que Sam segurou sua mão e a puxou para mais perto da grade, e Dean puxou a outra. Segurei o coisa ruim pela camisa para prensá-lo contra a grade e coloquei minha mão em sua testa, no que ele começou a berrar.

– Vade Retro, Satana!

Seu corpo começou a brilhar por dentro, o demônio se contorcendo um pouco antes de enfim morrer.

Logo nós tínhamos companhia, pois os outros policiais e agentes entraram na área das celas e apontaram as armas para a gente.

– Largue a arma! – Victor gritou para Sam. – De joelhos!

– Tá bom, tá bom, calma! – ele se agachou na defensiva. – Não atira, por favor! Toma! – jogou a arma para fora da cela. – A gente não atirou nele.

– Pode olhar o corpo, não tem sangue! – Dean continuou.

– A gente não matou ele, sério – olhei para Victor. – Pode ver o corpo dele.

O agente que acompanhava Henriksen se aproximou para verificar. De longe eu podia ver a palidez no corpo do cara.

– Ele provavelmente já tava morto há meses – disse Dean.

– O que fizeram com ele? – Victor perguntou.

– A gente não fez nada! – Sam nos defendeu. – Ele é que ia atirar na gente!

– O que aconteceu? – Henriksen insistiu.

– Você não vai acreditar – Dean disse irritado.

– Fale ou eu atiro!

– Ele tava possuído – Sam cedeu.

– Possuído? Tá bom – Victor riu de nervoso. – Preparem o helicóptero, vamos tirar eles daqui agora mesmo.

Seu parceiro chamou pelos outros pelo rádio, mas só ouvíamos estática. Olhei para Sam e Dean com frustração, sabendo que aquilo era sinal de que tínhamos companhia e a coisa ia ficar feia. Ouvimos alguma coisa explodir no lado de fora e eu tinha quase certeza de que era o tal helicóptero. Eles correram para ver o que estava acontecendo e nós ficamos ali de novo a ver navios.

– Essa vai ser uma longa noite – suspirei.

– Mas, sério, cadê o arcanjo quando a gente precisa dele? – Dean se irritou. – A gente aqui é alvo fácil pros demônios, cara!

– Ainda tem outro demônio da pesada à solta – Sam o lembrou. – Meu palpite é que eles estejam à procura dele.

Então a luz foi cortada.

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