A confusão estava armada. O sargento, bem como Duane, queriam matar Sam sem pensar duas vezes, mas Dean e eu estávamos protestando. A doutora, coitada, não sabia o que fazer, já que não tinha visto nada.
– Não podemos arriscar – disse o sargento.
– Você sabe o que temos que fazer – Duane insistiu.
– Ninguém aqui vai atirar no meu irmão!
– Ele não será seu irmão por muito tempo! Você mesmo disse!
– Ninguém aqui atira em ninguém!
– Você ia atirar em mim!
– Se não calar essa boca, eu ainda vou!
– Dean, eles têm razão – Sam chamou a nossa atenção. – Eu fui infectado. Passa essa arma pra cá que eu resolvo sozinho. Eu não vou virar um daqueles monstros.
– Nós ainda temos tempo!
– Tempo pra que? – o sargento o encarou. – Olha, eu entendo, é o seu irmão e eu sinto muito, mas eu vou ter que resolver isso – puxou uma pistola.
– Olha, eu só vou falar uma vez: se fizer um movimento, vai morrer antes de bater no chão. Entendeu? Será que eu estou sendo claro?!
– Então o que vamos fazer?!
Ah, outra pergunta valendo um milhão. Aquele dia estava no ápice do bizarro e desesperador e eu não sabia o que deveria falar ou fazer.
Dean tirou do bolso suas chaves e me entregou.
– Dar o fora daqui, só isso.
– O que? – o encarei descrente.
– Pega o meu carro. Vocês têm explosivos e tem um arsenal lá. Tem poder de fogo pra acabar com qualquer coisa.
– E você? – o sargento o encarou.
Dean não respondeu, mas eu sabia a resposta e logo Sam protestou.
– Dean, não, não. Tem que ir com eles, é a sua única chance.
– Não, você não vai se livrar de mim tão fácil.
– Não, ele tá certo, venha conosco – o sargento tentou encorajá-lo.
Dean apenas o encarou.
– Está bem, é o seu funeral – ele desistiu por fim.
Eu entreguei as chaves à ele, no que Dean me olhou feio.
– O que pensa que tá fazendo?
– Podem ir – olhei para os três.
– Bella, não, vai com eles! – Sam pediu.
– Não vou deixar vocês sozinhos.
– Bella, vai logo – Dean se virou pra mim.
– Não e você não pode me obrigar – o encarei de perto. – Eu não vou e ponto final.
– Sinto muito – disse a doutora, indo para a porta. – Obrigada por tudo, agentes.
– Na verdade, nós não somos agentes – Dean sorriu sem graça, a mão na porta.
– Ah... – ela parecia estar entorpecida demais para se assustar com aquilo, então apenas saiu, no que Dean trancou a porta em seguida.
Me aproximei de Sam, me escorando à parede. Ele parecia prestes a chorar, mas Dean apenas forcou um sorriso sem graça.
– Podia ter baralho ou um futebol de mesa, né?
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Wayward
Fanfiction[primeira parte da trilogia Wayward] Após se mudar em seu último ano do colegial, Bella Swan faz novas amizades na fria cidadezinha de Forks e acaba se apaixonando por Edward Cullen, um rapaz que esconde muitos segredos. Com o aflorar do romance, Be...