Capítulo 21

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De cabeça baixa, a testa sobre o ombro dele, eu tentava conter meus gemidos, em vão. Enquanto seu indicador me massageava por dentro, seu dedão se ocupava com meu clitóris em movimentos circulares, me deixando mais molhada, mais sedenta por ele.

Mas uma coisa que eu não havia percebido até então era o quão paciente Dean conseguia ser quando queria.

O que eu mais queria era que ele me jogasse na cama de uma vez e fizesse tudo aquilo que eu mais queria, mas não. Não, Dean tinha um sorrisinho cruel em seu rosto enquanto eu implorava por mais, incapaz de tentar devolver o favor, já que com a mão livre ele estava mantendo minhas duas mãos presas às minhas costas enquanto eu me contorcia em cima dele.

– Eu esperei muito tempo por isso – disse com a voz rouca e baixa, quase em um sussurro. – E quero aproveitar cada segundo. Você precisa ser paciente, Isabella.

– Mas, Dean...!

– Quietinha – seu dedo avançou um pouco mais dentro de mim, e eu arqueei as costas para trás, tentando a todo custo me soltar da mão que me segurava, me esfregando em seu colo em busca de consolo.

Verdade fosse dita, desde que havia me mudado para Forks, eu não tinha me tocado nenhuma vez sequer. Tinha medo de que Charlie entrasse de supetão e me pegasse no flagra, porque ao menos com Renée eu não precisava me preocupar, já que ela geralmente estava ocupada com outras coisas pra notar a minha falta quando eu estava com as mãos ocupadas. E também não tinha mais aquela liberdade depois que soube que Edward aparecia no meu quarto sem ser convidado.

Fazia meses que eu não me tocava e Dean não estava tornando as coisas mais fáceis, especialmente quando inseriu um segundo dedo. Eu queria terminar logo, pois me sentia no limite e estava desesperada para gozar, mas ele não deixou. Sempre que eu estava muito perto, ele parava de me tocar e sua mão se ocupava com um dos meus seios enquanto sua boca beijava e sorvia o outro, ou então encontrava o meu pescoço e o marcava com chupões.

Eu tinha certeza de que no dia seguinte eu teria um colar peculiar em meu pescoço, mas estava com tesão demais para me preocupar.

Queria que ele me soltasse, queria experimentá-lo, fazer as coisas que sempre tive vontade de fazer com alguém, mas Dean continuava firme, para o meu desespero.

– Você é tão teimosa – ele sorriu pra mim. – Teimosa, impaciente e desobediente.

– Eu quero agora, Dean, por favor – o fitei e implorei. – Por favor, me deixa gozar, eu não aguento mais.

– O que vou fazer com você... – ele riu. – Se me olha desse jeito e pede com tanto jeitinho?

– Você podia me foder – sugeri, quase chorando.

– Eu vou te foder, Bella – beijou meu maxilar. – Mas antes disso...

Seu dedão acelerou seus movimentos circulares sobre meu clitóris e eu senti meu corpo todo começar a convulsionar, se contraindo, se apertando contra ele. Minhas coxas o apertavam com todas as forças enquanto eu tentava me aliviar. Tombei a cabeça contra o pescoço dele, incapaz segurar meus gemidos, desesperada.

Então senti minha boceta alcançar o clímax, meu baixo-ventre se contraindo enquanto eu apertava minhas coxas ao redor dele, convulsionando várias vezes antes que meu orgasmo passasse. Só então, enquanto eu tentava recuperar meu fôlego, é que ele libertou minhas mãos, afagando a extensão de meus braços até chegar em minhas mãos e as entrelaçar às dele.

Agora ele iria me pagar por toda aquela tortura.

Me livrei da minha camiseta, ajudando-o a tirar a dele também e aproximei meu rosto para beijá-lo, lentamente saindo de seu colo e me ajoelhando sobre a cama enquanto minhas mãos se ocupavam em tentar tirar sua boxer. Ele riu enquanto me ajudava a tirá-la e foi quando finalmente pude sentir seu pau em minhas mãos. Estava enrijecido, molhado com o pré-gozo, e precisei das duas mãos para masturbá-lo. Comecei devagar, já que não tinha experiência, sem interromper nosso beijo.

Ele gemia contra a minha boca, e meu Deus, ouvi-lo gemer daquele jeito enquanto eu o tocava me deixava tão molhada...! Eu o queria tanto dentro de mim, e sequer sabia se ele caberia. Eu não sabia se ele havia percebido, mas eu precisava dizer a ele.

– Eu... – minha voz quase não saía quando interrompi nosso beijo. – Tenho que te contar uma coisa.

– Algo errado? – ele franziu o cenho.

– Não, é que... É que eu sou virgem, Dean – mordi o lábio.

– Oh – arqueou as sobrancelhas. – Isso explica muita coisa – sorriu de canto.

– Então... Você tem algum problema... Se eu for...?

– Não, claro que não – afagou minha nuca. – Só é mais um motivo pra irmos devagar. Espera aqui um minuto – ele me afastou, se levantando da cama.

Enquanto ele procurava por algo em sua mochila, eu me deitei na cama, mordendo o lábio ansiosa enquanto observava aquele traseiro lindo dele. Quando ele voltou, estava com uma cartela de camisinhas e um tubo de lubrificante.

– Sempre preparado, né? – eu ri sem jeito.

– Claro – me deu uma piscadinha. – Cê precisa de uma pausa ou algo assim?

– Não mesmo.

Ele me puxou para perto, erguendo minha perna sobre a cintura dele, parando por um momento, no que eu fiquei confusa. Arfei assustada ao sentir o lubrificante gelado em minha intimidade e ele deu aquele sorrisinho maroto novamente. Lentamente ele inseriu seu indicador e então o dedo médio, e só depois de algum tempo inseriu um terceiro, me preparando para ele.

– Como quer fazer? – ele me fitou enquanto retirava seus dedos.

Eu não tinha certeza, mas uma posição em que eu tivesse liberdade para me mover talvez fosse a melhor.

– Posso ficar por cima?

– Pode ficar onde quiser, linda.

Sorri sem jeito enquanto ele colocava a camisinha. Acabei fazendo com que ele se sentasse de novo e avancei sobre ele, me sentando em seu colo. Ele não se moveu, deixou que eu fizesse como queria, então me sentei mais confortavelmente, posicionando seu membro em minha entrada. Estava tão ofegante que quase estava tonta.

– Ei – ele me trouxe de volta à Terra. – Relaxa, linda. Você tá no controle. Se quiser parar, podemos parar.

Neguei com veemência. Não estava com medo, só estava ansiosa. Me apoiei em seus ombros enquanto ele se apoiava contra a cama e comecei a relaxar sobre ele, sendo gradualmente preenchida.

Eu estava completamente arrepiada, minha boceta se apertando contra o pau dele, se contraindo, nós dois gemendo. Dean beijou meu pescoço, me ajudando a relaxar mais até que eu o tivesse por inteiro dentro de mim. Nenhum de nós se moveu por algum tempo, já que eu precisava me ajustar à ele.

Perdi completamente a noção do tempo nos braços de Dean.

A tão temida dor não veio, apenas um desconforto, e ele foi mais gentil do que eu podia imaginar, sempre me acariciando, me beijando, sussurrando coisas em meu ouvido.

Eu não havia gozado de novo depois daquela primeira vez, ainda me ajustando às novas sensações que meu corpo estava experimentando, mas cavalguei Dean por tempo suficiente para que ele gozasse, gemendo contra o meu pescoço, apertando minha cintura enquanto chegava ao orgasmo.

Quando nos demos por satisfeitos, cansados de tanto namorar, o dia estava quase nascendo. Depois de um bom banho, nos deitamos para dormir. Dean me mantendo em seus braços, aninhada contra seu peito enquanto meu sono chegava e eu apagava.

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