Casal impossível - Wantasha CONCLUÍDA

Cap 4

Nossa, não foi nem um pouco ruim. Quer dizer, não quanto eu pensava. Nem perto do que eu pensava. Às vezes ela fazia alguns comentários idiotas, mas não parecia ter controle disso. Parecia que queria ser legal uma vez na vida.

— Acabamos? - Wanda pergunta depois de eu ditar a última frase e ela digitar o que tinha dito.

— Acho que sim.

— Você escreve muito bem.

Beleza, agora as coisas estavam realmente muito estranhas. Ela estava me elogiando? Ou melhor, eu estava feliz porque ela estava me elogiando? Porque ela estava me elogiando? O dia passou de "dia perfeito" pra "normal" e depois pra "QUE?".

— Obrigada. - Agora eu estava sorrindo?! Mano, o que tá acontecendo? - Mas o que deu em você?

— Como assim?

Você ainda pergunta, meu anjo?

— Cê tá diferente. Nem parece a mesma Wanda Maximoff que jogava as bolas na minha cara de propósito na aula de educação física. - Ela riu. - Ah, você voltou ao normal.

— Desculpa, é que era fofo ver você indignada. - Ela parecia ter dito isso acidentalmente. - Engraçado. Você com raiva é bem engraçado.

— Quando eu jogar a cesta de basquete na sua cabeça não vai ser tão engraçado.

Mas ela também riu do meu comentário.

Mas calma, eu não estava entendendo mais nada. Ela me achava fofa? Ela tinha rido com um comentário meu? O que estava acontecendo meu deus?

— Acho que eu esqueço de te irritar quando não estamos com uma plateia. - Ela demorou um pouco pra dizer isso, provavelmente pensando no porquê não tinha me provocado. Provavelmente estava tão confusa quanto eu. Ou era tudo uma armadilha e em qualquer momento a turma inteira iria entrar no quarto e rir da minha cara enquanto ela continuava com as provocações. Prefiro acreditar que ela também estava confusa.

— E a capa da história? - Pergunto tentando mudar de assunto e olhando pro notebook. - Você vai fazer?

— Posso fazer. É rapidinho, calma aí.

Enquanto ela desenhava, eu peguei o celular e mandei mensagem no grupo.

gays depressivos😍

como vcs tão?

gay feminista:
to bem, tá td bem aí?

tá td mt estranho
tp
ela não tá me provocando
na vdd
ela até me elogiou
disse q eu escrevo mt bem

gay velho:
MENTIRA
SÉRIO?

SIM TP ?????
oq ela fumou

gay aracnofobico:
nss q sorte amg
pietro tava chato pra krl
se ele chegar irritado e descontar em você, pode dá um socão
eu passo pano

gay feminista:
KANSMANSNAMSMAKSNAKAJAJAKA EU

"gay aracnofobico:
pietro tava chato pra krl"
eitw
oq houve?

— O que acha dessa capa? - Tirei os olhos do celular pra ver o desenho.

— Uau. - Falo realmente impressionada. - Você desenha muito bem.

— Valeu. - Ela estava sorrindo e com as bochechas vermelhas. Acho que eu estava sonhando. É, devia estar sonhando. - Pode ser essa?

— Pode.

Enquanto ela colava a capa no trabalho, eu tentava consolar Peter.

Pra me mostrar o resultado, Wanda se aproximou de mim e ergueu o notebook pra eu poder ver. Depois de eu dizer que estava bom, nos olhamos e percebemos a mínima distância que estávamos. Ela corou e se afastou rapidamente enquanto eu olhava pra frente e engolia em seco.

— Acho que preciso ir. - Falo pegando minha mochila.

— Calma aí. - Ela fala se levantando e segurando meu braço. Me virei pra ela e a olhei confusa. - Falta uma hora pra eu precisar me arrumar, não quer ficar?

Tá legal, agora eu tinha certeza de que estava sonhando.

— Acho que você deve estar me confundindo com alguma amiga. - Falo e ela me olha confusa. - Sou Natasha Romanoff, Wanda. A única lésbica da escola, não lembra?

— Sim.

— Então por que cê tá me tratando assim? - Já estava ficando impaciente, ou com medo. - Pra me iludir e voltar a me humilhar na escola? Porque eu nunca vou acreditar que você possa se tornar minha amiga um dia, então nem perca seu tempo.

— Nat, não é isso. - Agora ela tava me chamando pelo apelido?

— Então é o que?

Ela não disse nada, apenas se aproximou, segurou minhas bochechas e me beijou.