Acordei no outro dia. Quando abri os olhos e percebi como estávamos e que dia era, eu tive que me segurar pra não entrar em pânico.
— Wanda. - Falo tirando a mão de cima dela e encostando em seu cabelo pra ela acordar.
— Hm? - Ela ainda estava dormindo.
— Amor.
— Oi? - Ela acorda e olha pra mim. - Que foi?
— Já é segunda.
Ela olha desesperada pra mim e se levanta rapidamente.
— Que horas são? - Ela pergunta vendo que ainda estava de madrugada.
— Três da manhã. - Falo olhando pro relógio e bocejando. - Não está pensando em voltar pra casa agora, está?
— É perigoso, mas preciso ir.
— Vou com você. - Falo também me levantando. - É muito perigoso.
— Não! Pode ficar, vou me meter em problemas se meus pais me virem com você.
— Vai se meter em problemas de qualquer jeito. Me deixe ir com você.
— Cê vai ter que voltar sozinha.
— Não é tão longe.
— É perigoso, Nat.
— Mas não vou conseguir dormir se você for sozinha. Por favor.
— Posso ficar aqui.
Quê?
— O que acha? - Pergunta vendo que eu não perguntei nada mas também não conformei se ela podia. - Posso ficar aqui com você? Amanhã eu falo pros meus pais que fiquei na sua casa mas não conto nada pro Pietro.
— Ãhn... Como você vai pra escola?
— Posso sair da sua casa pelos fundos. Ninguém vai me ver.
— Tudo bem. - Falo me sentando novamente na cama. - Mas meus pais vão ficar irritados se me encontrarem com você sem eu ter falado com eles.
— Eles não sabem sobre eu e você? Não as coisas boas.
— Não. - Falo frustrada e olhando pro chão. Eu não queria que ela voltasse com esse assunto. - Esquece isso.
— Eu ainda não tenho certeza se você realmente me perdoou.
— Não te beijaria e nem te deixaria deitar na minha cama se eu não tivesse te perdoado. - Falo olhando pra ela.
— Nat...
— Qual parte você não entendeu de que eu esqueci tudo o que você fez? - Não era bem verdade, mas eu nunca iria esquecer se ela ficasse relembrando o tempo todo.
— Até o oitavo ano?
— Até o oitavo ano. - Ouvi minha voz falhando, e acho que ela escutou.
— Não parece. - Ela fala sentando do meu lado.
— Nunca vou esquecer se você sempre me lembrar. Eu nunca penso nisso quando estou com você.
— Eu só quero pedir desculpas.
— Eu já disse que não precisa.
— Mas...
— Esquece porra! - Merda, eu odeio aumentar meu tom de voz quando estou irritada. Isso sempre deixa as pessoas assustadas, o que não foi diferente com ela. - Desculpa. - Suspiro fechando os olhos e olho novamente pra ela. - Só esquece. Isso vai me ajudar a esquecer e superar, tá legal?
— Tá legal. - Fala claramente magoada com o jeito que eu quase gritei. - Desculpa, Nat.
— Tá tudo bem. - Falo demonstrando estar arrependida enquanto ela desviava o olhar. - Não devia ter gritado, desculpa.
— Tudo bem, amor. - Ela fala sorrindo tristemente e segurando minha mão, ainda sem olhar pra mim.
Olhei pra mão dela por cima da minha e sorri.
— Eu te amo. - Falo ainda olhando pra sua mão. Mesmo não olhando pra ela, podia sentir que ela tinha olhado pra mim naquele momento. - Meu amor por você é o suficiente pra me fazer perdoar tudo o que você fez. Eu prometo. - Eu olhei pra ela e corei ao ver que ela estava sorrindo apaixonada.
Antes de alguém dizer mais alguma coisa, nós nos beijamos. Ela colocou a mão na minha nuca e, com a que estava segurando a minha mão, tocou minha bochecha.
Eu coloquei minhas duas mãos em sua cintura e ficamos daquele jeito até ela parar pra bocejar.
— Acho que precisamos voltar a dormir. - Falo achando fofo.
— Tem razão. - Disse ela olhando com cara de sono pra mim.
Nos deitamos como na noite passada, exatamente do mesmo jeito.
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Casal impossível - Wantasha CONCLUÍDA
Fiksi PenggemarEU JURO QUE VALE A PENA LER ATÉ O FINAL. Muita sofrência, raiva e vergonha alheia, mas O FINAL É BOM. (atualização de 2023, 2 anos depois) Wanda Maximoff é conhecida como a garota mais homofóbica da escola de Ligonier. Já Natasha Romanoff, é famosa...