Cap 15

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Acordei no outro dia. Quando abri os olhos e percebi como estávamos e que dia era, eu tive que me segurar pra não entrar em pânico.

— Wanda. - Falo tirando a mão de cima dela e encostando em seu cabelo pra ela acordar.

— Hm? - Ela ainda estava dormindo.

— Amor.

— Oi? - Ela acorda e olha pra mim. - Que foi?

— Já é segunda.

Ela olha desesperada pra mim e se levanta rapidamente.

— Que horas são? - Ela pergunta vendo que ainda estava de madrugada.

— Três da manhã. - Falo olhando pro relógio e bocejando. - Não está pensando em voltar pra casa agora, está?

— É perigoso, mas preciso ir.

— Vou com você. - Falo também me levantando. - É muito perigoso.

— Não! Pode ficar, vou me meter em problemas se meus pais me virem com você.

— Vai se meter em problemas de qualquer jeito. Me deixe ir com você.

— Cê vai ter que voltar sozinha.

— Não é tão longe.

— É perigoso, Nat.

— Mas não vou conseguir dormir se você for sozinha. Por favor.

— Posso ficar aqui.

Quê?

— O que acha? - Pergunta vendo que eu não perguntei nada mas também não conformei se ela podia. - Posso ficar aqui com você? Amanhã eu falo pros meus pais que fiquei na sua casa mas não conto nada pro Pietro.

— Ãhn... Como você vai pra escola?

— Posso sair da sua casa pelos fundos. Ninguém vai me ver.

— Tudo bem. - Falo me sentando novamente na cama. - Mas meus pais vão ficar irritados se me encontrarem com você sem eu ter falado com eles.

— Eles não sabem sobre eu e você? Não as coisas boas.

— Não. - Falo frustrada e olhando pro chão. Eu não queria que ela voltasse com esse assunto. - Esquece isso.

— Eu ainda não tenho certeza se você realmente me perdoou.

— Não te beijaria e nem te deixaria deitar na minha cama se eu não tivesse te perdoado. - Falo olhando pra ela.

— Nat...

— Qual parte você não entendeu de que eu esqueci tudo o que você fez? - Não era bem verdade, mas eu nunca iria esquecer se ela ficasse relembrando o tempo todo.

— Até o oitavo ano?

— Até o oitavo ano. - Ouvi minha voz falhando, e acho que ela escutou.

— Não parece. - Ela fala sentando do meu lado.

— Nunca vou esquecer se você sempre me lembrar. Eu nunca penso nisso quando estou com você.

— Eu só quero pedir desculpas.

— Eu já disse que não precisa.

— Mas...

— Esquece porra! - Merda, eu odeio aumentar meu tom de voz quando estou irritada. Isso sempre deixa as pessoas assustadas, o que não foi diferente com ela. - Desculpa. - Suspiro fechando os olhos e olho novamente pra ela. - Só esquece. Isso vai me ajudar a esquecer e superar, tá legal?

— Tá legal. - Fala claramente magoada com o jeito que eu quase gritei. - Desculpa, Nat.

— Tá tudo bem. - Falo demonstrando estar arrependida enquanto ela desviava o olhar. - Não devia ter gritado, desculpa.

— Tudo bem, amor. - Ela fala sorrindo tristemente e segurando minha mão, ainda sem olhar pra mim.

Olhei pra mão dela por cima da minha e sorri.

— Eu te amo. - Falo ainda olhando pra sua mão. Mesmo não olhando pra ela, podia sentir que ela tinha olhado pra mim naquele momento. - Meu amor por você é o suficiente pra me fazer perdoar tudo o que você fez. Eu prometo. - Eu olhei pra ela e corei ao ver que ela estava sorrindo apaixonada.

Antes de alguém dizer mais alguma coisa, nós nos beijamos. Ela colocou a mão na minha nuca e, com a que estava segurando a minha mão, tocou minha bochecha.

Eu coloquei minhas duas mãos em sua cintura  e ficamos daquele jeito até ela parar pra bocejar.

— Acho que precisamos voltar a dormir. - Falo achando fofo.

— Tem razão. - Disse ela olhando com cara de sono pra mim.

Nos deitamos como na noite passada, exatamente do mesmo jeito.

Casal impossível - Wantasha CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora