CAPÍTULO 01

281 18 23
                                    

ARTHUR MILLER

Tudo começou quando meu amigo me ligou dizendo que Linda se acidentou. Ela é sua secretária e ele viu todo o acidente. Percebendo seu desespero me ofereci para fazer companhia a ele nesse momento difícil. Meu amigo tem seus problemas por ter tido um passado traumático e de jeito nenhum eu poderia o abandonar.
Já no hospital senti a necessidade de cafeína, então saí para buscar um café para Antony e eu.

Quando volto com nossos cafés o encontro abraçadinho com uma linda ruiva, mas não era de uma beleza qualquer, aquela mulher tiraria o fôlego de qualquer homem.

Cumprimento ela que apenas me abre um sorriso amarelo. Sei que depois desse momento nem liguei muito para o que acontecia à minha volta, não me importava mais o motivo de estar ali. Só queria saber mais a respeito daquela linda mulher.

Eu estava hipnotizado por ela.

Seus longos cabelos vermelhos davam destaque a sua pele branca e aparentemente macia, suas orelhas possuíam vários brincos a deixando mais sexy. Ela usava um vestidinho preto bem justo, com um pequeno decote que mostrava o início de uma tatuagem entre os seus seios: aparentemente uma rosa que sumia em seu decote.
Não me aguentei e perguntei:

―Doeu?

— O quê?  — Ela respondeu tentando controlar as lágrimas que insistiam em rolar.

Fui um idiota? Fui. Ela estava ali preocupada com a amiga e eu com minhas perguntas bestas, mas eu precisava saber sobre aquela linda ruiva e achei a tatuagem o pretexto perfeito para puxar assunto.

— A tatuagem.  — Aponto para a mesma entre seus seios. Ela me encara passando a mão em seu rosto para secar as lágrimas.
Confesso que ver aquela tatuagem, naquele lugar. Me deixou bastante excitado, com vontade de descobrir onde ela terminava. Sabia que aquele não era o momento ideal para isso, mas mesmo assim minha mente pervertida me levou a pensar se ela teria outras em lugares mais reservados.

— Ah! Isso?! — Ela passa o dedo suavemente. — Essa não doeu muito, mas essa aqui... — Ela ergue um pouquinho seu vestido e mostra uma pequena parte de um apanhador de sonhos que estava na lateral de sua coxa direita. — Doeu pra caralho! Também tenho mais outra em um local que não posso te mostrar, pelo menos não agora.  — Ela diz e sorri com cara de safada. Nem parece que há cinco minutos estava chorando desesperadamente.

— Mas um dia você vai me mostrar?  — Pergunto não me aguentando de curiosidade.
Ela se aproxima, posso sentir o cheiro do seu perfume adocicado. Então ela sussurra em meu ouvido com uma voz tão sensual que fiquei duro só de ouvir.

— Quem sabe um dia eu te mostro.

Ela soltou aquelas palavras se levantou do banco onde estava e saiu. Naquele momento percebi que estava fodido, perdidamente fodido! Não sou de correr atrás de nenhuma mulher, até porque elas sempre caem em cima de mim sem nenhum esforço. Traduzindo: eu era o delicinha delas!

Desde o início eu sabia que a Thaís seria um problema. Só de olhar para aquela mulher eu via que o perigo morava ali, um perigo gostoso confesso, o qual estava disposto a provar, nem que fosse só por uma noite.

Tentei de tudo para conseguir seu contato, mas ela se fez de difícil só para me deixar mais maluco. Não entendia toda essa sua rejeição. Sou um cara perfeito, minha barriga é do jeitinho que as garotas gostam: cheia de gominhos, não sou baixinho e muito menos feio. Só queria saber o porquê de essa garota não está louca correndo atrás de mim.
Estava sentado na cadeira do meu escritório segurando a ficha completa de Thaís, sim, eu fiz isso. Mandei investigar cada detalhe daquela garota.

*Thais Tavares Campbell
Filha de Jairo Campbell e Lilian Tavares Campbell, 26 anos, solteira, nascida em Goiânia-GO no dia 15/06/1995. Morou lá até os cinco anos e mudou para o interior onde viveu até os 21 anos, depois se mudou para o Rio de Janeiro-RJ. Trabalha como gerente do hotel Blue e está cursando o último período de Recursos Humanos na UFRJ...

ArthurOnde histórias criam vida. Descubra agora