Chegando à boate percebo que a mesma está lotada e não é para menos, afinal hoje é sexta-feira. Aproximo-me da entrada e vejo uma enorme fila.
Não encaro essa fila nem morto.
Pego o celular e ligo para o Gabriel. Ele é um dos sócios desta boate e um grande amigo meu. No terceiro toque ele atende.
— Arthur, meu amigo. Como você está? — Diz com uma voz alegre.
— Estou bem. Como andam as coisas? — Pergunto.
— Estão maravilhosas, como sempre. — Ele fala e ri.
— Isso é ótimo. Estou em frente a sua boate, poderia liberar a entrada para mim? — Digo um pouco alto porque fazia muito barulho.
— Claro que sim. Já vou aí. — Ele diz e desliga.
Coloco o celular no bolso das minhas calças e aguardo o Gabriel. Olho para todas aquelas pessoas amontoadas na entrada da boate e já sinto uma certa fadiga de entrar lá, até porque hoje meu ânimo não está para festa. Acabo suspirando com a decepção de estar ali.
O que essa garota fez comigo?
Droga! Por que sinto a necessidade de ter ela próximo de mim? Quero tocar em sua pele macia, sentir o cheiro suave de seus cabelos, ouvir seus gemidos enquanto faço ela gozar.
Ai, Arthur... você ficou com a mulher uma única vez e parece um babaca apaixonado!
— Merda, merda, merda! Por que estou atrás dessa mulher? — Sussurro enquanto passo as mãos em meus cabelos.
— Arthur? — Ouço uma voz ao longe me chamar.
Me viro e deparo com Gabriel próximo à entrada da boate acenando para mim. Vou em sua direção e o cumprimentei com um aperto de mão e um tapinha em seu ombro.
— Cara, você veio do trabalho direto para cá? — Diz me analisando de cima a baixo.
Acabo olhando para roupa que estou vestido e percebo que nem a troquei. Minha camisa está com os primeiros botões abertos, minha gravata está torta e provavelmente meus cabelos devem estar uma bagunça já que passei a mão neles várias vezes hoje, esse é um hábito terrível que adquiri quando estou nervoso ou estressado. Retiro a gravata, a enrolei e coloquei no meu bolso.
— Na verdade, vim buscar uma amiga. Nem me preocupei em trocar de roupa. — Digo.
— Ela deve ser muito especial porque sinceramente nunca vi você sair nesse estado. — Ele diz sorrindo.
— Qual estado? Por acaso estou fedendo? — Já estava me irritando com o caminho dessa conversa.
— Calma, já não está mais aqui quem falou. — Ele diz levantando as mãos em rendimento. — Você está muito nervoso, o que houve?
— Nada, só estou cansado. — Suspiro.
Entramos na boate conversando sobre coisas banais, mas logo ele sai para resolver algumas coisas em seu escritório. Olho por todos os lados procurando a Thaís, mas o local está tão cheio que é impossível encontrá-la. Decido ligar para ela. Aguardo ansiosamente até que ouço sua voz.
— Arthur?
— Onde você está?
— Já disse que estou no Fest Club.
— Eu sei. Quero saber próximo de onde aqui?
— Você está aqui?
— Eee... sim!
— Merda! Não era para você vir...
— Ah, não? Você disse que precisava de ajuda para ir embora, lembra?
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Arthur
RomanceO amor nunca entrou em seu coração... Até ela aparecer! O único sentido da sua vida era festas, farra e uma boa noite de sexo. Mas um dia ela apareceu... Com seus cabelos ruivos, olhos negros e sua pequena estatura. Essa foi a perdição de Arthur...