Capítulo Seis

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Han Yoo Joon não sabia o motivo de sempre estar tão impaciente quando se aproximava de Park Ha Rin. Ele se recordava da amizade que costumavam ter no passado, era acolhedora e suave, assim como o tempo durante aquela tarde em Seul.

"Eu quero você de volta Han Yoo Joon."

O que você dizer com isso?— engoliu em seco.

As mãos de Yoo Joon suavam. Ele odiava todo o nervosismo que percorria pelo seu corpo durante uma simples conversa. Até mesmo uma simples refeição com Park Ha Rin parecia mais emocionante do que deveria ser.

— Não estou tentando te deixar desconfortável — Park Ha Rin se justificou. — Sei que te magoei no passado. Eu só queria que pelo menos pudéssemos cumprimentar um ao outro.

— Pedir desculpas é sempre tão fácil assim?— rebateu.

— Você é sempre assim tão inflexível?— ironizou. — Estou tentando resolver as coisas entre nós, então, por que não considera nem por um instante?

— Não estou sendo inflexível, estou sendo racional — suspirou. — Por que voltou para Londres sem nem ao menos me avisar naquela época?

Park Ha Rin engoliu em seco. Era terrível sentir que seus motivos pareciam tão fúteis em comparação aos de Han Yoo Joon, sem mencionar a possibilidade de piorar ainda mais a situação.

— Acho que deveríamos comer então — disse mudando de assunto.

Han Yoo Joon assentiu despontado e comeu um pouco de samgyetang. Park Ha Rin não sentia mais fome, mas não queria parecer ainda mais hipócrita na frente dele.

O toque do telefone de Park Ha Rin colocou fim ao constrangimento, mas infelizmente por um motivo que ela se sentia ainda mais desconfortável em ter que conviver. Uma chamada de Londres, provavelmente qualquer pessoa ficaria feliz em receber uma ligação da mãe que não vê faz um tempo, mas para Ha Rin era algo tão estressante que mal conseguia lidar.

— Eu preciso atender essa ligação, desculpa — disse se levantando e caminhando em direção a entrada do restaurante.

Park Ha Rin respirou fundo e atendeu a ligação. Normalmente esses chamados sempre eram acompanhados de frustrações que a desapontavam cada vez mais.

— Oi mãe.

Achei que você não iria atender o telefone. Como você está?

— Estou bem. Será que podemos conversar mais tarde? É que estou um pouco ocupada agora.

— Sem problemas mas a propósito, você poderia passar um recado para o seu pai?

Chegava a ser cômico o quão irônico era aquela e, Park Ha Rin nem precisava calcular o quanto iria demorar para que sua mãe começasse a pedir favores, afinal, era assim de ambas as parte. Parecia que só se importavam quando era conveniente.

— Poderia dizer para ele que não vou poder comparecer na reunião? Vou ficar mais tempo em Nova York do que eu imaginei.

— Tudo bem. Se cuida, não pule refeições.

— Eu que deveria estar dizendo isso para você. Acho que fui um pouco indelicada, mas não esquece de dizer isso para ele. Ultimamente ele está me irritando ao extremo.

— Eu aviso. Se divirta nos Estados Unidos, não precisa se preocupar comigo, eu estou bem.

— Obrigada, te ligo depois.

Park Ha Rin encerrou à ligação e guardou o celular no bolso. Ela conseguiu avistar Han Yoo Joon no mesmo lugar, algo que a surpreendeu principalmente porque achou que no momento em que o deixasse sozinho ele iria voltar para casa. Situação essa que no meio de uma ligação com um fundo inconveniente acabou sendo um grande alívio.

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