Capítulo 14

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Pov Joalin

Sabina me mataria se visse o que Samuel estava fazendo.

Tive a brilhante ideia de trazer Samuel para ver motocross, nesse momento o menino subiu em um monte de areia, sentou em uma prancha, Noah empurrou ele, a criança saiu descendo o monte de areia sentado em uma plataforma de madeira. No meio do caminho caiu da prancha e saiu bolando até embaixo.

— Eu realmente vou morrer se ela ficar sabendo disso...

Pensei alto.

Noah correu e pegou ele, Samuel estava coberto de areia e rindo. Noah veio com ele a meu encontro, a risada dos dois era alta.

— Noah a mãe dele vai me matar se ficar sabendo disso!

— Ele só tá brincando. Isso se chama adquirir imunidade.

Noah botou o menino no chão, os dois saíram correndo atrás de uma pobre galinha que ia passando.

Samuel estava pingando de suor e fedendo a sol.

— Quero fazer xixi... – Disse ele segurando as partes íntimas por cima do short.

— Você não sabe fazer isso sozinho?

— A mamãe ou a Any me ajuda com isso...

Levei ele para um cantinho, baixei um pouco o short dele e a cueca.

— Cuidado para não fazer xixi no short.

Samuel baixou mais um pouco o short enquanto urinava, eu vi uma marquinha perto da virilha dele idêntica a que eu tenho.

— Pronto, agora ajeita aqui.

Puxei o elástico do short e arrumei.

— Agora lavar as mãozinhas.

Ele colocou as mãos em formato de concha, eu derramei um pouquinho da água nas mãos deles lavei também um pouco o rosto que estava vermelho de tanto que ele correu e brincou.

— Joalin estou ficando com fome.

— Sua mãe está a nossa espera. Vamos?

Ele confirmou com a cabeça.

— Vamos nos despedir do tio Noah.

Os dois fizeram um cumprimento de mãos, Samuel deu tchau para ele e nós entramos no carro de Sabina.

Eu aceitei trabalhar para ela, agora eu fico bastante tempo na companhia de Samuel, e vou buscar Sabina quando ela solicita.

Parei o carro em frente a empresa, mandei mensagem para ela avisando que eu já estava esperando.

Não demorou a morena chegar, ela abriu a porta da frente e se deparou com um Samuel cheio de terra sentado no banco.

— Filho o que aconteceu com você?

Sabina tirou o cinto dele e o pegou nos braços, entrou no carro e deixou Samuel no colo dela.

— Mamãe foi tão legal!

Sabina fechou a porta, eu coloquei o carro em movimento.

— Filho você estava bolando na terra?

— Eu desci uma montanha.

Arregalei meus olhos, não ousei olhar para Sabina. O silêncio dela era a  confirmação que ela esperava uma resposta minha.

— Joalin? – Disse ela.

Eu engoli em seco.

— Am... Talvez ele tenha subido em uma prancha e descido uma montanha de areia e no meio do caminho, caiu da prancha e saiu bolando até o final?

— Meu Deus...

— Foi muito irado mamãe!

— Filho a quem você puxou a pra ser tão radical?

— A Joalin. – Samuel falou inocente enquanto brincava com um botão da camisa da mãe.

Olhei para Sabina, ela parecia nervosa.

Sabina ligou o som do carro e não falou nada sobre o que Samuel acabou de dizer.

Ela tirou o boné da cabeça dele e alisou os cabelos molhados pelo suor. Sabina olhava para Samuel com todo amor e carinho, é tão linda a relação dos dois.

Chegamos na casa dela, Samuel logo saiu correndo para casa.

— Se você quiser pode ir para casa, não vou mais sair hoje. Pode ir no meu carro.

— Meu pai vai passar para me pegar. Vou ver o jogo do Corinthians com ele no estádio, está afim?

— Sou palmeiras.

— Credo Sabina, que mal gosto!

Ela apenas riu.

— Estou brincando sua boba, eu também sou corintiana. E não quero estragar seu passeio com seu pai.

— Você não vai estragar. Vai ser legal, vamos por favor?

— Eu te falo por mensagem.

Vi o carro do meu pai se aproximando.

— Vou indo, meu pai chegou. Espero resposta positiva.

Entreguei a chave do carro para ela e desci.

Entrei no carro do meu pai, ele deu uma buzinada para Sabina e saiu com o carro dos muros daquela casa.

— É uma casa bem bonita querida. – Disse ele.

— Te falei que ela tem muito dinheiro.

— E o menino? Você fala tanto dele que tenho tanta vontade de conhecê-lo.

— Eu chamei ela para ir ao estádio com a gente. Espero que ela aceite.

— Aquela mulher finíssima em um estádio de futebol? Está brincando querida?

Eu e meu pai rimos juntos. Isso vai ser realmente cômico.

Espero que ela aceite, parece que quanto mais tempo eu passo com aqueles dois, mais eu quero ficar com eles. Principalmente com aquele menino, ele me passa uma energia boa, me transforma em alguém melhor. Nos últimos dias eu ao menos tenho pensado em beber.

Pela manhã quando vim ficar com Samuel, eu vi a Any, ela conversou comigo, pediu que eu não contasse a Sabina sobre ela e Josh, mas eu acho que Sabina ja até sabe sobre isso.

Dei uma bronca em Any, pois uma coisa foi saber da fofoca sem conhecer a família envolvida e outra foi saber da fofoca estando parcialmente no meio dela.

Any é uma maluca.

Ao chegar em casa, já recebi uma mensagem no meu celular de Sabina, ela confirmou que iria comigo e meu pai.

Eu soltei um gritinho de comemoração. Esse vai ser um bom jogo, e eu nem confio muito na vitória do Corinthians, é contra o Flamengo.

Vamos perder, mas pelo menos eu vou ganhar.

(.) (.)

Sob O Domínio do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora