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𝐀𝐂𝐀𝐁𝐎 de passar a camada fina de gloss em meus lábios rosados, sabia que hoje o movimento seria mínimo, já que era segunda-fear. Então, separei para usar uma das minhas lingeries mais simples, estava apenas com uma calça jeans e a parte de cima dela.
O vestiário estava vazio, Jennifer era a única comigo, sabia que Love estava em algum lugar dentro do bar e Ginny provavelmente chegaria mais tarde.
— Anabelle — escutei meu nome reverberar pelo corredor.
— Sim? — me virei em direção a voz feminina.
— Tem um cara perguntando por você — se tratava de Love, apoiando na batente da porta, ela disse.
— Pode dizer que estou acabando de me arrumar? — pergunto.
— Ele diz que é urgente — ela fala — Está todo engravatado, talvez seja algo importante.
Penso um pouco antes de sair do vestiário, apenas de jeans e sutiã mesmo, afinal sabia que o clube estaria vazio. Analisei o salão escuro, vi apenas uma banqueta do bar ocupada por um cara que parecia bem bêbado. Vejo uma figura masculina sentada em uma das poltronas de couro, reconheci o homem assim que ele se virou para mim.
— Você — cruzo os braços, andando até ele.
— Oi — ele abre um sorriso de escárnio.
Sinto seus olhos profundos me analisarem devagar, descendo por meu corpo e focando em meus peitos que estavam cobertos apenas pelo sutiã de renda transparente. Eu era olhada assim por homens todas as noites, mas seu olhar fazia minha pele queimar, espalhando uma sensação eletrizante por todo meu corpo.
Ele me excita e isso me irrita pra caralho.
— O que diabos você quer? — me apoio no braço de sua cadeira, apertando meus peitos juntos quando o faço.
— Uma dança — ele sobe o olhar para mim.
— Achei que não era fã disso — provoco.
— Você já se esfregou em mim de graça — sua voz grave faz minhas pernas tremerem — Quero ver você fazer seu melhor — ele não quebra contato visual nem por um segundo.
— Isso vai te custar dinheiro, Olhos Azuis — tento manter a postura que geralmente tenho.
— O que desejar, Anabelle — ele lambe os lábios lentamente.
— Preciso ficar pronta — gesticulo para meu corpo semi-nu — Aperte o botão do elevador no último andar e me espere na cabine número um — aponto para as portas douradas no canto do salão.
— Não se atrase — seu tom é autoritário.
— Que tal não ser tão exigente? — sussurro em seu pescoço — Compre um uísque e aguarde — instruo.
