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𝐄𝐒𝐓𝐎𝐔 envolvida no cobertor do avião, Cole está sentado em sua cadeira ao meu lado, separado de mim por uma divisória um tanto irritante. Eu estava abraçada com sua mão enquanto ele digitava algo em seu computador, abro meus olhos sonolentos e me aninho mais ao travesseiro confortável da primeira classe.
— Já estamos quase pousando — seus dedos apertam ao redor dos meus.
Bocejo e me mexo, olhando pela janela e vendo o céu azul da tarde. Retoco minha maquiagem e arrumo meu cabelo, Cole havia dito que íamos sair do aeroporto e ir jantar direto então eu viajei com um vestido verde musgo curto que tinha apenas uma manga. Aproveito para colocar o grande brinco brilhante para completar o look, assim como meus Louboutins nude.
— Não posso acreditar que estamos em Paris! — exclamo, animada.
— Você vai amar tudo aqui — ele olha para mim e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, sorrio para ele.
Quando finalmente pousamos e saímos do avião, um homem falou um monte de coisas para o Cole em francês e eu observei enquanto ele pegava nossas bagagens de mão e entregava a chave de um carro. Cole colocou sua mão nas minhas costas, me guiando pelo aeroporto, assim que saímos vejo uma Mclaren prateada nos esperando.
— Puta merda — murmuro.
— Ela é linda, não é? — ele sussurra antes de abrir a porta para mim e eu entro no carro baixo.
Os bancos de couro preto abraçam meu corpo e eu sinto que estou sentando em nuvens de verdade.
— Senti sua falta — ele está falando com o carro.
— É sua? — pergunto.
— É — ele balança os ombros.
— Você tem um carro em Paris?
— Sim. Fica no meu apartamento aqui — ele explica.
— Não sabia que você tinha um apartamento aqui.
Assim que começamos a ver a cidade eu tiro algumas fotos enquanto admiro tudo ao meu redor, abrindo a boca com a beleza das construções, olhava para janela ao meu lado até que Cole me cutuca e eu viro para frente, encontrando a Torre Eiffel na minha frente.
— Wow — suspiro.
Tiro algumas fotos e ele começa a virar as ruas, considerando que não estávamos usando GPS, Cole conhecia bem a cidade. Paramos na frente de um restaurante realmente maravilhoso, a fachada era preta e como já havia anoitecido, ele estava completamente iluminado.
— Lindo — um sorriso dançou em meus lábios.
Cole abriu a porta para mim e agarrou minha mão assim que sai. Falou mais francês com o atendente e eu realmente comecei a querer que ele falasse francês o tempo inteiro, até comigo. Sua voz parecia ficar mais grave e era atraente, o fato de ele saber falar tão perfeitamente.
Assim que nos sentamos, uma moça entregou os cardápios para nós e disse algo antes de sair andando.
— Quantas línguas você fala? — pressiono meus lábios em uma linha.
— Além de inglês, francês, estudei na escola, italiano, aprendi com a minha família, espanhol, aprendi na faculdade e latim que também aprendi na escola.
— Porra — só isso que consegui dizer — Latim? Mesmo?
— Sic — ele sorri — Te respice incredibile.
— Impressionante — olho para o lado vendo a mulher vir com taças e vinho.
— Merci — até a mínima palavra era quente vindo dele.
Falamos sobre o restaurante e ele me contou sobre a primeira vez dele ali, como estava sozinho e passou o maior perrengue porque tinha medo de falar francês, isso rendeu algumas risadas. A comida estava deliciosa, é claro, o vinho também.
Saí apoiada em Cole e ele me colocou no banco e eu me aninhei no couro confortável. O moreno ligou o motor e eu acho que acabei caindo no sono durante a viagem, ele parou na frente de um prédio que combinava com a arquitetura do resto da rua.
— Sem elevadores, então, serei um cavaleiro — ele diz logo que saio do carro e antes que eu possa fazer qualquer coisa, ele me pega pelas pernas como uma noiva.
Gargalho enquanto ele me leva pelas escadas do prédio antigo e bonito, o papel de parede azul escuro da personalidade para o lugar, observo enquanto ele me deixa no chão quando paramos na frente de uma porta e ele tira chaves do bolso e abre a fechadura.
Entro e analiso a sala de estar linda, toda decorada no estilo vitoriano, completamente diferente de como a casa dele é. Quase me parece mais quente, aconchegante. Mas é a vista que desperta mais do meu interesse, a torre brilhante estava em destaque na noite escura e era perfeito.
— É linda — sorrio me virando para Cole — Não é?
— Uhum — ele murmura, percebo que ele não olhou para a torre uma única vez desde que entramos, seus olhos azuis me observavam atentamente.
— É incrível — ando até ele e me lanço em seus braços.
— Se eu comprasse um apartamento em Paris, teria que ser incrível — ele leva seus dedos aos meus cabelos.
— Cale a boca! — rio de volta e dou tapinha em seu peito.
— Acho que pode ser um caso de narcolepsia, você deveria ver um médico — Cole ri de novo.
— Eu adoro dormir! — exclamo e me desvencilho dele.
Sigo pelo corredor e abro as portas duplas no final dele, uma cama dossel se posicionava no meio e havia poltronas e uma cômoda grande de madeira com um espelho enorme. Entro na porta que imaginei ser um banheiro e vejo uma banheira grande e funda, abro-a e checo a temperatura antes de começar a me despir.
Coloco um roupão rosa que vi pendurado ao lado de um outro branco que imaginei ser de Cole e me dirigi até o closet, vendo minhas roupas todas em cabides arrumados. Impressionante. Seleciono uma camisola branca de seda e uma calcinha de renda da mesma cor.
— Aproveitando? — me viro para encontrar Cole apoiado na batente da porta e me observando com um sorriso.
— Muito — passo por ele e coloco meus itens em cima da cama.
— Bom.
— Tem bombas de banho aqui? — pergunto ao entrar no banheiro.
— Sim. Mandei eles comprarem as coisas que já vi no seu banheiro.
Encontro os itens que cheiram como rosas e cerejas que eu adoro tanto. Cole realmente se importou em comprar as coisas que eu gostava, meu coração enche de calor e eu estou sorrindo como uma boba.
Obrigada por todas as pequenas coisas.
—————— últimos 10 capítulos gente 🥲 (to mto triste)
