63 - thank you, for caring

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𝐒𝐔𝐁𝐓𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 — 𝐨𝐤𝐚𝐲, 𝐨𝐥𝐝 𝐦𝐚𝐧

𝐒𝐔𝐁𝐓𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 — 𝐨𝐤𝐚𝐲, 𝐨𝐥𝐝 𝐦𝐚𝐧

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𝐄𝐔 amo Mônaco com todo meu coração.  

O clima quente me deixava relaxado contra as almofadas, usando uma blusa de tecido fino que me fazia me esquecer que sequer estava vestido. Olhava entre meu livro e Lili, de barriga para baixo, tomando sol em um biquíni preto que deixava seu lindo corpo a mostra, deitada ao meu lado na espreguiçadeira grande que imitava uma cama acolchoada.

Uma garçonete surge com nossas bebidas e eu a agradeço em francês quando ela coloca os copos na pequena mesinha ao nosso lado.

— Humm... — Lili murmura e se senta, dou o sex on the beach com álcool para ela.

— Delícia — digo, ao tomar um gole do meu que era igual dela, porém sem álcool.

— Seu livro está divertido? — ela acena a cabeça para o romance no meu colo.

— Você nunca leu "O Retrato de Dorian Grey"? — estou incrédulo.

— Não. Me parece algo que minha professora de literatura pediria para lermos durante o verão — ela solta um risinho.

— Eu adorava leituras de verão.

— Tá bom, velhinho — ela dá dois tapinhas em meu rosto.

— Velhinho? — envolvo seu corpo com os braços e jogo ela para trás, ela grita e segura seu copo com força.

— Louco! — ela ri e usa a mão livre para colocar a mão em meu cabelo.

Passo a mão por seus fios jogados pelo acolchoado enquanto ela me olha, acho que morreria bem aqui e agora, com Lili em meus braços, sorrindo.

— Não quero voltar — falo, baixinho.

— Por que não? — ela franze as sobrancelhas.

— Só... — me sento, ela faz o mesmo — Ansioso sobre ter que voltar para Boston.

— Achei que já tivesse ido quando seu irmão ficou noivo.

— Exatamente — solto um risinho sem humor — Foi... péssimo.

Flashes dos pesadelos que invadiram minhas noites naquela semana invadiram minha mente antes que eu pudesse evitar. Sinto bile subir por minha garganta e tenho que focar meus pensamentos na mulher na minha frente para não tem um ataque de pânico ali mesmo.

— O que aconteceu? — ela segura minha mão, preocupada.

— Não consegui dormir, ou sair de casa direito, parecia que aonde eu olhava tinha alguém que eu queria esquecer.

— Você encontrou alguém?

— Não. Mas isso não significa que eles não me assombraram.

— Eu vou estar com você — ela me dá um sorriso reconfortante — Nada de ruim vai acontecer, é uma cidade, não pode deixar que te controle.

— É isso que minha terapeuta disse — rio — É tão idiota...

— Cole, eu não passei pela rua do antigo clube em que trabalhava durante dois anos depois que fui para o Stardust — ela confessa — Não sei, ainda podia sentir aquelas mãos nojentas em mim todas às vezes que passava por lá — desgosto enche seus olhos.

Entendo o sentimento.

— Sabe, eu ainda vou matar todos aqueles idiotas — levo minha mão a sua bochecha.

— Não gostaria que você fosse para cadeia.

— Conheço bons advogados — dou de ombros e ela ri.

— Falo sério. Sobre Boston.

— Eu sei — jogo seu cabelo para trás.

— Quero que todos se fodam, mataria todos que já te machucaram se tivesse a chance — Lili me beija.

— Vou deixar eles saberem, com certeza não vão ousar chegar perto — rio.

— Eu sou muito intimidadora, ok? — ela faz bico.

— Muito... — assinto e beijo ela de novo — Obrigado. Por se importar.

— Eu te amo, claro que me importo, seu tonto — a loira ri de novo.

Puta merda, essa mulher me ama.

— Espero que saiba que obviamente vamos fazer alguma coisa amanhã para o seu aniversário.

— Lili, eu realmente não ligo para isso. Só estar com você é o suficiente.

— Isso é muito fofo, mas ainda preparei algo.

— Espero muito que não seja uma festa. Camila já tentou fazer duas para mim.

— Aposto que teve festas incríveis quando criança, sua mãe parece do tipo que planeja comemorações gigantes sempre que pode — ela sorri, bebendo um gole da sua água.

— Na verdade, nunca tive uma de verdade — confesso — Quer dizer, ninguém quer ir na festa do menino esquisito — dou de ombros.

— Mesmo? — ela franze as sobrancelhas e eu apenas assinto — Babacas — Lili murmura, me fazendo rir.

— É idiota.

— E depois que ficou mais velho?

— Eu sempre viajo no meu aniversário, não gosto de ter que lidar com todos os abraços e presentes. Não sou exatamente uma pessoa que gosta de pessoas.

— Morria sem saber — ela faz uma cara de choque falsa e eu rio.

— Você gosta — afirmo — De pessoas.

— Acho que sim.

— Às vezes em queria ser um pouco mais como você e Camila. Tipo, vocês se conheceram em uma loja de sapatos e viraram amigas dali — ela ri — É impressionante.

— Você também é impressionante — ela segura minha mão.

— Não sei se me excluir do mundo e assustar todo mundo quando me mostro de verdade seja impressionante.

— Tudo bem, talvez você não esteja exatamente saltitando por aí fazendo amigos todos dias, mas seu cérebro é impressionante. E mesmo que você seja reservado e difícil de se aproximar, você vale a pena conhecer.

— Não sei, Lili.

— Suas tão variadas camadas, seu senso de humor que você não mostra para qualquer um, seu altruísmo e o fato de que você se importa. Mesmo que não deixe transparecer, mesmo que só é perceptível quando você está perto de sua família, é impressionante.

— Eu também me importo com você.

Meu coração está quente quando ele diz isso. Eu nunca me permite deixar que chegássemos a esse ponto e agora aqui estamos, falando o que sentimos um pelo o outro, sem medo das consequências.

— Obrigado, Lili — seu olhar encontra o meu — Obrigado. Por me salvar, em todo o sentido da palavra.

Absolutamente tudo parece desaparecer sob nossos pés, até que só tenha nós dois e mais ninguém, no restaurante, em Mônaco, no mundo.

Você também me salvou.

ANABELLE ☆ SPROUSEHARTOnde histórias criam vida. Descubra agora