23 - who gives a shit?

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𝐒𝐔𝐁𝐓𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎𝐢 𝐝𝐨 𝐚𝐧𝐲𝐭𝐡𝐢𝐧𝐠 𝐭𝐨 𝐠𝐞𝐭 𝐫𝐢𝐝 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐩𝐚𝐢𝐧

𝐒𝐔𝐁𝐓𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 — 𝐢 𝐝𝐨 𝐚𝐧𝐲𝐭𝐡𝐢𝐧𝐠 𝐭𝐨 𝐠𝐞𝐭 𝐫𝐢𝐝 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐩𝐚𝐢𝐧

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agosto, 2013

cole sprouse p.o.v

𝐎 líquido com gosto terrível desce por minha garganta queimando, fazendo meu corpo todo ficar dormente. Abaixo minha cabeça sobre a mesa de vidro em minha frente, a carreira de pó está toda inalada em segundos, me fazendo recostar no sofá marrom de coro que parece mais confortável.

Sinto Sarah se inclinar em meu pescoço e beijá-lo ao meu lado, eu reviro os olhos um pouco quando a mão dela vai até minha calça jeans, enquanto sussurra algumas palavras que ela deve pensar que são muito sensuais.

— Você está uma delícia esta noite — ela beija meu rosto com um sorriso safado — Vamos pro meu quarto.

Olho ela, em seu vestido brilhante minúsculo, para sua maquiagem exageradamente colorida e seu cabelo preto e longo que batia em sua bunda. Apenas assinto com a cabeça para sua proposta, isso acontecia muito, toda a noite para ser mais específico. Diferentes garotas, sempre.

Acho que meu corpo já está destruído, quem liga para o que acontece com ele agora?

Então depois de estar completamente drogado e dopado, deixo a garota bonita que se parece com ela me levar para o quarto dela. Eu geralmente as fodo de um jeito que elas não consigam me encarar, mantenho as mãos longe da minha camiseta, faço o que tenho que fazer, faço ela se sentir bem, ela me faz me sentir um pouco menos pior sobre mim mesmo e eu dou o fora.

Tem sido a mesma rotina durante todo o verão, não iria passar essas férias chorando na minha cama o tempo todo mais, porém a maioria das vezes eu ainda fico deitado na banheira até a água ficar congelante e eu ficar tremendo. Às vezes tiro minha camisa em frente ao espelho e choro sobre o quanto odeio tudo que vejo.

Mas eu estava fazendo isso e usando drogas, e bebendo todas, e comendo garotas que me querem. Gosto de tomar controle com elas, não gosto de ficar vulnerável. Nunca.

Nunca mais.

Quando chegamos no quarto de Sarah ela tirou o vestido de seu próprio corpo assim que a porta se fechou, com os peitos de fora e uma calcinha ridiculamente pequena ela pegou dois comprimidos da cabeceira — 'ecstasy' —, eu engoli sem água e ela também.

— Qual é a sua? — ela questiona enquanto acende um cigarro e senta na cama.

— Bom, você me trouxe aqui e tirou a roupa, eu que deveria te perguntar isso — sento ao lado dela.

— Você é gostoso e forte, por isso eu quero te foder — ela coloca o cigarro na minha boca, eu o coloco entre meus dedos e trago.

— Quantos anos você tem? — pergunto, enquanto sopro a fumaça.

— 18 — ela responde e eu assinto — Você?

— 16 — olho para os peitos da garota, que sorri com o ato.

— Você é virgem ou coisa do tipo?

— Não — rio.

— Saquei — ela ri também — Posso te chupar?

Assinto, ela sorri e se ajoelha em minha frente. A encaro enquanto trago o cigarro em minha mão mais uma vez, ela puxa minha calça para baixo e sorri para a ereção na minha cueca preta. O pó me deixou eufórico então comecei a gostar da ideia da garota me chupar.

Ela então começou o trabalho, enquanto eu passava a mão pelos cabelos grandes e pretos, ela me chupou por toda a parte mas eu nem estava muito focado nisso. Sarah parecia estar entretida enquanto eu me imaginava voando, como se eu não fosse eu mesmo e essa não fosse minha vida.

Gostava muito de fazer isso.

Ás vezes gostava de imaginar que eu era um pássaro, um grande e bonito pássaro azul-celeste que tem as asas amarelas que ficassem lindas quando eu voasse. Isso era o que me mais me encantava sobre ser um pássaro, eu seria tão lindo.

E eu poderia voar, voar para bem longe dessa cidade dos pesadelos, nunca mais teria que ver sequer um tijolo de algum prédio nesse lugar. Minha vida seria tão mais fácil, eu seria livre e não precisaria de nenhuma dessas merdas que eventualmente vão me matar.

Apesar de que a ideia da morte não assusta.

Eu não estou me jogando de penhascos por aí, mas não é como se valorizasse minha vida, meu corpo, minha mente. Penso que estava destruído antes mesmo de conhecer Summer, sem ou com ela minha vida seria essa merda de buraco negro.

Claro que com Summer, as coisas são bem piores, eu queria ter uma máquina do tempo para voltar para a época que nós morávamos na Itália e minha única preocupação era o que minha vó faria para o almoço. Tudo começou a dar errado quando nos mudamos para essa porcaria de cidade.

Mamãe cresceu em Nova York e ela sempre conta as histórias de como lá era incrível, quando eu tiver dezoito anos e for capaz de voar para bem longe daqui eu vou, irei para uma boa faculdade, depois morarei em Nova York.

A partir do momento em que cruzar a fronteira da cidade de Boston para a faculdade, eu nunca mais em minha vida inteira voltarei a ver essa cidade cheia de pessoas terríveis.

Às vezes, quando estou quase dormindo me pergunto se odeio mais essa cidade ou a mim mesmo por permitir ela me fazer tanto mal quanto me fez.

Sarah se levantou e começou a me beijar, subindo em cima de mim ela me jogou na cama, beijei ela de volta e tentei me concentrar naquilo e não em todos os pensamentos que vivem rodeando minha cabeça. Ela era bem bonita e beijava muito bem, precisava focar nisso.

Todo o pó que eu cheirei misturado com a quantidade absurda de bebida que eu ingeri, mal consigo sentir, esse sempre foi o objetivo de usar tudo o que uso, apenas parar, fazer tudo parar por alguns segundos.

E funciona.

Mas ao mesmo tempo, eu sei que não vai durar para sempre.

Amanhã o ecstasy vai fazer minha serotonina baixar e eu vou ficar mais depressivo que o normal, isso costuma fazer com que eu não preste nenhuma atenção nas aulas e eu tenha que estudar tudo em casa, sozinho.

Mas eu renuncio isso para me sentir bem por algumas horas, sacrifico qualquer coisa hoje em dia para me sentir bem.

Não acho que esteja errado fazendo isso. Não afeta na vida de mais ninguém a não ser a minha quando eu faço isso, acredito que se eu quiser destruir minha vida com bebida e drogas, eu posso. É meu corpo, minhas regras. Mesmo querendo pensar assim, eu sei que isso não é bem verdade.

Meu corpo já não é meu há muito tempo.

———————
pesado...
votem e comentem pra mais :(

ANABELLE ☆ SPROUSEHARTOnde histórias criam vida. Descubra agora