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— 𝐒𝐀𝐈𝐍𝐃𝐎 mais cedo, Li? — Vanessa cantarola.
— Nem começa, V — rio e puxo minha bolsa de dentro do armário.
— Me conta tudo quando voltar — ela pede.
— Vou pensar no seu caso — rio e me viro, andando até a porta.
— Boa sorte! — Vanessa exclama.
Confesso que minha barriga estava se revirando em nervos, mas ao mesmo tempo estava curiosa para conhecê-lo melhor. Era hora de dar uma chance para o time da diversão, faz muito tempo que não vou em um encontro de verdade.
Assim que passo pela porta do clube, vejo um Porsche preto, imagino ser o de Cole, tenho essa confirmação quando ele abaixa o vidro, revelando seu rosto ridiculamente perfeito. Abro a porta do carro e sento no banco de couro branco, colocando a minha bolsa em meu colo.
— Boa noite, Anabelle — o moreno sorri.
— Boa noite, Cole — destaco seu nome na frase, enquanto coloco o cinto de segurança.
— Como foi seu dia? — ele pergunta.
— Bom, descansei, dancei muito, fiz um bom dinheiro. Tudo parece bem. Você? — devolvo a pergunta.
— Fiz algumas reuniões, fechei um negócio. Tudo bem — responde, com os olhos fixados na rua.
Agradeço a Deus por o ver de terno, imaginando que não estava muito arrumada para onde ele me levaria.
— Onde vamos? — pergunto.
— Minha casa — ele diz naturalmente.
— No primeiro encontro? Corajoso...
— Não — ele ri — Só não temos muitos restaurantes disponíveis para essa hora da noite.
— Você usa essa desculpinha com todas as mulheres?
— Não sei — o moreno brinca — Uso?
— Você mora por aqui? — pergunto, analisando os prédios altos do centro de Nova York.
— Não... moro em um condomínio — ele diz.
— Hum... chique — rio.
— Você morou aqui a vida toda?
— Sim. Na verdade, nunca vi nada além dessas ruas — admito.
— O que? — pergunta incrédulo — Sério?
— Bom, minha família nunca teve grana e agora que eu tenho, me falta tempo — explico.
