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𝐂𝐎𝐋𝐄 estava com a cabeça em meu peito, completamente vestido e tirando uma soneca pelos suspiros silenciosos. Eu pedi para ele se vestir e deitar comigo para se acalmar, ele ficou quieto durante todo o tempo enquanto nos deitávamos.
Eu estava arrasada, de verdade. Parte de mim se sentia culpada pela confissão no avião, acho que eu o pressionei e essa era a última coisa que eu queria fazer. Vou conversar com ele assim que ele acordar. Descobri que gostava de vê-lo dormir, tão em paz, protegido de tudo que o assombra. Fiquei com medo de soltá-lo e ele ter um de seus pesadelos, quero que ele fique protegido por pelo menos esses minutos.
Acho que também acabei caindo no sono por alguns minutos também, a cama era extremamente confortável e os suspiros de Cole me acalmaram. Quando despertei, senti o moreno em meus braços se mexer lentamente e despertar devagar, abrindo os olhos e soltando suas mãos de leve que agarravam minhas costas, ele olhou para mim.
— Desculpa — ele deixa a cabeça no travesseiro.
— Não... pede desculpa — digo.
— Mas eu sinto muito.
— Sou eu quem deveria me desculpar, não queria que você se sentisse pressionado a me contar sobre ela — passo a mão por seu rosto.
— Eu te contei porque quis, Lili, porque você merecia saber — ele afirma — Eu te conto os motivos de eu ter medo de me comprometer mas você não faz ideia de onde tudo aquilo veio, você não conheceu a Summer, é como se eu tivesse com medo do invisível pra você.
Observo o quão certo ele está que realmente tem medo da garota que quebrou o coração dele. Ele não tem raiva, nem mágoa ou arrependimento, ele tem medo. Uma líder de torcida fez um cara de 1.80 com mais massa muscular do que eu tenho de peso ter medo.
Pedimos um jantar e sentamos ao lado de fora para apreciar a vista inigualável enquanto comíamos e bebíamos vinho. Cole parecia melhor enquanto conversávamos, eu desviei o assunto para outra coisa, sabendo de sua recessão e desconforto quando se tratava de suas crises.
Falamos sobre filmes e livros, acabamos uma garrafa de vinho tinto e quando começamos a próxima, já estávamos falando sobre celebridades que não gostávamos. Isso arrancou algumas risadas, Cole reclamava sobre algum ator e eu dizia que amava ele só para discordar.
Quando nós dois nos jogamos na cama, estávamos com os corpos moles e entorpecidos de vinho e comida grega deliciosa. O colchão me envolveu em seus lençóis macios e Cole fez o mesmo com seus braços fortes.
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Sinto um quentinho no meu rosto, percebendo o raio de sol entrar pelas janelas. Me mexo na cama quente e cubro meu corpo com o cobertor, o ar condicionado estava gelado, me viro para o lado para encontrar um emaranhado de lençóis e um travesseiro que antes apoiava minhas costas.
Levanto meu corpo e olho ao redor do quarto, consegui ver a porta do banheiro aberta e a do closet também. Vou então lavar o rosto e escovar os dentes antes de ir atrás de Cole. Escuto música vindo da área da piscina, então segui o som.
Vi Cole fazendo flexões do lado de fora, ele vestia shorts pretos e uma blusa colada da mesma cor. Uma música que não conseguia identificar cobria o ambiente e ele não pareceu perceber minha presença até levantar.
— Ah, oi — ele está ofegante, os cabelos molhados de suor.
— Oi — coloco a mão sobre os olhos para tapar o sol enquanto chego mais perto dele.
— Não quis te acordar — ele leva sua garrafinha a boca.
— Que horas você acordou? — pergunto.
— Umas seis — a frase sai tão naturalmente de seus lábios.
— Da manhã? — exclamo — Por que?
— Malhar — ele ri — Já fui na academia lá embaixo, já trabalhei um pouquinho.
— Que horas são?
— Quase uma da tarde.
— Meu deus! Eu apaguei.
— É... você é bem fraca para vinho — ele ri.
— Você já comeu?
— Não, estava te esperando — afirma — Quer descer?
— Aham, estou faminta.
— Eu preciso de um banho. Vou tomar no de visitas e você toma no principal, ok?
Quase o convido para tomar um banho comigo, mas é só depois que eu lembro da camisa. Balanço minha cabeça e desisto da ideia e de pensar sobre ela. Deixei a água quente do chuveiro acalmar meus nervos e me deixei aproveitar o fato de estar na Grécia com Cole.
Coloco um biquíni amarelo junto com apenas um short jeans e uma bata branca aberta e fresquinha, quando voltarmos eu quero tomar um sol e dar um mergulho. Cole estava com uma blusa branca aberta e uma regata da mesma cor por baixo, uma calça creme e um óculos de sol quadrados com as lentes marrons. Também coloquei um de meus óculos, era marrom também e retangular.
— Você está linda — ele beija meu pescoço assim que entramos no elevador, como faz sempre que me vê.
— Obrigada — me agarrei em seus ombros, ele segurou meus quadris e me puxou para um beijo.
Suave e rápido, eu sorri para ele quando nos separamos, só sai de seus braços quando o elevador abriu no piso do almoço. Analisei o salão enorme em minha frente, era lindo, como o restante de todo o prédio.
Eu pedi um prato igual o de Cole porque não entendia nada do cardápio. Ficamos apenas no refrigerante dessa vez, pois deixaria a bebedeira para a noite, pra depois de eu assistir o cara que amei por meses e meses, o cara que jurei que fosse me casar, casar com outra mulher.
— Buon appetito, chefe — o garçom disse ao deixar nossos pratos na mesa.
Chefe? Por que diabos ele está chamando o Cole assim? E por que está falando em italiano?
— Chefe? — questionei assim que o homem se afastou.
— Hum... — ele fez uma careta.
— Você é dono desse lugar? — minha ficha cai.
Cole dá um sorriso sem graça e meu queixo vai ao chão, percebendo que eu sou uma idiota por não ter percebido antes. Eu deveria ter entendido o recado quando chegamos e praticamente toda a equipe do hotel nos esperava.
Enquanto voltávamos até o quarto, eu brincava com ele sobre e percebia o quão cheio de grana ele é. Tipo, realmente ricaço, outra coisa que deveria ter ficado entendida em meu cérebro depois que vi a capa para a Forbes.
Eu tomei sol e dei um mergulho na piscina enquanto Cole lia um livro, mas não ficamos muito tempo, pois precisávamos nos arrumar para o casamento. Logo o maquiador e cabeleireira que Cole havia contratado chegaram e os nervos começaram a subir por minha barriga.
Na época eu não percebi porque foi muito lentamente, mas você estava me deixando entrar.
