49 - kids can be mean

186 18 7
                                    

𝐒𝐔𝐁𝐓𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 — 𝐢𝐭'𝐬 𝐛𝐞𝐜𝐚𝐮𝐬𝐞 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐩𝐞𝐨𝐩𝐥𝐞 𝐦𝐚𝐝𝐞 𝐡𝐢𝐦 𝐟𝐞𝐞𝐥 𝐭𝐡𝐢𝐬 𝐰𝐚𝐲

𝐒𝐔𝐁𝐓𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 — 𝐢𝐭'𝐬 𝐛𝐞𝐜𝐚𝐮𝐬𝐞 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐩𝐞𝐨𝐩𝐥𝐞 𝐦𝐚𝐝𝐞 𝐡𝐢𝐦 𝐟𝐞𝐞𝐥 𝐭𝐡𝐢𝐬 𝐰𝐚𝐲

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

TW: bullying, violência

𝐄𝐔 e Cole ficamos mais tempo do que o necessário aos beijos e ele estava tentando me convencer de que a gente devia pular o jantar e só matar a saudade. Por mais que fosse muito intrigante, não queria passar uma má impressão para a mãe dele, então levantamos para começar a nos arrumar.

Estava usando um vestido turquesa da Versace que ficava colado no meu corpo e batia no meio das minhas coxas, no meu cabelo agora escovado, presilhas douradas da mesma marca do vestido colocavam minha franja para trás. Nos pés usava um sapato dourado e uma bolsa da mesma cor na minha mão. Fiz uma maquiagem da mesma cor do vestido e coloquei um gloss nude na boca.

— Você está maravilhosa — Cole diz, me fazendo virar para ele.

Ele estava apoiado na batente da porta, usando uma blusa rosa clara, uma calça branca e sapatos pretos. Os cabelos desajeitados, sorri ao ver que ele atendeu ao meu pedido.

— Obrigada — sorrio para ele — Vem! Vamos tirar uma foto! — pego meu celular na em cima da bancada.

Ele coloca a mão em minha cintura, nós dois sorrimos ao mesmo tempo quando tiro uma foto no espelho. Ele beija minha bochecha e eu também tiro foto disso, depois o beijo e quase esqueço de apertar o botão.

— Feliz? — ele pergunta.

— Muito — abaixo o celular.

Enquanto andávamos até a casa dos pais de Cole, eu postava as fotos em meu story em sequência — depois de conseguir a aprovação de Greta, claro.

A casa dos pais de Cole era linda, o jardim estava todo iluminado, era tão grande quanto a dele. Um guarda na porta a abriu para nós, a entrada era maravilhosa.

— Meu filho! Querida! — Marianne surge de dentro da sala de estar.

Eu e Cole abraçamos e cumprimentamos a sua mãe que disse para ele ir a cozinha para começar a cozinhar. Disse que queria conversar comigo, me deu uma taça de vinho e me sentou no sofá.

— Eu estou muito feliz por estarem juntos — essa é a primeira coisa que ela diz — Mesmo.

— Fico feliz que temos sua aprovação — sorrio genuinamente.

— Eu preciso te contar uma história — ela coloca os cabelos cacheados atrás da orelha e olha para mim.

— Claro, sou toda a ouvidos — cruzo uma perna em cima da outra a fico confortável.

— Cole sempre foi um pequeno gênio, desde que saiu da minha barriga — ela sorri — Ele era uma criança sorridente, amigável, e era um pouco gordinho.

A imagem se formou na minha cabeça. Era alguém tão distante do Cole que eu conheço, quase impossível de relacionar os dois.

— Sendo assim, era um alvo fácil para bullying — ela fica séria, há uma pontada em meu estômago — A primeira vez que me chamou atenção foi quando ele chegou chorando e me perguntando porque as pessoas o odiavam tanto, com a mão na barriga — ela bebe um gole de vinho — Ele tinha hematomas por toda a parte, eu mal conseguia ajudá-lo. Quando fui à escola reportar o absurdo, eles me disseram que era coisa de criança e que de jeito nenhum aconteceria novamente. Ele tinha oito anos nessa época.

— Meu deus — minha voz arrastou.

— Algumas semanas depois ele voltou sangrando, dizendo que os meninos ficaram bravos que ele contou para a diretora — eu não consegui esconder meu choque — Ele tinha cortes por toda a parte, um dos garotos pegou o canivete do pai e...

— Não — tem lágrimas caindo dos meus olhos.

— Crianças podem ser tão malvadas — ela olha para os pés — Eu transferi ele para outra escola no dia seguinte. Coloquei ele na terapia — eu assinto — E ele não parecia estar com muitos problemas, exceto pelo fato de que não tinha nem um amigo. Isso sim me preocupava.

Isso é tão triste de ouvir. Como ele sobreviveu anos sem ninguém?

— Quando Dylan foi para o internato ele ficou arrasado — ela balança a cabeça — Quando fez quatorze anos desenvolveu um amor incondicional por fotografia e entrou no clube da escola. Com quinze foi convidado para fazer as fotos do baile de formatura.

As imagens nos quadros em cima de sua cama passaram por minha cabeça.

— E depois disso... foi de mal a pior — os olhos dela estavam cheios — Eu não posso te dizer o que realmente aconteceu, só posso dizer que perdi meu filho para sempre.

— Como? — eu também estou chorando.

— Ele conheceu uma garota e ela destruiu ele. Não sei quem é, nunca a conheci. Mas na noite antes do baile de formatura ele chegou em casa chorando histericamente e se trancou no quarto antes que eu pudesse tentar fazer qualquer coisa. Pelo que eu entendi, era um ataque de pânico.

— Meu deus — viro o olhar para o piano na sala.

— Na noite do baile ele levou uma surra — a frase faz meu coração apertar ainda mais — Não faço ideia de quem ou porque, mas levou.

— Adolescentes são malvados — sussurro.

— Ele foi engolido daquele momento para frente. Drogas, álcool, festas. Ele se transformou em um estranho dentro da própria casa — ela contou — Cole passou o verão antes da faculdade na reabilitação.

Arqueio as sobrancelhas, sem conseguir achar o que dizer.

— O ponto é... — ela suspira — Se Cole age como se fosse incapaz de ser amado é porque outras pessoas fizeram ele se sentir desse jeito — Marianne pegou minha mão.

— Eu não sei o que dizer — mordo os lábios, tentando conter meu choro.

As peças se juntaram em minha cabeça rapidamente, apesar de o que realmente houve entre ele e Summer ainda ser um mistério.

— Espero que você o faça feliz e que ele te faça feliz também — ela afirma.

— Obrigada por me dizer.

Eu fui até o banheiro para limpar meus olhos e retocar minha maquiagem. A noite passou como um sopro, minha cabeça só conseguia voltar para a história e por tudo que Cole passou como uma criança.

Não há nada no jantar que eu tenha prestado atenção, eu e ele saímos de mãos dadas algumas horas depois. Ele ainda estava rindo de uma piada que seu pai fez e eu não entendi quando eu me joguei em seus braços.

— Ela te contou — ele sussurra e me abraça de volta.

— Eu sinto muito — beijo a bochecha dele.

— Eu tô bem — ele enterra o rosto em meu pescoço — Tudo está bem agora.

Se eu pudesse mudar o jeito que as coisas foram para você, Cole, eu faria sem hesitar.


———————
oi gente, eu gostaria de avisar que estou morrendo de raiva do Cole (da vida real) e se eu não tivesse passado TANTO tempo escrevendo isso e montando o plot eu parava, porque depois da merda que ele falou da lili, PARA MIM não faz sentido escrever fanfic deles, porém essa história é muito importante pra mim e eu não vou desistir dela. É só isso, um desabafo.
PS: próximo capítulo é bem tenso então se preparem.

ANABELLE ☆ SPROUSEHARTOnde histórias criam vida. Descubra agora