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As curvas loiras caiam sobre meus ombros, a maquiagem era leve porém muito bem feita, Lucy estava garantindo que cada cacho estava em seu devido lugar e Greta a auxiliava para arrumar o vestido no meu corpo. O sapato foi enfiado em meu pé e Lucy passou a mão por minha cintura, alisando o tecido do vestido no lugar.
— Perfeita — ela olha para meu reflexo no espelho.
— Bom trabalho — Greta elogia.
— Tudo certo? — pergunto.
— Sua bolsa! — ela exclama e me entrega.
Era uma bolsinha pequena em formato de coração preta que combinava com o topo do meu vestido. O resto era todo branco, era lindo.
— Preciso de uma foto sua com o Cole, rápido! — Lucy me apressa e eu ando para fora do closet.
Assim que pego a visão de Cole esperando na sala de estar, tenho vontade de jogá-lo na minha cama e não sair de lá nunca mais. O terno preto com cinza com certeza foi feito sob medida para ele, a gravata beringela realçava seus olhos e os cabelos estavam perfeitamente desarrumados.
— Linda — ele diz, como se estivesse me cumprimentando, vem até mim e beija meu pescoço.
— Se beijem bonito, preciso de uma foto — viro para Lucy e percebo o iphone enorme em sua mão.
Me viro para Cole que revira os olhos. Puxo ele para um beijo, primeiro ele está surpreso mas depois me puxa para perto pela cintura. Meus braços agarrados na parte de trás de seu pescoço, ele avança em meus lábios como se estivesse esperando para isso. Jogo minha cabeça levemente para trás, o dando mais espaço, não parecia importar que havia mais duas outras pessoas na sala conosco, Cole e eu sempre estamos com vontade um do outro.
— Já é o suficiente, você vai arruinar a maquiagem dela! — Lucy exclama.
Rio enquanto me jogo em seus braços e me separo, ele beija minha bochecha antes de anunciar que devemos ir. Eu retoco o meu batom no carro enquanto Cole tenta tirar os resquícios de gloss em seus lábios.
Saímos do carro de braços enlaçados, eu sorria abertamente e Cole também. Assim que ele diz nossos nomes para o homem na porta, ele nos deixa entrar. Olho por todo o lado no salão, havia lustres enormes no teto e uma escadaria enorme, pessoas conversando e bebendo champanhe por toda a direção que olhava.
Alguém realmente morava aqui.
— Sorria e assinta se não entender o que estão falando — ele sussurra para mim e eu balanço a cabeça.
Entramos no salão que parecia ser o principal e os olhares nos seguiram até lá. Esse era ainda maior, com mesas distribuídas por toda a extensão e um pequeno palco onde havia uma banda tocando músicas clássicas.
— Meu deus — sussurro para Cole.
Ele pega champanhe para nós dois e um casal se aproxima de nós. Um homem que tinha pelo menos uns cinquenta anos, cabelos grisalhos — mas era atraente —, o corpo malhado e terno na medida. Ao seu lado uma menina que não poderia ser bem mais velha que eu, talvez da idade de Cole, ela era morena e o vestido vermelho longo e apertado mostrava suas curvas.
— Hank, Senhorita Beaumont, boa noite — Cole cumprimenta e eu entendo que são os donos da festa.
Abro um sorriso simpático para os dois e eles retribuem o ato.
— Sprouse! — Hank da dois tapinhas nas costas de Cole — Oi, querida — ele me dá um meio abraço e beija minha bochecha.
— Lili, prazer em conhecê-los — balanço a cabeça.
— Morgan — a mulher vem ao meu encontro e da dois beijos no ar de cada lado da minha bochecha — Bem vindos.
— Obrigado pelo convite — Cole sorri educado.
— Nunca vi você tão sorridente na vida — Hank ri — Essa aqui está te tratando bem? — ele aponta para mim.
— Sim, senhor — ele ri.
— Fico muito feliz — o homem diz e vira para mim— Sabia que vi esse menino crescer?
— Sério? — pergunto.
— Sim. Sempre fui um grande amigo de Matthew — ele passa a mão pela cintura da esposa e é aí que percebo que a mão de Cole esteve na minha cintura esse tempo todo.
— Não a faça ouvir suas histórias, querido — a menina (não consigo nem chamá-la de mulher) dá uns tapinhas no peito do marido.
— Não vou! Obrigado por virem — eles se viram levemente.
— Obrigada — Cole e eu agradecemos em uníssono.
Observo enquanto o casal sai andando tentando processar o que acabou de acontecer. Isso significa que aquela menina está, não só namorando, como casada, alguém que tem pelo menos o dobro da idade dela.
— Por que... — não sei por onde começar.
— É a quarta mulher dele — Cole explica e eu arregalo os olhos — E a única educada, devo dizer.
— Todas são...
— Da sua idade? — ele pergunta e eu assinto — Não. Um dia ele apareceu com ela e ninguém questionou, ela era modelo antes de se casar com ele. Agora ela vive nessa mansão dia e noite, para agradar ele.
— Por que ela faria isso consigo mesma? — pergunto.
— O cara é bilionário, Lil. Ela não era exatamente conhecida como modelo, a rumores que a família dela deserdou ela e a única opção que ela teve foi caçar um velho rico para conseguir dinheiro.
— Meu deus.
— E o cara é bonitão — ele adiciona — Já ouvi Senhorita Davis dizer que ele fode como um deus.
A imagem da secretaria de Cole embaixo desse coroa me faz querer vomitar meu almoço e toda essa champanhe que deve valer um carro.
— Senhorita Davis tem uma coisa por homens mais velhos? — estou surpresa.
— O namorado dela tem 40 — ele diz.
— Ah, talvez isso não seja tão...
— Ela tem 20 — ele completa.
Eu paro de falar. É... é muita diferença mesmo.
— Vai me dizer que você nunca ficou com coroa? — ele diz em um tom de humor enquanto beberica a champanhe.
— O cara mais velho com quem já dormi foi o Mark, ele tem 27 — tiro meu cabelo do olho.
— Mesmo? — ele pergunta e eu assinto — Eu conheço vários coroas disponíveis e bonitões, diz um nome e ele é seu.
— Eu estou muito bem com um cara apenas.... — espero que ele complemente.
— 2 anos mais velho.
— Estou muito bem com um cara apenas dois anos mais velho que eu — mordo os lábios.
— Quero dançar com você — ele larga nossas taças em uma das bandejas de prata que passavam e me puxa para a pista de dança.
