Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
TW: abuso, bullying junho, 2012
narradora p.o.v
— 𝐕𝐎𝐂𝐄 está uma gracinha! — a morena sorriu e mordeu os lábios cheios de gloss.
Cole se olhou no espelho, para o terno que estavam comprando. Ele se sentia estranho e meio sufocado, mas não disse nada, ele queria agradar Summer e aquilo parecia ser importante para ela.
— Se cortar esse cabelo ficará ainda melhor — Mia, que estava sentada no sofá, opina após tirar o pirulito que chupava de sua boca.
— Parece que ele quer vomitar — Violet lhe dá um sorriso preocupado.
Cole achava conforto na garota, principalmente porque ela era da idade dele e parecia realmente disposta a ouvir o que ele tinha a dizer.
— Ele está bem — Summer passa a mão pelo cabelo do moreno e se posiciona ao lado dele — Coloca a mão em minha cintura — ela guia o braço do namorado e sorri — Vamos ser o casal mais lindo do baile.
O coração de Cole se torceu, ele interpretou isso como a admiração que tinha por Summer. Alguma coisa dentro de sua cabeça ficava feliz por deixar a morena satisfeita.
— Não concorda? — ela vira para Cole que assente na hora.
— Podemos ir no Starbucks e tirar fotos agora? — Mia bufa olhando o telefone.
— Sim! — Summer se desgruda do namorado e vira — O Cole paga!
Ele não questiona, apenas entra no provador e coloca seu moletom e jeans de volta. Ajeitando o cabelo perfeitamente, do jeito que Summer gosta, no espelho.
As meninas conversavam sobre maquiagem no caminho até o café, Summer ficava no colo de Cole no carro, o que não o deixava exatamente confortável, porém ele apreciava que Summer o incentivava a fazer coisas de casal.
— Cole, depois quer ir lá em casa me ajudar com o dever de matemática? — a morena passou a mão pelo cabelo dele e sorriu.
— Pode ser — ele sussurra.
Cole não ia muito na casa de Summer. Nunca havia conhecido os pais dela, nem ela os dele, ela vive dizendo que não entenderiam se soubessem deles dois. O moreno sempre imaginou que fosse por causa da diferença de idade, Summer estava certa.
E não é como se os pais de Cole tivessem tempo para prestar atenção se ele estava namorando alguém ou não. Estão muito ocupados com trabalho e cuidando de Camila para sequer perceber o que está acontecendo na vida de seu filho.
As meninas pediram bebidas cor de rosa no Starbucks e tiraram dezenas de fotos com elas. Cole ficou no canto, até que Summer o puxou para tirar uma foto beijando sua bochecha, sorrindo sem parar.
— Quer? — Mia oferece a bebida para ele — Tem vodka da minha mãe junto — ela ri olhando para o moreno.
Cole não bebia, digo, nunca bebeu na vida. E também não era uma coisa que ele desejava fazer, ele julgava ser novo demais para fazer isso.
— Não seja um tédio, bebe só um pouquinho, amor — Summer diz e entrega o copo para ele.
Cole, sem dar muita importância, decidiu beber. Sentindo o líquido queimar a garganta dele, ele fez uma careta que fez as meninas rirem. Summer o convenceu a beber mais alguns goles e ele decidiu não questionar a namorada.
Mia dirigiu eles de volta para a casa de Summer após algumas horas. O céu já escurecia e os dois cambaleavam meio tontos pelo álcool, subindo as escadas até o quarto de Summer. Ele nunca tinha entrado ali antes, Cole se sentou na cama grande e arrumada da morena.
— Qual a matéria que está com dificuldade? — ele pergunta a namorada que ri.
— Nenhuma, seu bobo — ela morde os lábios e tira a jaqueta jeans, jogando em um canto do quarto.
Cole franziu as sobrancelhas sem entender o porque de Summer ter mentido para ele. A morena tirou as botas marrons que usava no quarto escuro e ele ficou parado, confuso, sentado na cama.
— Você está gato demais hoje — ela pressiona seus lábios no de Cole.
Ele sentiu algo na sua barriga revirar, a namorada colocou os braços dele na sua cintura e continuou o beijo. Foi aí que a chave girou dentro do cérebro do moreno.
— Summer eu não sei se... — ele murmurou entre os beijos.
— Não se preocupe — ela se afastou devagar — Você me ama, não ama?
— Claro que sim. Mas... — ele foi interrompido pelo som do zíper de Summer abrindo.
— Eu também te amo — a morena, agora sem nada na sua frente, sorriu.
— Summer... — ele encarou os olhos dela.
— O que foi, hum? — Summer morde os lábios — Eu quero isso e sei que no fundo você também quer — ela sentou no colo dele e o moreno não soube o que fazer.
— Eu não sei se-se estou... pronto — ele estava gaguejando.
— Eu também não achei que estivesse na minha primeira vez — ela riu, passando o braço pelo pescoço dele — Vou estar bem aqui o tempo todo, vai ser ótimo, tá legal?
— Sum...
— Só tira o moletom, Cole — ela manda.
Ele não vê mais sentido em questiona-la, suas pernas estavam moles e cérebro intoxicados. Ele apenas puxou o moletom pela cabeça e torceu para que as suas marcas não fossem perceptíveis no escuro do quarto.
— Bom garoto — ela beijou ele de novo — Eu te amo.
As mãos de Summer desceram pelo corpo de Cole e encontraram o botão de suas calças jeans, o olhar do moreno se fixou no abajur em cima da cômoda logo atrás dela. Tentou prestar em qualquer outra coisa que não fosse o fato de ele estar sem camisa e Summer estar prestes a transar com ele.
— Eu te amo — ela disse ao colocar a mão dentro da calça dele.
A garganta dele fechou e ele decidiu não se mover e deixar que ela fizesse o que bem entendesse. Summer constantemente sussurrava o quanto amava ele, Cole sentiu seu coração contrair e doer em seu peito cada vez que essas palavras deixavam os lábios dela.
Cole chorou assim que Summer colocou os dedos em suas costas, procurando algum tipo de apoio enquanto ritmava seus movimentos. Ela segurava a mão de Cole em suas costas e beijava o pescoço dele, ele não fazia nenhum som. Summer sentiu as lágrimas dele caírem em sua pele, porém não fez nada.
Depois que acabou, o que pareceu uma eternidade, Summer ligou a luz e viu Cole. Ele inteiro, ela não conseguiu fazer nada mais do que rir, exageradamente.
— Não sei quem fez isso com você. Mas pelo menos tinham senso de humor — suas palavras eram amargas — Dá o fora, aberração.
E naquele momento, se não fosse pelas palavras ácidas de Summer, o som do coração do garoto quebrando poderia ter sido ouvido.
