Capítulo 4

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- Preciso comprar um spray de pimenta... - Digo arrumando minha bolsa pequena para sair.

Vou passar a andar com um spray de pimenta na bolsa, se algum dia, algum doido vier me atacar, o spray pode ser útil.

Ajeito minha bolsa e me olho no reflexo do espelho, que tenho pendurado na parede.

Visto um vestido preto curto, um salto alto preto e tenho meus cabelos soltos, passei um batom bonito, fiz uma maquiagem básica, e passei hidratante e perfume.

Meu vestido tem decote na frente, e é um pouco aberto atrás, meu cabelo vai tapar parte da tatuagem, é a primeira vez que vou sair com ela a mostra, quer dizer, se eu tirar os cabelos do caminho da pra ver, pois meus cabelos estão bem longos.

Coloquei brincos bonitos, uma gargantilha e fiquei linda.

- Vamos lá, Safira. Se socializar, se divertir, e quem sabe achar um negro bem lindo. - Falo abrindo um sorriso.

Pego meu celular, chamo um carro de aplicativo e desço. Vou em uma boate chamada Storm, pesquisei na internet, vi as fotos e comentários sobre a balada e é pra lá que eu vou.

Saio do meu prédio olhando o celular, meu carro chega em 2 minutos. Já anoiteceu e são 8 da noite, nem ferrando que vou muito tarde para a balada, estou sozinha e não quero voltar muito tarde pra casa.

Sei que a balada deve estar no começo, mas prefiro assim, não quero aturar gente bêbada, no início tudo é melhor, as pessoas estão lúcidas, o local não está lotado e posso olhar melhor as pessoas.

Estou ali aguardando e tenho uma sensação estranha de estar sendo observada. Olho ao redor e não vejo ninguém, há vários carros parados por ali, mas não vejo nada de anormal.

Espio para cima, para os prédios e também não vejo nada.

- Para de ser cismada, Safira. - Falo baixinho pra mim mesma, e meu carro chega.

Entro no carro com cuidado, pois não quero pagar calcinha. Uma mulher dirige o carro, e me sinto mais à vontade quando é mulher, mas infelizmente nem sempre damos essa sorte.

Vou batendo papo com a mulher, ela é espanhola e mora a 7 anos nos Estados Unidos. A conversa foi agradável e dei até um bônus em dinheiro para ela pelo aplicativo. Eu sou muquirana, mas não ao extremo.

Desci do carro, agradeci e fiquei feliz por ver que nem tinha fila pra entrar na balada. Havia umas moças na porta, mas a entrada foi rápida.

Entrei no local, e fui direto para o bar, pedi um drink sem álcool, e fiquei feito uma águia observando enquanto o moço fazia minha bebida. Fico com o cu na mão nessas situações, nunca se sabe quando algum filho da puta vai jogar drogas na nossa bebida.

O drink ficou pronto, agradeci e me sentei ali mesmo olhando o local. Ainda estava meio vazio, então tomei minha bebida e fui dançar, não sei dançar muito bem, mas me garanto.

Já tinha umas pessoas dançando e me divirto sozinha. Danço várias músicas e nesse tempo o lugar lota. Sinto fome e decido por ir comer algo. Não paguei 50 dólares de consumação pra beber só um drink sem álcool.

Vou para o bar e peço outro drink e uma porção grande de batata frita, com cheddar e bacon. Fico aguardando e assim que meu pedido chega, pego tudo e vou me sentar em uma mesa vaga, é uma mesa pequena com dois lugares, me sento e começo a comer minha batata.

Olho ao redor e tento ver se alguém me interessa. A música é alta, as pessoas conversam e vejo um negro lindo do outro lado do bar.

O homem é um gigante, deve ter uns 2 metros, tem os cabelos raspados, é extremamente forte e tem os olhos claros.

Ragnar um Terror de ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora