Capítulo 6

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- Dor... - Sussurro sentindo dor na minha perna.

Ouço a sirene de uma ambulância e acho que estou deitada.

- Safira! Eu estou aqui... vai ficar tudo bem... eu prometo... - Escuto a voz chorosa de Ragnar.

- Senhor se afaste, ela está em choque... - Escuto a voz de um homem.

- Tempo de chegada 3 minutos. - Escuto a voz do outro homem.

- A dor vai passar, fique calma. - Escuto a voz de uma mulher.

- Ragnar... tira o cachorro... - Peço com medo.

- Amor, você está na ambulância, sua perna está machucada... eu estou aqui com você... - Ragnar fala novamente parecendo choroso.

Aos poucos sinto que a dor vai diminuindo, mas me sinto um pouco sonolenta.

- Chegamos. - Escuto alguém falar e a sirene para de tocar.

- Ragnar, não deixa tirarem minha perna... eu vou perder minha perna... - Peço me dando conta que posso perder a perna, isso se já não perdi.

Tento olhar minha perna, mas estou presa na maca da ambulância.

- Não vou deixar, sua perna vai ficar bem... - Me tiram da ambulância e escuto acho que os socorristas falando com o médico, mas só sei chorar.

Não presto muita atenção no que falam, mas a maca se move e do nada escuto Ragnar berrar.

- ELA É MINHA ESPOSA, CARALHO! VOU ENTRAR E PRONTO. - Ele berra e começa um reboliço.

- Minha perna... - Balbucio pensando como vai ser minha vida usando uma prótese, se alguém invadir meu quarto enquanto eu estiver dormindo, como vai ser? Não pode dormir de prótese, eu acho. Como vou correr e me defender?

- Safira Abels, ela tem 23 anos. - Escuto um homem falando, acho que é o homem da ambulância.

Fico pensando um monte de merda sobre a amputação da minha perna, até que uma senhora me tira dos meus pensamentos catastróficos.

- Safira, eu sou a Doutora Müller, você está sendo medicada e vou analisar os danos da sua perna, tente ficar calma... você tem alergia a algum medicamento? Toma algum medicamento? - A mulher de olhos azuis marcantes pergunta.

Falo que não e ela vai olhar a minha perna.

- Eu tô aqui, amor. Fica calma... eu tô aqui... - Ragnar diz pegando minha mão e beijando minha testa.

- A minha perna foi arrancada? - Pergunto chorando.

- Não, amor. Sua perna está machucada, eu juro que você não vai perder a perna. Eu prometo. - Ragnar diz e cola seu rosto ao meu.

Fecho os olhos e Ragnar começa a orar em voz alta. Ele fica orando até que a Doutora Müller meio que o interrompe.

- Vamos fazer um raio-x, aparentemente não atingiu o osso nem alguma artéria importante. Depois do raio-x, se estiver tudo certo vamos limpar o local e suturar. Vai ser uma sutura grande, já anestesiei o local. Acredito que vão ser mais de 30 pontos. Eu preciso de informações sobre o animal que a atacou, se o cão é vacinado e coisas do tipo. - A Doutora diz.

- Eu... eu vou chamar meu pessoal pra entrar em contato com o canil. Ela vai ficar bem? Ela precisa ficar bem, Doutora. Se for preciso eu dou minha perna pra ela. - Ragnar diz passando a mão nos olhos para limpar as lágrimas.

- Calma, ela não vai precisar de amputação, mas eu preciso de informações sobre o cão. No momento ela está estável, não há hemorragia, mas preciso fazer o raio-x, vamos rápido. - A médica diz e me sinto aliviada, minha perna não vai ser amputada.

Ragnar um Terror de ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora