Capítulo 37

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- Estou ansiosa. Meu pai é um bom homem. - Comento com Keira e com Gail, estou com Christian no colo, meu bebê segura um elefantinho de plástico e está distraído.

- Eu achei o seu pai bem jovial. - Gail diz com uma cara engraçada.

- Papai já passou dos 55, mas está com tudo em cima. Depois de conversar com ele ontem, percebi que ele é muito sozinho, só vive pra trabalhar. Na minha opinião ele deveria arrumar uma namorada, uma companheira. - Digo olhando para Gail, ela e meu pai combinam.

- Nessa idade da gente é difícil fazer essas coisas de namoro. - Gail diz abrindo um sorriso tímido.

- Gail, você está ótimo. Tem mais experiência de vida que todos nessa sala. - Falo a fitando, ela está dando água para Samuel.

- Eu também acho. E esse negócio de namorar é difícil em todas as idades. Ontem eu fui ao mercado e um homem bonito chegou em mim, ele perguntou se eu sabia qual lenço umedecido era melhor, ele ia comprar 50 pacotes de lenços, 50 de fraldas e 50 pomadas, tudo era pra fazer doação. Eu fiquei tão nervosa, que gaguejei, e comecei a falar de menstruação, sério! Não sei o que deu em mim, mas me enrolei toda e passei vergonha. - Keira diz abrindo um sorriso tímido.

- Esses dias eu recebi uma cantada de um Senhor, ele tinha uns 70 anos, perguntou se eu queria ir no bingo com ele, na hora fiquei tão sem jeito, e no desespero disse que eu não podia, falei que eu era sapatão e que gostava de beijar mulher idosa. O homem me olhou como se eu fosse uma louca, mas foi a primeira coisa que me veio à mente. Ele era muito velho. - Gail diz e começa a rir.

Damos risada e vejo Amanda dando um gritinho, a Angel está puxando a meia de Amanda, que só sabe rir.

- O Ragnar foi bem direto comigo. Parando pra pensar talvez seja melhor homens mais diretos. - Falo pensando na situação toda.

- Não sei se isso daria certo comigo. Se um homem chegar em mim falando que quer me namorar, eu acho que nem saberia o que responder. - Gail diz pensativa.

- Eu tenho medo de homem atirado, a sensação que dá na hora que eles chegam falando certas coisas, é que a alma tá saindo do corpo. Dá um medo. - Keira diz e rimos novamente.

Amália abre um sorrisinho e dá risada, já Olívia está concentrada em cutucar o olho da bonequinha de pano, que segura.

- Independente de tudo, todos merecem um amor. Eu espero que meu pai encontre alguém especial. - Espero que ele seja feliz.

- Falando em especial, o Afonsinho pegou outro brinquedo... - Gail comenta e espio Afonso.

Ele às vezes pega os brinquedos das crianças, e esconde atrás do sofá. Ele faz tudo disfarçadamente. Primeiro chega perto do brinquedo e senta ao lado, ai ele fica ali fingindo que não quer nada, faz sua cara de paisagem, e quando ninguém está olhando, ele pega o brinquedo e vai esconder.

- Esse Afonsinho não tem jeito. É tanto ciúmes que eu nem sei mais. - Falo espiando Afonso sair de trás do sofá, ele tem sua cara de paisagem e quem vê pensa que ele não está fazendo nada demais.

Christian se move e está colado em mim, sinto seu cheirinho gostoso e dou umas fungadas no meu bebê, que da risada.

Meus bebês almoçaram, tiraram uma soneca, acordaram, comeram fruta e demos banho em todos.

Ficamos na sala de TV, até que o Sr. Angus avisou que meu pai chegou.

- Vamos lá na porta receber o vovô? Vamos? - Falo animada para Christian que ainda está no meu colo.

Afonso e Angel vem comigo, e Gail e Keira ficam com meus outros bebês.

Abro a porta da sala e vejo meu pai abrindo o porta malas do carro, ele puxa uma caixa gigante, e um dos seguranças chega ao lado dele.

Ragnar um Terror de ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora