Nos aproximamos da porta e resolvo ir logo abrindo, me sinto ansiosa e não vou ficar fazendo doce.
Abro a porta e vejo meu pai, ele caminha para a direção da porta e fico emocionada. Meu pai não mudou nada! Seus cabelos castanhos claro, seus olhos azuis, seu rosto, ele está mais maduro, mas não mudou em nada.
Vejo meu pai também se emocionando, e quando ele chega na porta não consigo dizer nada, só o abraço.
- Eu sinto muito... - Meu pai diz me abraçando
- O Senhor sumiu... - Falo chorando.
Ficamos abraçados chorando, e percebo que eu senti falta dele, do abraço dele.
- Eu sinto muito, eu perdi a cabeça. Fiz tudo errado com você. - Meu pai diz quando nos afastamos.
- Vamos conversar. Entra pai. - Peço e ele assente, então apresento Ragnar. - Esse é meu marido, Ragnar Haskel, eu me casei... - Falo abrindo um sorriso.
- Abels, Elyas Abels. - Meu pai diz dando a mão para cumprimentar Ragnar.
- Haskel, Ragnar Haskel. - Eles se cumprimentam de maneira formal.
Nos Estados Unidos é normal se cumprimentar assim, falando primeiro o sobrenome.
- Entra pai, vamos ali na sala. - Digo e vejo Angel e Afonso vindo até nos, eles cheiram os pés do meu pai, que se abaixa e faz um cafuné nos dois, então Afonso da um chorinho olhando para o meu pai.
- O Afonso é meio dramático, ele anda com muito ciúmes ultimamente, ele se comporta como um bebê, agora o ciúmes ambulante quer colo. - Digo e meu pai pega Afonso.
- Eles são simpáticos. - Meu pai diz abrindo um sorriso, já Afonso se comporta como se já conhecesse meu pai, pois está no seu colo sem nem entranhar nada.
Angel volta para a sala de TV e entramos para sala de estar. Meu pai passa os olhos nos quadros da parede e abre um sorriso emocionado.
- Eu vi essa foto... foi a foto que me trouxe aqui... - Meu pai diz olhando para a minha foto e de Ragnar, é a foto do nosso casamento, estamos vestidos de noivos.
- O senhor viu o jornal? - Ragnar pergunta curioso. Quando Ragnar publicou no jornal que era pai de quíntuplos, a foto que ele escolheu foi a do nosso casamento.
- Sim, eu guardei o jornal em casa. Eu não sabia se seria bem vindo, demorei meses para decidir se procurava a Safira. - Meu pai explica enquanto lágrimas escorrem pelo seu rosto.
- O senhor está aqui na Pensilvânia a muito tempo? - Meu pai foi para a Noruega depois que se separou da minha mãe, imaginei que ele estava lá.
- Tem um ano. Estou trabalhando no Pennsylvania Hospital. - Meu pai diz e faz uma careta olhando para o outro quadro, no caso da vasectomia de Ragnar. - Aquilo é um "canal deferente"? É uma vasectomia que se religou? - Meu pai diz cerrando os olhos.
Um leigo não ia entender nada do quadro, mas meu pai é médico, ele tem várias especializações, então nem fico surpresa por ele entender o quadro.
- Sim, são as bolas do Ragnar. Ele fez vasectomia a uns anos, ai o canal se religou, ele me engravidou, e ficamos em pé de guerra por uns memes, então eu tive nossos bebês, e fiz questão de enquadrar o ultrassom que o Ragnar fez, assim ele olha todos os dias para o quadro e aprende a nunca mais suspeitar de mim, ele achou que tinha sido traído. - Falo dando os ombros.
- Safira! - Ragnar diz exasperado.
- Meu Deus, esses são eles? Eu... eu... - Meu pai diz se aproximando do outro quadro gigante que está na outra parede, o quadro dos meus cinco bebês.
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Ragnar um Terror de Chefe
عاطفيةRagnar Haskel é um homem amargurado pelas feridas do seu passado. Arrogante, irredutível e um tremendo babaca definem a personalidade desse chefe. Mas o que ele não esperava é que Safira Abels ia surgir no seu caminho. Paciente, esperta e linda, Saf...