Capítulo 10

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Minha tarde passou tranquila, a Sra. Donna trouxe um lanchinho pra mim no meio da tarde. Ragnar me ligou duas vezes, e consegui trabalhar bem com Tyller. Uma hora antes do expediente acabar não tinha muito o que eu fazer, Tyller ia cuidar de um documento que precisava ser revisado e meu expediente foi encerrado.

Desliguei o notebook e olhei ao redor pensando no que fazer. Pensei um pouco e decidi por fazer um bolo, deu vontade e acho que Ragnar vai gostar.

Peguei minhas muletas e fui para a cozinha.

- Olá. - Digo sentindo um cheiro gostoso. A Sra. Donna está mexendo um molho na panela, parece bom.

- Vou fazer bife a parmegiana para o jantar. - Ele diz animada e continua. - Quer que eu prepare um lanchinho? Está com fome? Como vai sua perna? - Ela pergunta me fitando.

- Não, obrigada. Eu não estou com fome. Minha perna está bem, na hora do banho o Ragnar vai trocar o curativo e vou ver como estão os pontos. - Explico.

- Você precisa repousar. - Ela fala e assinto.

- É que eu queria fazer um bolo para o Ragnar. Posso fazer sentada, mas eu preciso de uma ajuda. - Digo me perguntando se não estou sendo inconveniente.

- Eu te ajudo. O Ragnar vai gostar do bolo. Ele precisava de alguém como você. Depois das desilusões que ele sofreu ficou muito solitário. - A Sra. Donna diz e assinto.

- O Ragnar parecia uma bomba até dias atrás... - Começo a contar minha vida para a Sra. Donna, e acabo falando dos meus pais, e dos chifres que levei.

Ela me ajuda, e até pega o meu caderninho de receitas que estava na minha pasta dentro do closet.

- Quando meus pais estavam juntos, eu fazia muito esse bolo com a minha mãe. - Falo despejando a massa na forma, eu bati a massa na batedeira.

É um bolo de chocolate, que vou colocar brigadeiro por cima, a Sra. Donna disse que tem sorvete de creme no freezer, vai ser bom para comer com o bolo, acho que Ragnar vai gostar.

- Receita de família é sempre bom. Eu tenho algumas. Minha mãe fazia uma torta de mirtilo deliciosa. Ela foi me passar a receita no fim da vida. - A Sra. Donna diz parecendo saudosa.

Vamos batendo papo e ela vai me ajudando. Colocamos o bolo no forno e expliquei o que era brigadeiro, pois a Sra. Donna não conhecia.

Ela montou o bife à parmegiana, e depois fez o brigadeiro pra mim. Eu tinha uma latinha de leite condensado, no meio das coisas que vieram do meu apartamento, e deu tudo certo.

- Se for pra enrolar e fazer docinhos ele precisa ficar um pouco mais de tempo, até desgrudar do fundo da panela, mas como é pra cobertura está bom. Agora só precisa adicionar uma caixinha de creme de leite, pra ficar mais cremoso. - Explico.

O bolo fica pronto e o brigadeiro também. A Sra. Donna me ajuda e desenformamos o bolo. Faço vários buraquinhos no bolo e jogamos o brigadeiro por cima. A Sra. Donna provou o brigadeiro e adorou.

- Depois a senhora prova o bolo, e leva para o Sr. Angus, e para os seguranças. Eu acho que todos vão gostar, esse bolo fica bem fofinho. - Falo fitando o bolo que ficou bem bonito, fizemos na forma com buraco no meio, e ficou ótimo.

A Sra. Donna diz que vai provar e escuto uns barulhos do lado de fora, acho que é Ragnar.

- Vou ir lá na sala pra esperar o Ragnar, acho que ele chegou. - Falo me levantando e agradeço a Sra. Donna pela ajuda, ela fez quase tudo. Sem ela ia ser difícil eu fazer o bolo.

Com cuidado vou para a sala, e fico espiando a porta de entrada. A porta se abre e Ragnar me olha preocupado.

- Amor, de pé? Você pode se machucar. - Ragnar diz vindo até mim apressado.

Ragnar um Terror de ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora