Capítulo Sete

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Meu último sentimento me fez sentir que eu nunca mais tentaria de novo

Mas quando eu vi você

Eu senti algo que nunca tinha sentido

Chegue mais perto

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Era tarde, ela tinha ciência disso. Também era muito inadequado para qualquer cultura, mas ela não estava com tempo ou empolgação para se vestir adequadamente antes de bater a porta dele no meio da madrugada.

— Sr. Min — Ji Eun bateu na porta com insistência. Não queria invadir e também não queria que Jungkook acordasse no meio da noite e a visse batendo na porta de seu melhor amigo. Se sentia uma traficante prestes a entregar um pacote de cocaína.

Ela finalmente ouviu o barulho das molas da cama e suspirou de alívio quando os passos se aproximaram da porta. Yoongi abriu a porta com cara de poucos amigos. Nenhuma novidade. 

Ele a olhou dos pés a cabeça como se ainda estivesse tentando acordar. Os cabelos estavam bagunçados e o rosto marcado do travesseiro.

— Ji Eun? — ele olhou para dentro do quarto confuso e em seguida voltou a encará-la — São duas e trinta da manhã!

— Não tinha forma de falar com o senhor sem o Jungkook ver — disse ela olhando em volta no corredor. Yoongi notou que ela segurava algo nas costas com nervosismo e esfregou o rosto se perguntando se era uma boa ideia deixar ela entrar em seu quarto.

Por fim ele concluiu que era homem suficiente para levar aquilo pelo lado platônico e abriu passagem apontando o interior do cômodo. Ela correu para dentro rapidamente e esperou que ele fechasse a porta para se virar e exibir o envelope. Cinza, com um logo que exibia uma flor-de-liz vermelha e uma balança. Oh, malditos.

Ele se aproximou às pressas e puxou o envelope das mãos de Ji Eun.

— Isso chegou essa semana — disse ela movendo os dedos com nervosismo — Namjoon sempre separa a correspondência, mas eu estava estendendo os lençóis quando o carteiro chegou e me pediu para assinar que tinha recebido. 

Ela engoliu seco vendo Yoongi revirar o envelope de um lado para outro com um olhar nada feliz. 

— Eu sei que é errado, Sr. Min, mas eu abri e li — ela disse num sussurro, aguardando a repreensão dele.

 Mas Yoongi apenas manteve os olhos cravados no documento. Ele puxou o pequeno maço de folhas de dentro do envelope já aberto e rolou os olhos rapidamente pela primeira página. Ele passou a mão livre pelos cabelos sentindo seu corpo todo amolecer de pavor. Ji Eun notou seu desespero e ficou calada.

Yoongi rosnou baixo enraivecido e se afastou dela levando a mão em punho até a própria boca.

— Filhos da puta — ele disse alto suficiente para ela ouvir.

— Eu não entendo sobre isso, mas pelo que pesquisei na internet é bem ruim — disse Ji Eun mordendo o lábio com nervosismo.

Yoongi se virou de repente e marchou até ela com um olhar perdido e desesperado. Ele chegou tão próximo que Ji Eun cambaleou para trás um passo ao ver as pupilas dele dilatando tão de perto.

— Mais alguém viu isso? — ele perguntou. Ela negou com a cabeça.

— Eu escondi no meu quarto, pensei em entregar ao Jungkook, mas depois do que aconteceu na quarta-feira decidi que isso não seria boa ideia — disse ela — Você foi o único pra quem eu podia contar.

Quando A Primavera Chegar - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora