Capítulo Quinze

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Porque nos apaixonamos tão fácil?

Mesmo quando isso não é certo

Porque onde há desejo 

Haverá uma chama

Onde houver uma chama 

Alguém estará sujeito a se queimar

Mas só porque se queima não significa que vá morrer

Você tem que se levantar e tentar

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Park Jimin era um homem preparado e organizado, portanto ele literalmente criou uma planilha com seu plano para passar o fim de semana com o mínimo de contato possível com Jungkook.

Ele sabia que evitá-lo por completo seria impossível, portanto lhe restava a alternativa de falar com ele utilizando unicamente seu lado advogado desapegado que  faria perguntas ao seu cliente.

O que talvez não fosse tão fácil de cumprir na prática.

— Você não foi ainda? — Jungkook perguntou assim que ele entrou na cozinha. O que foi uma grande decepção para Jimin, já que ele podia jurar que sua planilha detalhada com os horários do moreno estava 100% correta e naquele horário ele estaria no banho. Era sexta-feira e tudo já tinha ido pelo ralo.

Mas não estava. Jungkook estava sentado em um dos banquinhos da bancada o olhando enquanto folheava o que parecia ser uma revista e bebia uma xícara de café.

"Seja profissional, não demonstre fraqueza". Jimin disse isso a si mesmo.

— Vou ficar aqui esse final de semana, tem problema? — Jimin perguntou andando tranquilamente até a geladeira.

— Nenhum, só pensei que estivesse sozinho. Você me assustou — disse Jungkook com um sorrisinho levando a xícara até a boca. Jimin abriu a geladeira e observou todas as pequenas tigelas de vidro cheias de comida. Seu estômago roncou, mas ele se recusava a jantar com Jungkook, por isso apenas agarrou uma garrafa de água e fechou a geladeira.

— Desculpe — o loiro disse voltando — Tenho muito trabalho a fazer e por isso decidi não perder tempo.

— Como está o braço? — Jungkook perguntou. Jimin teve que parar onde estava e voltar, o que foi frustrante. "Estava tão perto da porta". Ele respirou fundo e se aproximou da bancada, apoiando nela enquanto olhava para o moreno.

"Por favor, para de puxar assunto". Jimin implorava e olhava para Jungkook esperando que ele de alguma forma lesse seus pensamentos.

— Está ótimo, tomei todos os remédios e acho que já me sinto melhor — disse Jimin puxando a manga do moletom e exibindo o pequeno curativo que cobria apenas as marcas da picada. O braço havia perdido a aparência avermelhada e a pele estava quase normal novamente — Acho que vai ficar uma marca, mas tudo bem. Ninguém vai ver.

Jimin passou o indicador na própria pele em volta do curativo. Ainda doía quando apertava, ou quando movia o braço muito rápido, mas ele preferiu não comentar isso. Ele ergueu a cabeça e olhou o moreno que o estava encarando. Como sempre fazia. O tempo todo. Ele pigarreou na tentativa de chamar de Jungkook a realidade antes que ele mesmo saísse da realidade e Jungkook se assustou.

— Seu irmão não gosta de mim — ele disse pegando a xícara e grudando os olhos na revista para evitar contato visual. Jimin fez uma careta e moveu a cabeça em sua forma de dizer que não era verdade, mas também não era mentira — Ele ficou me olhando como quem queria me matar.

Quando A Primavera Chegar - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora