Quando A Primavera Chegar - Jikook

Capítulo Dois

Esse mundo pode te machucar

Te cortar profundamente e deixar uma cicatriz

As coisas desmoronam, mas nada quebra como o coração

E nada quebra como o coração

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A casa era tão linda por dentro quanto por fora. Talvez fosse ainda mais linda lá dentro.

Assim que Jimin passou pela entrada, acompanhando Yoongi de perto, ele foi recebido por uma entrada ampla com um lustre enorme. Já havia percebido que Jeon Jungkook tinha certo fetiche por lustres enormes de cristal que podiam pagar por uma um iate.

Seus olhos demoraram a deixar a decoração e se focar nas três figurar que o aguardavam. Dois homens altos e elegantes usando roupas casuais e uma mulher pequena, com cabelos pretos bem lisos e um macacão vermelho.

— Sr. Park, esses serão seus colegas de casa — disse Yoongi levando ambas as mãos as costas.

— Muito prazer — Namjoon foi o primeiro a dar um passo a frente e apertar firme a mão do loiro. Jimin sorriu gentil — Sou Kim Namjoon, o mordomo.

Jimin tinha que parar de assistir tantos filmes, sua mente tinha uma imagem muito diferente de um mordomo. Com um smoking, nariz empinado segurando uma bandeja de prata e uma toalha pendurada no antebraço.

— Meu nome é Kim Seokjin, mas me chame de Jin — disse o outro lhe apertando a mão assim que o outro soltou. Jimin se sentiu intimidado, o padrão de beleza para trabalhar naquela casa era alto demais pelo visto — Sou o cozinheiro.

A mulher apenas se curvou muito rápido.

— Sou Lee Ji Eun, a faxineira — disse ela com um sorriso que exibia bem seus dentes brancos e perfeitos.

— Park Jimin — ele disse tocando o próprio peito.

— Eu preparei seu quarto, Sr. Park — disse Ji Eun — Posso levá-lo para que possa se instalar.

— Preciso pegar minhas malas — disse Jimin.

— Jin e eu cuidamos disso, pode seguir Ji Eun e conhecer a casa — disse Namjoon.

Jimin não lembrava da última vez que alguém havia demonstrado tanto interesse em seu bem estar. Normalmente ele era o burro de carga ou o idiota que fazia favores. Foi uma sensação nova.

— Aigoo, vocês me fazem sentir como se fosse importante — Jimin deixou escapar. Jin riu.

— Todos somos, Sr. Park — disse Jin.

— Venha, vou mostrar seus aposentos — Ji Eun se prontificou novamente e Jimin assentiu começando a segui-la.

— Vem, Yoon, vamos pegar as malas — Jin disse dando um tapinha no ombro do menor. Yoongi apertou a chave contra o peito dele.

— Podem ir, dobro o salário de vocês esse mês se conseguirem fazer isso sem arranhar a pintura — disse Yoongi antes de se apressar nas escadas atrás de Ji Eun e Jimin. 

O loiro olhou sobre o ombro assustado quando Yoongi surgiu em seu encalço.  Aquele homem surgia do nada. Jimin olhou para as paredes, cobertas com pinturas que no mundo dos ricos deveriam valer milhões. Ele seguiu a garota em completo silêncio, sob o olhar crítico do homem de cabelo azulado.

— No terceiro andar ficam nossos aposentos — disse Ji Eun — Jungkook…

Yoongi pigarreou violentamente. Ela respirou fundo com impaciência e lhe lançou um olhar que assustaria qualquer um. Jimin se sentiu em meio a dois tigres sedentos de sangue.