Porque eu sei como é ser alguém
Como é ser alguém que perde o rumo
Você está procurando respostas em um lugar desconhecido
Você precisa da conexão, mas não consegue se aproximar
Você sabe que pode me chamar se precisar de alguém
Eu preciso que você aguente firme
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Seo Jae Sang. Dono de uma empresa de telecomunicações muito influente e rica. Um homem ganancioso e tipicamente fútil, do tipo que negligencia a filha e depois quer justiça por sua morte.
Yoongi tinha nojo dele. Nojo talvez não fosse uma palavra muito apropriada, mas era a que mais se aproximava para descrever a repulsa que sentia a mera menção do nome dele. E a esposa podia ser pior que ele, uma cobra legítima.
Ele tratou de ser respeitoso e se curvou quando os dois chegaram, mas teve que se controlar muito para não fazer ambos engolirem o arranjo espalhafatoso que estava no centro da mesa.
— Como vão seus pais, Sr. Min? — perguntou Min Ji, a mulher que tinha mais maquiagem no rosto do que tinha nos estoques Innisfree. O Min respirou muito fundo antes de sorrir rapidamente.
— Muito bem, mas acredito que não estejamos aqui para falar de mim ou dos meus pais — disse Yoongi com um olhar decidido jogando os papéis sobre a mesa. O restaurante estava quase vazio, de forma que ninguém ligaria se ele erguesse um pouco o tom de voz — Que palhaçada é essa?
Os dois olharam as folhas com desprezo e em seguida olharam bem nos olhos dele com total desinteresse que fez Yoongi considerar se uns anos de cadeia por homicídio seriam tão ruins.
— Se eu fosse você diminuiria o tom de voz, pirralho — disse a mulher com um sorriso falso no rosto enquanto olhava em volta para se certificar que ninguém estava mantendo o foco neles.
— E se eu fosse vocês pensaria muito antes de mexer comigo — Yoongi disse.
— Sr. Min — disse Jae Sang apoiando os cotovelos na mesa e unindo as mãos — Tudo que você leu nesses papéis é a mais pura verdade. São os fatos do que aconteceu, por mais que sua amizade com o Sr. Jeon o esteja cegando.
Yoongi segurou um palavrão, fechou a mão em volta da faca e permaneceu inexpressivo.
— Jungkook nunca levantou um dedo para Dahye — disse Yoongi com a voz mais calma que conseguia usar — Ele sempre tratou ela como uma rainha. Toda essa ladainha sobre abuso psicológico, forçar ela a largar a carreira por ciúmes e ter literalmente agredido ela é uma tremenda mentira. Chega a ser tão absurdo que nem em um dorama isso não aconteceria.
— Temos provas — disse Min Ji levando a taça de champanhe a boca.
— Mostre — Yoongi desafiou entredentes.
— No tribunal você verá assim como todos — disse Min Ji.
— Eu sei que vocês estão atrás de alguma coisa — disse Yoongi — Então digam logo. Se bem que nem imagino o que mais possam querer. Jungkook renunciou tudo que Dahye deixou pra ele no testamento, a única coisa que ele ainda tem é a casa que ele mesmo deu pra ela.
Os dois se olharam como dois cúmplices. Yoongi se sentia impotente e fraco, apesar de seu rosto se mostrar impassível e seu tom de voz ser calmo a ponto de irritar.
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Quando A Primavera Chegar - Jikook
RomancePark Jimin: o simpático e sorridente advogado que ficou desempregado por um mal entendido e precisa urgentemente de um emprego para manter seu apartamento e os estudos do irmão mais novo. Jeon Jungkook: o recluso e enigmático CEO de uma editora que...