Capítulo 31

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Oiiiiie, tudo bem?

Como foi o dia de vocês? Espero que bem. Me desculpem o atraso hoje.

Booooa leitura ♥️

✨✨✨

Lyra

Meu rosto ainda queimava quando eu voltei ao quarto. Para ser bem mais específica, era como se eu tivesse atravessado até lá. Assim que todos terminaram o jantar e suas conversas eu subi correndo. 

Sim. 

Subi correndo até o meu quarto. Acho que antes de sair, pude escutar Azriel murmurando alguma coisa, mas eu estava envergonhada demais. Não consegui encará-lo agora. 

Notei que os treinamentos com Cassian estavam fazendo efeito. Já que subi todos os degraus da escada correndo. E confesso que fiquei surpresa que minhas pernas não doíam e nem tremiam mais. Ou era só a vergonha que tinha anestesiado todo o meu corpo.

Assim que entrei fiquei encostada à porta por uns instantes. Relembrando todos os diálogos que acabara de acontecer. E principalmente a minha olhadela desavergonhada.

Durante o jantar todos fizeram piadas sobre envergaduras e como elas correspondiam ao tamanho de uma "parte específica" dos illyrianos. Acho que meu cérebro estava meio adormecido ou o vinho que me deixou mais lenta.  Mas eu demorei alguns segundos para entender do que se tratava e quando eu entendi…

Pela mãe…

Alguém que estava devidamente no controle de toda sua capacidade física e principalmente no controle de sua capacidade mental. Teria apenas se divertido com a conversa. Uma risada e um comentário debochado. E talvez implicar mais algumas vezes com Cassian. Mas ao invés disso eu engoli seco e senti o meu corpo todo tremer quando meus olhos vagaram por seu corpo até encontrar as asas de Azriel. 

Eu não sei por quanto tempo as encarei. E não sei o que fiz exatamente, mas foi como se meu corpo não respondesse a nenhuma ordem que meu cérebro fizesse. Eu já olhei para aquelas asas algumas vezes. Várias, pra ser mais específica. Eu podia dizer, de olhos fechados, algumas cicatrizes que existiam ali. 

Levei minhas duas mãos até minhas bochechas. Elas estavam pegando fogo. 

Eu suspirei. 

— Pela Mãe, Lyra...- falei a mim mesma ainda segurando as bochechas vermelhas. – Como você encara as asas logo após ouvir sobre as envergaduras? 

Eu estava incrédula pela minha curiosidade traidora. Mas ao mesmo tempo não conseguia pensar em como eram enormes.

Eu suspirei de novo e bati as mãos em minhas pernas. 

— Que o caldeirão me ferva...- Depois de refletir um pouco- vou tomar um banho...e gelado.

Não tive muito tempo. No segundo seguinte pude sentir a presença de Azriel cada vez mais próxima do quarto. Segundos depois senti o seu cheiro. Pela mãe! Como eu gostava de sentir aquele cheiro. Névoa gelada e cedro. Respirei fundo e voltei a horas atrás onde meu corpo estava colado ao dele. Eu podia ouvir o coração e sentir os músculos rígidos me envolvendo. Eu me deliciei por uns minutos e pensei em como aquelas sensações eram novas. E como era bom me sentir extasiada por elas.

Batidas na porta me interromperam e suspirei quando percebi que no que eu estava pensando. 

— Oi…– falei ao abrir a porta e agradecendo por estar escuro e ele não notar as bochechas rosadas.

— Oi, eu quase fui embora. Pensei que já estivesse dormindo.

Ele fala da porta. Com os olhos fixos em mim. A postura elegante e as mãos dentro dos bolsos da calça. Como já era tarde, Azriel agora tinha as mangas da sua camisa dobradas até a altura dos cotovelos. Revelando a pele bronzeada e os braços definidos. A camisa estava um pouco amarrotada e os primeiros botões estavam desabotoados. 

Corte de Sombras e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora