8. Pulsação Acelerada

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Na semana seguinte eu acordei me sentindo cansada. Fiz minha higiene e desci pra tomar café, a mesa do café nunca foi tão silenciosa antes. Fui pro colégio pensando nos acontecimentos que teve na casa do Bradon, no beijo... senti uma fornicação no baixo ventre. De tudo o que Augusto falou e fez de ruim, eu ainda conseguia me lembrar de quando ele disse que cuidaria de mim, e ele cuidou mesmo. Não me deixou chegar em casa caindo de bêbada e nem tarde da noite, ele me mandou embora porque sabia que eu podia estar ainda mais encrencada se não fosse aquela hora. Avistei Rachel e Yanna no portão do colégio me esperando.

- Garota, me conta tuuuudooo!! - Yanna veio eufórica pra cima de mim, quase me derrubando. - Caramba, tudo acontece logo no final de semana que tive de ir a Europa, mas foi bom, consegui trazer presentes para vocês duas.

- Agradeço a generosidade, Yan - eu disse carinhosamente.

- Agora vai, sua vez de contar o que rolou, Rachel já me falou a parte dela, a garota colocou uma ferradura na porta do quarto dela, porque só assim pra ter tanta sorte! O BRANDON? Sério, essa eu não esperava.

- Ei, eu também sou grande coisa, tá? - Rachel a cutucou, e então fez uma cara triste. - E não é como se a gente estivesse namorando, na verdade, nem sei se ele vai olhar para minha cara aqui no Colégio.

- Se ele não olhar eu mesma chuto o traseiro dele. - eu disse fechando a cara. Elas riram me olhando e Yanna deu um tapinho no meu braço.

- Quando é que você começou a lutar MMA, Garota?

- Enfim, sobre o fim de semana, eu vou te contar tudo no intervalo, não podemos nos atrasar pra aula.

- Você não vai fazer isso comigo, Joana, eu esperei esse tempo todo, até roí as unhas. - ela mostrou a mão pra gente. Nosso papo parou quando Brandon veio sorrindo na nossa direção e colocou o braço em volta do pescoço da nossa Rachel, deixando três pares de sobrancelhas erguidas.

- Bom dia, meninas. - ele disse.

- Agora você também fala comigo? - impliquei.

- Não se sinta especial, vim por causa da Rachel, vamos? - ele saiu puxando ela, que ficou vermelho e acenou pra gente.

- Que moleque atrevido!

- Amiga, você tem mesmo muito o que me contar. - Yanna segurou minha mão e entramos na sala de aula.

No caminho pra casa eu dei risada lembrando de como Yanna quase caiu pra trás com as coisas que contamos pra ela no intervalo, e disse que Augusto não era flor que se cheire. Concordei com ela, mas não vou mentir que estou ansiosa para vê-lo novamente. Ela nos entregou umas pulseira que trouxe de um evento que foi lá, eram lindas. Depois de chegar em casa e almoçar, me arrumei para a aula de piano, vesti um suéter verde e uma saia de prega branca, coloquei um colar de pérolas e me olhei no espelho.

- Talvez eu devesse pintar o cabelo de preto, eu sempre achei essa cor muito bonita. - falei para mim mesma enquanto ajeitava as ondas do meu cabelo, jogando todo para as costas. Decidi que pediria permissão hoje aos meus pais, eles me achariam louca, mas eu precisava tentar. Desci a escada guardando meu celular dentro da minha bolsinha preta, lá fora George já me esperava com a porta do carro aberta.

- Pronta, Senhorita? - ele se curvou um pouco, brincando.

- Sim, Senhor. - eu sorri para ele e entrei no carro.

Não demoramos a chegar na mansão Dickinson e ela já abriu a porta assim que saí do carro. Ela sempre sabe que chego pontualmente, nunca tinha me atrasado e isso só me fez pensar o quanto minha vida era um tanto pacata.

- Você está linda, minha querida. - ela me elogiou e eu sorri agradecida, eu me vestia no mesmo estilo sempre, mas fiquei feliz com seu elogio da mesma forma. A Senhora Dickinson sempre esbanjou essa alegria por onde quer que ela passasse e eu me sintia muito feliz por ter tido a honra de estudar música com ela. - Eu tenho uma surpresa!

Seu Sorriso é Meu Ponto Fraco (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora