12. Inocência

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         Faltei a aula no Colégio e a aula de piano na quinta e na sexta. Mesmo eu não querendo ir, na sexta minha mãe me levou ao médico, meus pais estavam preocupados com a minha indisposição. O médico disso que eu estava começando uma anemia, mas nada para se preocupar, só pediu para que eu me alimenta-se bem e fizesse algum exercício. Meus pais começaram a ficar em cima de mim para comer, E colocaram Lala para me observar também. No sábado as meninas vieram passar o dia comigo, contei o que tinha acontecido e elas ficaram com raiva de Augusto e falaram pra eu esquecer ele.

Eu fiquei dois dias tentando fazer isso e não conseguia, eu tinha visto nos olhos dele o quanto ele me desejava, eu tinha visto como ele tinha ficado depois que nos beijamos, só não sabia o que tinha dado nele para falar aquelas coisas. Só de pensar já subia uma raiva e mágoa também. A Sra. Dickinson me ligou, ela tinha meu número e queria saber se estava tudo bem sem assustar meus pais, engoli o choro e lhe garanti que estava bem.

Mas eu não apareci em duas aulas e ela ligou para minha casa, disseram que eu não estava me sentindo bem, então aproveitando a ligação, minha mãe a convidou para almoçar no domingo, dizendo que me faria bem ver a Sra. Dickinson porque ela deixava todo o ambiente alegre. Eu quis dizer que sim, e quem não deixava era o filho adotivo dela, mas tive que aceitar, apenas. Falei sobre o almoço para as minhas amigas e elas se convidaram para ficar do meu lado, eu agradeci e as abracei me sentindo imensamente grata pelo apoio, mas podia ter a chance dele não vir. Na verdade seria muita falta de noção ele vir.

— Eu vou dormir aqui então, vou avisar lá em casa. — Yanna pegou o celular e mandou uma mensagem, Rachel e eu rimos, porque ela era super prática.

— Eu vou ter que ir pra casa, vamos receber uns parentes hoje, mas vou fazer o possível pra vir almoçar amanhã.

— Não, você tem que ver suas tias, faz muito tempo que não as vê, não é? — eu falei a Rachel enquanto trançava o cabelo dela e Yanna trançava o meu.

— Você tem razão, me desculpa, Joana, eu queria muito ficar com você e ajudar Yanna a chutar o traseiro daquele traste!

— Não se preocupe, pequena Rachel, eu faço o trabalho por nós duas. — nós rimos.

Rachel tinha esse apelido por ser a menor do nosso trio, eu tinha 1,70m e Yanna tinha 1,65. Com seus 1,50 Rachel não podia ir em alguns brinquedos no parque de diversões, não sei como Brandom, que era um pouquinho maior que eu, não sentia dor nas costas. Falei isso em voz alta e elas riram, até mesmo Rachel, que tinha um humor muito suave, ela não se irritava com facilidade igual Yanna.

— Meninas, com licença. — mamãe apareceu na porta, toda elegante como sempre, com o cabelo solto e penteando com um garfo, eu sentia muito orgulho ao saber que ela não tinha vontade nenhuma de alisar o cabelo como ela fazia antes, ela assumiu seu black e eu achava que ela não poderia ficar mais linda. Eu tinha puxado o cabelo ondulado da família do meu pai, mas eu gostava muito mais da tios, tias e primos da família da minha mãe. — Tenho surpresa pra vocês!

— Eu amo suas surpresas, Sra. Prado! – Yanna pulou na cama.

— Yanna, para de me chamar assim! Quantas vezes vou ter que falar para vocês me chamaram de Gaída?

— Dona Gaída, a etiqueta não nos permite, imagina estarmos com o Sr. Prado e chamar "Gaídaaa, chega aqui" — Rachel disse e nós três quase choramos de tanto rir.

— Sua boba! Vamos descer, a surpresa está na área de massagem. – ouvir essa última palavras nos fez quase correr atrás de minha mãe que foi andando na nossa frente, fingindo que estava correndo pra não a alcançamos ela.

— Mamãe, a senhora merece o mundo. — eu a abracei e beijei seu rosto ao ver 5 mulheres na área de massagem, prontas para nos dar um dia de spar em casa.

Seu Sorriso é Meu Ponto Fraco (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora